Apresentando a própria vida

quarta-feira, 31 de março de 2010

por Jéssica de Oliveira

Como é de praxe, todas as segundas-feiras do mês os estagiários do Bairro-Escola se encontram com o artista plástico Romano para a elaboração das oficinas que serão realizadas nas escolas do município no Horário Integral. Dessa vez, a ordem é fazer com que a criançada crie em si mesma um espírito indagador e formador de opinião. "Nós criaremos um 'lugar' para as crianças se expressarem livremente", encoraja Romano em um de seus guias de ação. "Esses encontros vão produzir uma intervenção para criar um espaço de diálogo livre entre as crianças e a escola, utilizando materiais reciclados".

Com alguns objetos simples, somados a muita imaginação e criatividade, Romano propõe aos mediadores culturais formas de fazerem com que os alunos manifestem seus pensamentos, gostos e vontades, dando a eles a importante função de "ativistas e transformadores". "O objetivo das intervenções é fazer com que as crianças enxerguem e interajam com a realidade delas", pontua.

O paraíso de Levi

por Hosana Souza

A máxima do cineasta Glauber Rocha “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão” tem revelado grandes artistas. O jovem de 17 anos Levi Andrade Meirelles é um desses exemplos. “Minha imaginação não tem limites. Meu melhor presente foi uma câmera digital, que não largo nunca”, conta.

Aluno de escola pública, morador de Santa Eugênia e filho de uma professora da rede municipal, Levi sempre se destacou pela criatividade, embora alguns o percebessem apenas pelas dificuldades que carrega. O jovem possui uma doença conhecida como lábio leporino, que tem um tratamento muito caro e dificulta sua fala. “Eu odeio a minha voz”, diz o estudante. “Mas sei que o preconceito é apenas falta de informação sobre a minha doença, sobre a minha pessoa”, explica.

Atualização dos bibliotecários

terça-feira, 30 de março de 2010

por Marcelle Abreu

Os profissionais de bibliotecas têm um encontro marcado nos dias 12,13 e 14 de abril,das 9h às 15h, no teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro. É que nesses dias haverá um curso de atualização o ministrado por técnicos da Biblioteca Pública do Rio de Janeiro e da Superintendência do Livro e do Conhecimento do Rio de Janeiro, representada por Vera Saboya. A secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes, e o secretário municipal de Cultura, Marcus Vinícius Faustini, já confirmaram presença no evento.

A fama do desajeitado

por Renato Acácio

Quem circula pelos eventos undergrounds ligados à música, ou cultura em geral, de Nova Iguaçu, ou mesmo do Rio de Janeiro, é bem provável que já tenha ao menos ouvido falar de Robson Gabiru. O artista independente, que ficou conhecido por trazer de volta o samba de breque e traduzir em sua música o espírito do subúrbio carioca com seu bom humor inconfundível, gravou seu primeiro CD no ano passado, com verba do Fundo Municipal de Cultura Escritor Antônio Fraga. Aos 49 anos, todos bem vividos na cidade de Nova Iguaçu, Robson Gabiru, ou simplesmente Gabiru, como prefere ser chamado, está pronto para alçar vôos mais altos e ganhar o mundo. Formado em administração e música, o cantor e produtor só tem um desejo: ser famoso. Segundo o próprio, o apelido vem desde a adolescência e tem muitos significados, tanto em tupi quanto na língua portuguesa. Dentre eles alguns são: rato, bezerro, velhaco e até mesmo sujeito desajeitado, sendo esse último o que Robson mais se identifica e que também, sem dúvida, é o mais compatível com sua aparência.

Entre uma perambulação e outra pela cidade, como uma mistura de Flâneur francês e malandro da Lapa, com direito ao seu inconfundível chapéu e bom humor contagiante, Gabirú arrumou um tempo para “dar um pulo” em uma segunda-feira à tarde no espaço cultural Sylvio Monteiro e me conceder uma entrevista.

Democracia fashion

por Robert Tavares


Cada vez mais blogs e sites saem do mundo virtual e ganham espaço no mundo real. Com o número de visitantes e anunciantes crescendo exacerbadamente, algumas marcas e investidores decidiram apostar nos formadores de opinião virtuais para divulgar e promover o nome de sua marca ou empresa em seus respectivos espaços cybernéticos. É o caso da Imporium, marca carioca de sapatos, bolsas e acessórios que neste fim de semana promoveu um brunch para o lançamento de sua coleção de inverno, e representando suas compradoras, algumas blogueiras da cidade foram convidadas para ver de pertinho as peças da marca.
Além da loja do Shopping Downtown montada para melhor receber-nos, contamos com diversas guloseimas e mimos oferecidos pelo, já citado por aqui, Modices e pela marca.

Paraísos escondidos

segunda-feira, 29 de março de 2010

por Lívia Pereira

Dia de folga, céu azul e pouco dinheiro no bolso. Como se divertir com esses três itens disponíveis? As respostas nos foram dadas por quatro moradores de nossa cidade. Pessoas que encontram lazer a poucos passos de casa e que interpretam “diversão” de maneiras bastante diferente.

A nostalgia de Marina

por Fernando Fonseca

“Sou mediadora no processo de experimentação do mundo das crianças com o audiovisual”, afirma Marina Rosa, estudante de Engenharia de produção e funcionária da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu. Um nome até bonito pra uma profissão, mas o que faria uma mediadora no processo de experimentação do mundo das crianças com o audiovisual?

