Última parada

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

por Fernando Fonseca


Desde sua privatização, a rede ferroviária vem passando por diversas transformações, com pontos positivos e negativos. Embora mais da metade dos trabalhadores das grandes cidades utilizem o trem como meio de transporte, em uma turbulenta migração pendular, estes se encontram em precárias condições de uso.

Diariamente, presenciamos o grau de negligência que vem progredindo na rede ferroviária em suas instalações, comodidades, infra-estrutura, manutenção, suporte técnico, conservação e segurança. Nos últimos meses notamos, lamentavelmente, o grande descaso com a população que utiliza este meio de transporte. E esta situação
agrava-se, infelizmente, a cada dia.



As rebeliões no interior dos estabelecimentos da Super-Via não passam de uma consequência inevitável desse quadro. Paralisações com seus motivos omissos são, atualmente, as principais causas para que as roletas sejam quebradas e os bancos danificados em diversos municípios do Rio de Janeiro. É o terror fazendo-se presente a cada omissão e paralisação. Até quando viveremos à mercê dessas guerras urbanas?

É de entendimento geral, mesmo com todos os transtornos fornecidos pela empresa administradora da rede ferroviária, que devemos ter o discernimento para não destruirmos os bens, nem tampouco colocarmos em risco a vida de terceiros.

Com o mundo inteiro preocupado com os eventos esportivos que serão realizados no nosso estado, parece inevitável perguntarmos como os demais responsáveis por toda essa negligência conseguirão dar o suporte necessário à cidade e sua população. Só conquistaremos prestígio mundial se corrigirmos nossos erros e atender as necessidades da população há muito negadas.

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