Viagem à Urca. Destino, o meu eu

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

por Camila de Oliveira Silva


Há vezes na vida que pensamos em desistir de projetos que realizamos bem no meio do caminho, pois o desânimo, o cansaço e sobretudo a falta de reconhecimento nos abatem, dando-nos a sensação de que nosso esforço é sempre em vão e matando gradativamente o otimismo necessário para a realização de um novo trabalho.

Era assim que me encontrava, distante dos meus próprios objetivos, sem um olhar focado no meu alvo, quando o ICA (Informação Conhecimento e Atitudes),um grupo de jovens pesquisadores assim como nós, nos estendeu o convite que recebera da Casa da Arte de Educar para que participássemos do I Encontro Juvenil – As artes e as ciências para uma vida sustentável, no Museu da Ciência da Terra. Igualmente coordenado pela antropóloga paulista Marcella Camargo, o ICA sempre nos recebeu de braços abertos em seu território, nos deixando muito à vontade sem focar as diferenças existentes socioeconômicas entre nossos grupos. Sentimo-nos honrados em apresentar um projeto de nossa autoria, onde o nosso olhar seria o mais importante.




Nessa apresentação, teríamos a oportunidade de falar para jovens como nós. Em que jovens falariam de jovens a jovens e representariam a visão de um todo, Naquele dia 27 de novembro, a expectativa e o frio na barriga eram imensos por conta da apresentação dos resultados da nossa pesquisa, que tinha por tema Consciência Ambiental – o lixo na cidade de Nova Iguaçu. Mas acima de tudo o que mais nos preocupava não era o resultado da competição. Era se conseguiríamos corresponder às nossas próprias expectativas. Seríamos capazes de realizar algo com louvor?

Depois de tanto estresse, nervosismo, angústia e ansiedade, finalmente tivemos nosso momento de glória ao sermos contemplados como vencedores pela apresentação do melhor projeto, ainda que eu acredite que o melhor não é quem vence, mas todos os que realizam. Enfim, mais do que alegria foi o que senti: foi uma mistura de sensações e dentre elas a mais forte foi a emoção de ver que meu grupo, quando unido, é capaz de realizar pesquisas com qualidade suficiente para nos tornar independentes e reconhecidos em qualquer lugar e ocasião.

O orgulho que senti de ver meu grupo ser premiado foi indescritível e as incertezas que havia dentro do meu pensamento, junto com o desânimo devastador que quase me fez desistir, foram dissipados em segundos. Percebi então que tenho motivos para acreditar que sou capaz de fazer tudo o que eu quiser.

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