À primeira vista, é possível associarmos este nome com alguma profissão com relação direta com o mundo infantil no audiovisual, tais como produção de animação ou quem sabe documentários sobre o cotidiano de crianças. E, assim como todas as coisas que surgem na Escola Livre de Cinema fogem da simplicidade e mesmice, claro que um nome exuberante como esse não seria uma exceção. Em explicação sobre seu fabuloso universo de trabalho, Marina diz: “Todo ano temos um tema pra trabalhar com as crianças a partir do território em que vivem. Este ano estamos trabalhando o autorretrato com as crianças.”

O diferencial da José Reis

por Carine Caitano

São só 15 alunos, mas o barulho que eles fazem nos leva a crer que centenas de pessoas estão na sala. Mas nem toda essa barulheira desmotiva a estudante de Educação Física Clara dos Santos, de 26 anos. Ministrando aulas na Escola Municipal José Reis desde novembro de 2009, a profesora caracteriza o barulho como positivo: "É mais empolgação que bagunça. O esporte disciplina o aluno".

A experiência de Clara em lecionar para crianças e jovens é grande. Há 3 anos participa do projeto social Capoeira nas Praças em Nilópolis, onde mora. Lá, a faixa etária é de 12 anos. Já com os menores convive há quase 2 anos, na creche em que trabalha. Clara faz parte do Pontinho Dom Bosco, com sede em Cabuçu.

Supermercado de estilos

sábado, 27 de março de 2010

por Robert Tavares 

Esse é o tempo de maior democracia fashion que o mundo da moda já viveu. Com o passar do tempo, a liberdade individual cresceu e hoje em dia todo mundo pode se expressar da forma que achar melhor, e a autoestima é prioridade. Como vimos aqui vale tudo! 
  

A dona do Sollyorks

por Josy Antunes

Sou magra e uso óculos, que nem sempre combinam com minhas roupas. Adoro que me chamem de Déh, é um apelido vindo da minha família desde que eu me conheço por gente”. Com este pequeno trecho contido em uma auto definição, é possível garantir que toda a equipe de jovens repórteres do Cultura NI reconheça de quem se trata. Quanto aos leitores, é difícil afirmar quem a conheça por esse apelido. O fato é que, provavelmente, ambos desconheçam a história que Jéssica de Oliveira – a Déh, ou ainda “Marrentinha” - carrega consigo, junto ao projeto que hoje mobiliza cerca de 20 jovens.

Em 2008, num dos comuns dias de aula do Colégio Estadual Califórnia, Jéssica recebeu um convite despretensioso dos amigos Breno Marques e Marcos Paulo: participar de um tal “Minha rua tem história”. Movida pelo interesse pela escrita, ela prontamente aceitou e compareceu à sua primeira reunião, na quadra da Vila Olímpica de Nova Iguaçu. “Quando eu cheguei lá tinha muita gente, mais de trezentas pessoas”, lembra ela, quase reproduzindo a expressão de surpresa que fez no momento. Dentro deste número, estavam, majoritariamente, participantes do ProJovem e alguns “jovens repórteres”, que registrariam tudo o que ali acontecesse.

Por dentro do Na Encolha

sexta-feira, 26 de março de 2010

por Josy Antunes
Professores e alunos do Ponto de Cultura Arrastão Cultural, realizado no Espaço Cultural Na Encolha, falam sobre o melhor momento vivido no local.


Matérias relacionadas: X-Man Na Encolha e Quintal Chic.

Pontinho de Prata

quinta-feira, 25 de março de 2010

texto por Larissa Leotério e fotos por Tatiana Leal

Quem pensa que sábado é dia de ficar em casa ou de dormir até tarde não conhece o projeto “Ciranda Cultural”. E quem conhece, certamente estava lá, visto que o posto de saúde do Bairro da Prata foi tomado por jovens capoeiristas, grafiteiros, mães, tias e avós. Não havia mais espaço pra tantas ideias, nem paredes pra tanta criatividade.

A experiência, que a princípio seria apenas esportiva, surgiu em 2005, sob o comando de Eliel Júnior. Mas nada nunca foi institucionalizado e Eliel percebeu que daquela forma não daria certo. Resolveu, então, criar o GIA (Grupo Iguassuano de Acessibilidade) em 2008, a fim de andar com as próprias pernas. Assim, foi buscando um objetivo e algo que pudesse fazer a diferença: promover o acesso à cultura e à educação.

Vale tudo

por Dannis Heringer e Mayara Freire
Depois da grande revolução feminina, com a inovadora estilista Coco Chanel, que nos anos 20 introduziu peças masculinas ao vestuário das mulheres de todo o mundo, as ultimas tendências de moda estão mais democráticas do que nunca. Homens têm mais opções em variar seu guarda-roupa, enquanto as mulheres continuam com uma diversidade de possibilidades. Os estilos estão cada vez mais próximos. Ambos os sexos têm a possibilidade de dividir coletes de alfaiataria, calças, camisetas, lenços, chapéus e mais uma infinidade de peças. Nas grandes revistas de moda, os editoriais andróginos estão em alta. Já nas passarelas, grifes masculinas apostam em novidades como estampas e modelagens diferentes, que julgam perder um pouco a masculinidade conhecida até o século XX.

Para os consumidores que gostam de arriscar, as modelagens masculinas estão mais justas, enquanto as das mulheres estão mais largas. As famosas calças boyfriends, termo usado para brincar que a moça está usando a calça do namorado, já é uma grande referência de moda e, depois de serem adotadas pelas estrelas do mundo, já chegou às lojas de departamento. Camisas largas, blâzeres e chapéus panamá, até mesmo os sapatos, que começaram pelo modelo Oxford, são as influências mais fortes do mundo masculino para as mulheres.

