Fast fashion

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

por Robert Tavares

É impressionante a velocidade que a moda tem tomado ultimamente. Com tantos sites, blogs e vídeos de desfiles, a massa vem tendo acesso àquilo que há pouco fazia parte do cotidiano da minoria fashionista. Um bom exemplo disso são marcas Marc Jacobs, Calvin Klein e Louis Vuitton, que exibiram seus desfiles em tempo real na internet - aliás, live blogging e tweets em tempo real não são exatamente uma novidade na cobertura dos principais eventos de moda que acontecem no mundo. Todos os desfiles dentro da Somerset House, sede da London Fashion Week desde a última temporada, serão transmitidos em tempo real pelo site oficial do evento, assim como alguns dos outros desfiles que serão realizados em diferentes pontos da cidade. Assim sendo, todos estão mais antenados em tendências e em tudo o que está rolando nas passarelas de todo o mundo, o que aumenta a exigência do público consumidor.


Pensando nisso, marcas populares como Renner, C&A e Riachuelo estão visando cada vez mais atrair consumidores com gosto mais apurado, que procuram tendências com preços acessíveis. Prova disso pode ser vista nas vitrines das lojas do calçadão de Nova Iguaçu. O Outono-Inverno da Renner - marca, que passou por uma reformulação ano passado - investe fortemente em um ar jovem e cheio de referências: as araras estão repletas de coletes, t-shirts com mangas volumosas, jeans com uma lavagem mais desbotada, camisas xadrez, tricô, estampas florais, paetês, tons de nude e estampas geométricas, além de tachas, sandálias abotinadas, botas no estilo ankle ou de cano médio, meia-calças, pérolas, entre outros itens. Algumas peças da nova coleção não são novidades - quem acompanhou o Fashion Rio e o SPFW sabe que grande parte destes itens da nova coleção esteve presente nas passarelas da moda aqui no Brasil - mas sim tendências que vão permanecer com força. Bruna Lacerda comemora a novidade. "Agora não é mais difícil ficar bonita gastando pouco", diz essa moradora de Nova Iguaçu.

Loja de departamentos
As parcerias com celebridades e estilistas e grandes investimentos viraram uma característica de lojas de departamento como a C&A e Riachuelo. O sucesso e os avanços tecnológicos foram tantos que alguns marinheiros de primeira viagem perderam o medo. Segundo a estudante Nádia Aguiar, consumista assumida, a moda está ficando acessível sim. "Quando era mais nova, costumava bater perna em lojas como C&A e a extinta Mesbla, mas minha obsessão pelas grifes me fez abrir mão dessas marcas e rumar para outras com nome já conceituado", conta.

Há um mês, porém, Nádia Aguiar teve a oportunidade de ver algumas peças da Renner depois de um longo inverno sem colocar seus pezinhos em uma loja de departamentos popular. "Fiquei sinceramente impressionada com a variedade, os cortes, os modelos", admite. "Eram peças que não deixavam a desejar para outras de boas marcas". A jovem que não apenas a informação sobre a moda se tornou mais acessível, com os blogs de moda de rua, por exemplo. "Acho que se vestir bem em lojas populares vai ser a cada dia mais possível".

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