Todo mundo pode mais

por Jéssica de Oliveira

No dia 22 de março, o CISANE (Centro de Integração Social Amigos de Nova Era), em parceria com o CDI (Comitê da Democratização da Informática), realizou, na Rua Sebastião de Melo, em frente à ONG do bairro, a 10° edição da Semana da Inclusão Digital com o tema "Todo Mundo Pode Mais". "Este ano, nós trouxemos esse tema como forma de dizer 'eu estou aqui' e mostrar que todos têm a capacidade de ser agentes transformadores", diz Edilson Maceio, gerente executivo do CISANE.

Várias atrações prestigiaram o evento, em sua maioria convidados pelo artista multimídia Nike: DJ Kilha, Ras Bernardo, Wilson Cigano - da Fundação Santa Sara Kali -, Mayara Landin - com performance de dança do ventre -, teatro do Espaço FAMA, Regis e Décio do Cavaquinho, o cantor Gabiru, o grafiteiro Dante e, é claro, um show à parte com a galera do Afro-Reggae. Todos tinham o mesmo foco: inclusão digital.

O evento também dizponibilou tendas tecnológicas culturais para a comidade. Na tenda 1, o assunto era saúde. Lá, qualquer pessoa poderia tirar todas suas dúvidas sobre a prevenção da tuberculose e da AIDS. A tenda 2 apresentava palestras sobre o mercado de trabalho; a chamada "Tenda Conexão". A tenda 3 era sobre o uso eficiente da energia elétrica, e a quarta e quinta tendas falavam sobre o acesso à Internet, oficinas de fotografias, atendimento social, esclarecimentos sobre o cadastro do Programa do Governo Federal, Bolsa Família e outros benefícios, além do cadastro do Programa Pro Jovem Adolescente.

Vencendo barreiras

Doze anos após sua criação e mais de oito mil estudantes formados na área da informática, o CISANE luta pela inclusão digital das classes menos favorecidas, levando a bandeira da utilização consciente e democrática do uso das tecnologias. "Nós estamos nessa batalha há muito tempo. São muitas as dificuldades, mas nós não desistimos; continuamos vencendo as barreiras", conta Edilson Maceio. Segundo ele, o evento, que é feito anualmente, já passou pelo Top Shopping, calçadão e estação de trem de Nova Iguaçu, pela praça Rui Barbosa e outras comunidades, mas neste ano ficou em casa. "Nós resolvemos fazê-lo em nosso bairro - Nova Era -, para que a comunidade participe e tenha consciência de que todo mundo pode mais", explica.

Assim como uma andorinha só não faz verão, o CISANE também não anda desacompanhado. Nesses anos de caminhada, a ONG, que já mudou a vida de milhares de pessoas, tem em seu currículo várias parcerias, que colaboram para que seus projetos funcionem e alcancem o maior número de beneficiários possível, como a CDI, que há quinze forma profissionais que atuarão nas comunidades, formando agentes transformadores. "Nós somos um comitê, presente em oito países do mundo, com o mesmo objetivo: usar as tecnologias para construir um mundo melhor, com menos exclusão social e mais inclusão digital", diz a gestora de acompanhamento Bruna Araújo, de 25 anos.

A voz de Deus

quarta-feira, 24 de março de 2010

por Renato Acácio

Entre as barracas de fast-food, pipoca, milho verde, churros e outras comidas típicas do subúrbio carioca, montadas todos os fins de semana na Praça Santos Dumont para aproveitar a festa das tribos jovens de Nova Iguaçu, poucas pessoas chamam tanta atenção quanto três senhoras de cabelos bem presos, saias pretas e longas e camisa branca. Aliás, chamam atenção por não chamarem atenção. As três moças cantam, leem, conversam e discutem entre si, e só para si, suas crenças de modo eloquente e despretensioso.

Esse tom despreocupado se as pessoas ao redor estão prestando atenção ou não na mensagem que elas têm a dizer e os lugares inusitados das suas “apresentações” estão começando a dar uma fama cada vez maior a três senhoras que atendem pelo nome de Lia Gomes, Clarice dos Santos e Ana Lúcia Parreira, todas com 54 anos.

X-Man Na Encolha

por Josy Antunes

Ontem conheci de perto o Espaço Cultural Na Encolha. Seguindo a norma de “quem tem boca vai a Roma”, velhinhas e borracheiros foram meus guias pós-consulta ao google. O Sol de uma hora da tarde, que fazia com que eu sentisse a sensação térmica de um frango assado, era vencido pelo pensamento de “vai valer a pena”.

Demorou um pouco pra que eu soubesse que a rua Manoel da Silva Falcão é a antiga Capitão Sena. Mas não demorou a, depois de achá-la, entender que, para os moradores do local, o Na Encolha está relacionado à casa do Nike e vice-versa.

Viagem pela história afro

por Carine Caitano

Quando o professor passou um trabalho de dependência sobre cultura negra, Leonardo Costa achou que seria moleza. Mas, quando leu as exigências sobre vestimenta e encenação, ficou um pouco preocupado: onde acharia todas aquelas informações? Quase concluindo o Curso Normal no Instituto de Educação Rangel Pestana, em Nova Iguaçu, e precisando tirar nota máxima na apresentação, Leonardo resolveu que faria uma ampla pesquisa antes de decidir o tema de seu trabalho.

Ao procurar na internet sobre religiões africanas e suas tradições, encontrou o site de um centro cultural pertinho de sua escola, o ÒJÍSÈ NÓN. Foi a partir das fotos do site que conseguiu reproduzir as roupas necessárias para sua apresentação escolar que, aliás, recebeu nota máxima.

Portinha na cara

terça-feira, 23 de março de 2010

por Tuany Rocha Santos


Sexta à noite, um showzaço pra ir e o bolso vazio. O que um portinha faz? Ele vai!

Nas noitadas de fim de semana, o que mais encontramos são portinhas. Se você não está ligando o nome à pessoa, portinhas são aquelas figuram que não se deixam abater porque seu nome não está na lista ou porque não têm o dinheiro do ingresso. Pelo contrário, conseguem curtir o evento tão intensamente quanto se estivessem lá dentro e ainda com o beneficio de que do lado de fora a cerveja é mais barata.

Magrela saudável

por Lívia Pereira


Bicicleta (é) sf. Veículo constituído por um conjunto de tubos metálicos montado em duas rodas, alinhadas uma atrás da outra, e com selim, sendo manobrado por guidom e pedais. (mini Aurélio _ Século XXI _ 5a edição. _ RJ. 2001.)

Nós queremos mais

por Marcelle Abreu

O projeto se chama Oficinas Culturais do Nós do Morro. Seu início se deu em novembro de 2005, depois de um convite do Prefeito Lindberg Farias, que já conhecia o projeto Nós do Morro, que existe a mais de 20 anos, no Vidigal, uma favela na Zona Sul do Rio de Janeiro.

O prefeito convidou a coordenação do Nós do Morro pra realizar o projeto em 10 escolas municipais. Um dos locais escolhidos foi a Cerâmica, onde o projeto começou dentro da escola Douglas Brasil, também conhecida como Liceu, onde foi instalado uma lona pela Prefeitura.

Nossos pré-universitários

segunda-feira, 22 de março de 2010

por Hosana Souza e Jéssica Oliveira


Na noite desta quinta-feira, 18, a quadra da Vila Olímpica de Nova Iguaçu ficou lotada de jovens que cursarão, ao longo deste ano, o Curso Pré-Universitário do município. A noite marcou a parceria de cinco anos entre a UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - e a Prefeitura, celebrando a realização de mais uma edição do curso que visa oportunizar o ingresso da juventude iguaçuana às universidades públicas, cujas chances seriam praticamente nulas sem ele.

Até o ano passado, o curso chamava-se Pré-Vestibular, mas neste ano mudou para Pré-Universitário. Quem o lê, não vê grande valia na troca de nome, mas a simples mudança das palavras possui um significado muito grande. Segundo a pró-reitora da UFRJ, Laura Tavares, o título mudou, pois, atualmente, os educaderes vêm questionando o vestibular do país, vendo-o como elitista e excludente. "É um absurdo ver que o filho do trabalhador pobre tenha que trabalhar durante o dia para pagar uma faculdade particular à noite, enquando o filho do rico estuda em universidades públicas". Portando, a troca para Pré-Universitário é símbolo do anseio vivido pelos estudantes e educadores, na luta por este futuro próximo.

Um sonho nosso

por Hosana Souza


Foi consolidada na última semana a parceria entre o governo municipal e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, que juntos coordenam o projeto Pré-Universitário de Nova Iguaçu. “É uma parceria tão boa, com tantos frutos, que hoje somos convidados por outras prefeituras, para desenvolver o pioneiro projeto em outros locais”, diz Laura Tavares, Pró-Reitora de Extensão da UFRJ.

Esse modelo de incentivo à educação pré-universitária surgiu em 2001, quando o professor Ary Pimentel, atual coordenador do curso de Letras, decidiu desenvolver um projeto que aproximasse a periferia do universo da UFRJ. “Devemos levar a universidade para fora desses muros, para as regiões que não enxergam a universidade como algo próximo”, afirma Ary Pimentel. A primeira experiência foi desenvolvida na comunidade do Caju, que fica próxima ao polo da Universidade na Ilha do Fundão.

Estraga-prazeres

por Hosana Souza e Jessica Oliveira


O evento que deveria unir todos os professores e alunos dos oito polos do pré-universitário com a equipe pedagógica da UFRJ e o poder legislativo do municipio transformou-se em palco para uma manifestação dos alunos da CEFETEC, também de Nova Iguaçu. Os alunos da instituição federal aproveitaram a presença do atual prefeito Lindberg Farias para criticar a falta do envio de passe escolar para a unidade, que teve o benefício cortado em agosto de 2009.

Os alunos, que se misturaram aos 1500 vestibulandos, iniciaram o protesto no momento em que a palavra foi cedida ao prefeito. Com cartazes de "Nós também somos públicos!" e "Queremos o passe escolar!", os alunos do CEFETEC levantaram-se e começaram a vaiá-lo. Lindberg, ao contrário do que se podia prever, aprovou a manifestação: "Tem que lutar sim, tem que vaiar sim! Eu fui líder de movimento estudantil durante quase toda minha vida, eu já fiz isso várias vezes", disse o prefeito, antes de sugerir que o grupo procurasse Jailson de Souza, seu secretário, a fim de marcar uma audiência.

Apenas um menino de Mesquita

por Robert Tavares



Uns chamam de vocação, outros de sorte e ainda outros mais ousados preferem chamar de Deus. Acontece que em janeiro eu credenciei meu blog para fazer a cobertura do Fashion Rio. Lá eu fiz alguns contatos, conheci pessoalmente algumas pessoas de internet, e claro, revi alguns amigos. Entre todas essas pessoas, estava a Carla Lemos, que é diretora criativa do site Modices, que pertence ao Portal UOL. 

Antes de prosseguir, deixe-me explicar qual a minha relação com a moda:
Desde criança, quando via minha mãe costurando, bordando ou apenas fazendo crochês, o trio vestir/desenhar/criar começou a chamar minha atenção. Mas não foi só isso. Eu sentia que havia algo diferente: eu tinha a necessidade de exteriorizar de alguma forma tudo aquilo que eu "mirabolava" dentro da minha cabeça. Foi então que resolvi passar para o papel o mundo da maneira que eu via. Lógico que os traços não eram perfeitos - ainda não são!  Afinal de contas, eu era uma criança de sete anos.

Mas eu cresci, me formei e aproveitei o tempo livre para me dedicar àquilo que eu realmente amava: a moda! Daí por diante criei roupas para as amigas, voltei a desenhar, fiz estágio em uma produtora, ministrei aulas de passarela, produzi fotos e desfiles, coordenei turmas de modelos, enfim. Todas essas ações - que foram devidamente registradas no meu blog - me fizeram querer crescer ainda mais.

Voltando ao Modices, a Carla viu meu blog e logo em seguida me chamou para fazer parte da equipe, o que já foi de uma felicidade gigantesca, pois a visibilidade e oportunidade de crescimento são enormes, e finalmente eu iria migrar para algo que há muito me chama atenção: escrever.

Confesso que no meio do percurso cruzei com pessoas que tentaram me desanimar, e algumas até conseguiram me fazer pensar em desistir - afinal, eu sou "apenas um menino de Mesquita". Segundo essas pessoas, nós não temos o direito de crescer. Devemos sempre ficar inertes no mesmo lugar, mas fui mais forte, lutei por aquilo que realmente me fazia feliz e hoje sou jornalista de um dos meus sites favoritos de moda.

A cor de Rita Lee

por Melissa Saliba


As cores vibrantes, muito usadas nos anos 80, retornaram aos armários e estão fazendo desde a cabeça aos pés de muita gente. As cores flúor, que também são chamadas de fluorescentes e/ou neon, atraem olhares por onde quer que surjam, já que são extrovertidas e divertidas. Mas por esse mesma razão é preciso cuidado para não abusar.

Por serem cores ''berrantes'', deve-se ponderar na hora de montar seu ''look''. Se quiser usar as cores neon durante o dia, combine-as com acessórios como bolsas, sapatos, relógios e pulseiras, mas sempre com roupas de cores neutras (preto, branco, bege etc.).

Na boca do bairro

sexta-feira, 19 de março de 2010

por Fernando Fonseca


Excentricidade e irreverência: ingredientes certos nas marchinhas do ‘Boca que não beija álcool nela’, um dos principais blocos de rua no período carnavalesco das ruas de Comendador Soares, Nova Iguaçu. Num misto de simplicidade e sarcasmo, o bloco iguaçuano vem se consolidando, desde 2008, como uma das principais expressões culturais da cidade, levando um número cada vez maior de foliões às ruas.

Abrindo mão da idade, o conceito atribuído pelos próprios integrantes é a diversão, mesmo para os não adeptos das aventuras de carnaval, tais como beijos e o consumo de álcool. Repetindo o feito do ano passado, quando o enredo falou sobre os points de Comendador Soares, a marchinha de 2010 do ‘boca’ preocupou-se em exaltar os patrimônios culturais da cidade de Nova Iguaçu, tais como a Serra do Vulcão, o Parque Municipal e a Reserva Florestal de nossa cidade.

Nossa história no palco

por Hosana Souza

Era visível o espanto dos alunos da Escola Municipal Amazor Vieira Borges ao entrar no teatro do CIESP – Centro Integrado de Educação Especial – em Jardim Tropical na manhã de ontem. Convidados para assistir ao espetáculo “De Iguassú Velha à Nova Iguaçu”, não conseguiam se calar, uns por ser a primeira vez em que iam a um teatro, outros pelo susto de observar os atores jogados no chão e alguns com intermináveis perguntas para desespero dos professores. Depois de acomodados, ao perceber que a magia começaria, observavam atentos cada movimento, cada fala, cada jogo de cena.

Ciranda na Prata

quinta-feira, 18 de março de 2010

por Larissa Leotério

Acontece nesse sábado, dia 20 de março, às 09:00, mais uma revitalização de espaço público organizada pelo Grupo Iguassuano de Acessibilidade, o GIA.

A proposta do projeto "Ciranda Cultural" é a interação e comunicação dos alunos com a sua comunidade, exercendo a sua função de cidadão participativo e comprometido com a transformação da sociedade. A novidade é a interação dos jovens que estão no projeto em Austin e que participarão da ação junto aos alunos da Prata.

Respeito pelas diferenças

por Tuany da Rocha

Década de 1970: o mundo vivia em plena guerra fria e a Europa estava em um momento pós-guerra de constantes transformações. Eis que surge na Inglaterra um dos movimentos contraculturais mais marcantes da história: os punks. Seu ideal é nunca calar, é sempre retrucar e argumentar diante da desigualdade, é colocar abaixo o fascismo, o nazismo e o racismo usando como arma suas ideias, voz, música e visual que traduzem seus objetivos anarquistas.

O movimento se espalhou pelo mundo através da sua música simples e direta e dos fanzines (jornais alternativos). Ao chegar ao Brasil, no início da década de 80, ganhou força principalmente junto à juventude pobre da periferia. Logo surgiram bandas como Cólera, Ratos de Porão e Olho Seco, que com suas letras contundentes plantaram no asfalto dos cenários urbanos a semente da contestação.

A Cinelândia é nossa!

por Luz Anna
Há momentos que entram para a história e outros que ficam em nossa memória, como algo que marca. Foi isto o que vimos ontem no Centro do Rio de Janeiro, na passeata em defesa dos Royalties do Petróleo. Embaixo de bandeiras que diziam: “O petróleo é nosso”, “Justiça para quem produz”, “Contra a covardia, em defesa do Rio”, milhares de pessoas enfrentaram uma chuva intensa para chegar à Cinelândia, local que já foi palco das maiores manifestações da história político carioca.

Combustível gratuito

quarta-feira, 17 de março de 2010

por Luiz Gabriel e Michele Ribeiro


O Balé Afro Contemporâneo (BAC) da Casa da Cultura da Baixada Fluminense estreia a temporada 2010 nesta quarta-feira (17), às 19h, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, em Nova Iguaçu. No dia seguinte é a vez da Lona Cultural de Mesquita receber no mesmo horário o espetáculo Gás Como Combustível de Luta. As duas apresentações têm entrada franca.

A rainha das baixinhas

por Michele Ribeiro


Barbie, o estereótipo de menina perfeita, com seu charme, inocência e beleza vai homenagear as mulheres de várias épocas. O TopShopping apresenta até 21 de março, das 10h às 22h, a exposição “Barbie Coleções 50 Anos, com entrada gratuita.

A exposição, que traz 48 bonecas, aborda transformações da sociedade, tendências da moda, as diferenças culturais. As bonecas estão na praça de eventos, no 1º piso. Além da primeira boneca Barbie, criada em 1959, os visitantes ainda poderão conferir versões inspiradas em clássicos do cinema, grandes nomes da alta-costura, diferentes nacionalidades, estrelas da música, entre outras.


Religião masculina

terça-feira, 16 de março de 2010

por Joaquim Tavares


Não é difícil ouvir essa frase, que já virou uma espécie de jargão: ’Brasileiro que se preze tem que gostar de futebol’. E há de se convir que, por mais preconceituosa que possa parecer, essa afirmação diz muito sobre nosso país.

A imagem do brasileiro está impregnada de estereótipos que não se podem desgarrar tão facilmente. Para muitos, o futebol é quase que um sinônimo para Brasil, e isso não deixa de ser um pouco verdade em muitos casos.

A Inglaterra criou o futebol como esporte, mas o Brasil o determinou como o mais praticado do mundo. Esse fato pode ser facilmente constatado nos dias de domingo pelo país a fora. São inúmeros aqueles que têm seu emprego, sua família e, ainda assim, não deixam de jogar suas ‘peladas’, que se tornam quase uma religião.

A bela acordada

por Luz Anna


Era uma vez uma princesa, uma bela adormecida que vivia em um castelo.

A adormecida pelo tempo, tempo em que a mulher era quase o pecado original, inspiração para luxúria que chegava aos pobres e frágeis homens que não resistiam a esse encanto.

Adormecida pela tradição - tradição que fazia da mulher quase um “carma” familiar, a ser cuidado, protegida pelo pai, e depois entregue com certo alívio, fruto do dever cumprido, ao marido para ser esposa e mãe.

E por fim, que também é o começo de uma grande luta, adormecida pelo medo, medo de ser o que é acima de tudo, acima de tantos, acima de todos, mulher.

O sucesso dos independentes

segunda-feira, 15 de março de 2010

por Fernando Fonseca


A cada ano, é cada vez maior o número de filmes independentes e de baixo orçamento na noite de premiação do Oscar. O grande ponto a ser levantado com essa observação, porém, é o fato de que essas narrativas verídicas, muitas vezes jogando histórias nuas e cruas na cara do espectador, estão começando a desbancar os grandes estúdios hollywoodianos.

Investimento garantido

por Marcelle Abreu

Quem não gosta de estar bem vestido? De inovar o guarda-roupa e fazer parte do que chamamos de moda?

Todos gostam, mas nem todos fazem parte da classe onde gastar é o de menos.

Muitos são filhinhos de papai e mamãe,que compram o que querem,sabendo que tem quem pague. Porém, quem não tem fica sem ou se esforça para fazer parte desse grupo.

Feira de remédios

por Marcelle Abreu

A feira de livros existe há 56 anos. Ela fica exposta uma vez por ano, durante um mês,em pelo menos sete lugares diferentes, como Caxias, Campo Grande, Bangu e Cinelândia, muitas vezes em dois ou três lugares na mesma época. A de Nova Iguaçu foi inaugurada esta segunda-feira.

A feira do livro surgiu na Cinelândia, onde muitos editores e autores colocavam seus livros para serem vendidos em bancas feitas de caixote. Até que alguns vereadores resolveram criar um projeto para que esses tivessem onde vender seus livros. Logo após veio a criação de uma lei municipal, que dá direito a fazer essas feiras.

Autocriação

sábado, 13 de março de 2010

por Josy Antunes

A Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu abriu as portas no início dessa semana para um novo semestre de atividades no horário integral. Alunos provenientes das Escolas Municipais Ana Maria Ramalho e Janir Clementino estão distribuídos em quatro turmas, tendo em média 20 membros cada. Na nova metodologia adotada, a ideia do “eu” será desenvolvida por eles durante todo o ano. E a primeira etapa demandou muitos dedos sujos de tintas coloridas e liberdade de criação: era a produção de auto-retratos.

Bom, bonito e generoso

sexta-feira, 12 de março de 2010

por Robert Tavares


Essa semana aconteceu no centro de Nova Iguaçu o primeiro Bazar Ida Martins, que reuniu sete marcas locais para vender com preços off  (com até 50% de desconto) peças das temporadas atuais de suas lojas. O evento foi um verdadeiro sucesso, tendo aproximadamente 230 pessoas presentes. Para Ida Martins, essa é a melhor forma de aproximar pessoas que pensam igual e gostam de moda, mas não perdem uma chance para economizar. “A gente já gasta dinheiro com tantas coisas, temos que economizar em algo, e o bazar tem essa intenção”, diz a empresária.

Coisa de macumba

por Larissa Leotério


“A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura luta, dança, cultura popular, música, esporte, artes marciais e talvez até brincadeira. Desenvolvida no Brasil por escravos africanos e seus descendentes, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos”. Essa é definição da arte da capoeira, mas o que o projeto Capoterapaz quer passar vai além.

Liberou geral

por Hosana Sousa

Há 15 dias, o Cultura NI contou a história do pontinho de cultura “Dança também é cultura no Brasil”. A Escola de Dança, representada por Gilson Maceió, empolgada com o projeto iniciou o atendimento as crianças das escolas municipais e terminou afogada em dividas graças a toda burocracia necessária para a liberação de verbas publicas. Rever matéria.

Após tanto sufoco, tudo indica uma maré de novidades, e sorte, para a Escola de Dança. Finalmente foi liberado o dinheiro do pontinho de Gilson, que nessa última quarta-feira recebeu cerca de 34 mil reais para recomeçar os trabalhos. “Fiquei muito feliz quando me ligaram da prefeitura avisando da liberação do dinheiro. Falando a verdade, eu nem acreditei. Afinal, depois de tanto tempo eu já estava sem esperanças, bem desanimado mesmo. Já liguei pro banco umas três vezes para confirmar”, confessa Gilson.

Primeira paixão das meninas

quinta-feira, 11 de março de 2010

por Jéssica de Oliveira

Ela é linda, está sempre maravilhosamente bem vestida, tem cabelo e corpo de fazerem inveja, namora o homem perfeito, é dona do maior fã-clube feminino de todos os tempos e - o melhor de tudo! - completou 51 anos sem uma ruguinha sequer. Não há dúvidas de que se trata da Barbie, a boneca número um de toda garota. Em comemoração a seu meio século de existência e ao Dia Internacional da Mulher, a criação mais graciosa da Mattel fez um tour pelo mundo e veio parar aqui, em Nova Iguaçu. Ela está hospedata no Top Shopping desde o dia 03 de março e fica em exposição até 21, recebendo, diariamente, centenas de fãs apaixonados, em sua grande maioria, meninas de todas as idades. "Eu não tive Barbies quando era criança porque não tinha condições, mas eu sempre gostei", conta Ana Tereza Costa, que foi ver de perto as belas versões da boneca.

Diários virtuais

por Morgany dos Santos

Que a internet é um maravilhoso meio de comunicação e interação todos já sabem, mas você sabia que a internet une nações? Quando estamos online, formamos apenas uma nação: a nação “internauta”.

O público que adota a internet como a melhor opção de entretenimento, geralmente passa o tempo em redes de relacionamento como orkut, faceboock, MSN (messenger), o twitter (microblog) e outros blogs.

Arejando a cabeça

por Dannis Heringer
A reunião sobre o PADEC estava ótima, mas a vontade de fumar não respeita nem mesmo discussão com autoridade. Apesar do constrangimento, peguei minha bolsa e saí de fininho. Só me senti um pouco à vontade quando cheguei ao “fumódromo”, que naquela noite funcionou a pleno vapor naquela chuvosa noite de quarta-feira no corredor que dá acesso ao teatro do Espaço Cultura Sylvio Monteiro.

Uma das pessoas que encontrei lá foi a própria diretora do Espaço Cultural Sylvio Monteiro, a atriz Silvia Regina. Uma das principais responsáveis pela superlotação do evento, ela estava ali conciliando vício e trabalho, pois entre uma baforada e outra aparecia uma pessoa para tirar dúvidas sobre o debate que estava havendo sobre o teatro. “Nem sempre todos conseguem tirar suas dúvidas dentro do estabelecimento”, disse-me ela.

Instrumento de desenvolvimento

quarta-feira, 10 de março de 2010

por Jefferson Loyola

A produtora cultural Adriana Rattes, secretária estadual de Cultura do Rio de Janeiro, passou horas no engarrafamento que praticamente paralisou a Linha Vermelha na chuvosa noite da última quarta-feira, quando veio lançar o PADEC em Nova Iguaçu. Apesar do estresse, ela não havia esquecido nem sua simpatia nem sua simplicidade quando entrou no teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro para discutir com a classe artística de Nova Iguaçu os possíveis usos da verba de R& 450 mil que a cidade receberá até julho, para investir em cultura.

“É uma honra ser recebida com palmas, apesar do meu atraso", disse ela enquanto cruzava as pernas na cadeira um pouco à frente da mesa armada no palco do teatro, onde durante algumas horas o escritor e cineasta Marcus Vinícius Faustini fez um balanço de sua gestão e Renato Dantas explicou o alcance e o funcionamento do PADEC. Um dos primeiros esclarecimentos feitos por Adriana Rattes foi o nome do programa formulado por sua secretaria em seguida ao último edital de cultura, quando ouviu diversas queixas sobre a concentração dos recursos da sua pasta na cidade do Rio de Janeiro. “O nome é meio careta, não?”, perguntou a secretária, antes de se dizer aberta a sugestões.

Intimidade com o cinema

por Wanderson Duque

O teatro do SESC Nova Iguaçu voltou a abrir suas portas para mais uma edição do Cineclube Digital, dessa vez em homenagem à mulher. A amostra, geralmente de curtas-metragens, ocorre toda primeira terça-feira do mês, sempre às 19h.

Formado em sua maioria por ex-alunos da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, o Cineclube Digital já está em sua 13ª edição. A sessão da última terça-feira foi aberta pelo longa-metragem uruguaio “Whisky”, escolhido pelo voto popular dos frequentadores do local. O voto vinha sendo computado desde a penúltima edição, anterior ao aniversário de um ano.

Resgate através da arte

por Michele Ribeiro


APLEM é a sigla de Associação de Pastores e Lideres Evangélicos Mundiais, uma ong criada em 2002 com o objetivo de ajudar o trabalho social e assistencial das igrejas. Seus trabalhos, que envolvem ações culturais, sociais e ambientais, são voltados para crianças, jovens, adultos e idosos.

A sede da APLEM fica na Cerâmica. A organização auxilia as famílias carentes com cestas básicas, dando café da manhã e sopa para os moradores de rua. No terceiro sábado de cada mês, a ong promove um café em torno dos pastores e líderes das igrejas para contribuir para o crescimento ministerial, ajudando a obter novos conhecimentos e novos contatos. Os participantes desses cafés discutem cultura e meio ambiente, entre outros assuntos. "Mas sempre há espaço para evangelização", conta a pastora Conceição, uma de suas líderes. "Nosso foco é alimentar pessoas para ganharmos vidas'.

Jogo fake

terça-feira, 9 de março de 2010

por Jefferson Loyola e Morgany Santos

No Brasil, o orkut, um site de relacionamentos da internet, chegou e mostrou serviço. Hoje não existe, praticamente, uma pessoa que não o use. Com seu surgimento, começaram a aparecer os “fakes (falsos)”: um perfil falso, onde as fotos são de outras pessoas e os nomes, em sua maioria, inventados. Em seu inicio, a maioria das pessoas usavam um perfil fake para poder fuxicar ou bisbilhotar o orkut de seus amigos, namorados e parentes, sem que eles soubessem quem foi. Outros usavam para poder divertir-se com os amigos, fazendo insinuações a eles e não contando quem era realmente a pessoa por trás do fake. “Eu usava para comentar em um tópico de uma comunidade sem ninguém saber que era eu que comentava”, conta Larissa Leotério, que mostrou, também, uma das formas para que se usava um fake logo no seu começo de existência.

Depois de uma grande parcela de brasileiros estarem usando “orkuts fakes”, começou a surgir uma nova funcionalidade para eles. As pessoas criavam e usavam os fakes para fugir das realidades de seu cotidiano e viver suas novas vidas ou vidas imaginárias na frente do computador. Criavam nomes, lugares para se morar, frequentavam escolas, tinham romances, faziam amigos, e mais um monte de coisas, sempre com seus perfis fakes. As pessoas tinham compromisso com seus fakes e não os deixava de lado nem mesmo por suas vidas verdadeiras. Trocava-se realidade por fantasia. “Tirei muitas notas vermelhas no colégio, comecei a entrar em depressão por causa do namorado fake que eu tinha e até mesmo fiquei a me perguntar o porquê minha vida não era como a que tinha no meu mundo off (termo usado para distinguir o mundo ilusório, fora da realidade)”, confessa Marcela Pereira, que foi obrigada pelos pais a deletar o orkut fake depois das notas vermelhas, o que só fez aumentar seu estado depressivo.

Cadastro de habilidades

por Luiz Gabriel e Michele Ribeiro

Na noite da última quarta feira, o Espaço Cultural Sylvio Monteiro abriu suas portas para discutir com a classe artística de Nova Iguaçu o destino das verbas do Plano de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios do Rio de Janeiro (PADEC) com a secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, a produtora cultural Adriana Rattes.

Durante o evento, os jovens ligados à Escola de Pesquisa de Nova Iguaçu apresentaram o portal dos agentes culturais de Nova Iguaçu. Este portal é uma pagina na internet onde estão cadastrados todos os agentes culturais de Nova Iguaçu, com suas experiências e habilidades.

Compromisso com as mudanças

segunda-feira, 8 de março de 2010

por Luz Anna e Tuany Rocha


Luz, câmera e ação cultural foi o que se viu no encontro marcado no lançamento do PADEC, o Programa de Desenvolvimento Cultural dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro, no teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro na noite da última quarta-feira. A classe artística de Nova Iguaçu lotou o teatro para obter informações sobre as verbas destinadas à cultura de todo o estado do Rio de Janeiro.

O encontro foi marcado por um grande otimismo estampado nos rostos de cerca de 250 agentes culturais e um grande contingente de integrantes e amigos da cultura. Todos queriam saber como teriam acesso aos R$ 450 mil destinados a Nova Iguaçu, em uma plano que destinará R$ 15 milhões para os 92 municípios do estado e quase R$ 3 milhões para a Baixada Fluminense. O PADEC foi lançado com a presença de Marcus Vinícius Faustini (Secretário de Cultura do Município de Nova Iguaçu) e Adriana Rattes (Secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro).

O passarinho do Sylvio Monteiro

por Marcelle Abreu

O lançamento do PADEC não teria atraído tantas pessoas para o teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro na noite da última quarta-feira se não fosse o trabalho de formiguinha da incansável atriz e produtora cultura Silvia Regina, cuja vida pessoal praticamente se confunde com a do espaço. “Sempre gostei de lidar com o público,em especial o de rua”, diz a diretora do espaço.

Silvia Regina nasceu no Rio de Janeiro, mas foi criada em Minas Gerais, estado para o qual se mudou quando tinha apenas um ano de idade. Lá estudou em colégio de freiras e aos 13 anos retornou ao Rio.

Desengavetando os projetos

por Wanderson Duque

Durante o lançamento do PADEC (Plano de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios do Rio de Janeiro) no Espaço Cultural Sylvio Monteiro no último dia 3, a plateia que superlotou o teatro enfim se sentiu contemplada pelas ações do governo do estado na área da cultura. O programa prevê a distribuição de R$ 3 milhões de para produções culturais nos municípios da Baixada Fluminense, dos quais R$ 450 mil ficarão em Nova Iguaçu. Atén então, a cidade só contava com seu próprio edital para as produções, sem nenhum auxilio do estado.

Nova Iguaçu ruma para seu segundo edital, e vem emergindo de uma grande inércia cultural. Durante a gestão do escritor e cineasta Marcus Vinícius Faustini à frente da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, o foco nos agentes culturais da cidade foi pensado de um forma mais ampla e abrangente. “Agente cultural é todo aquele que atua no seu bairro com algum tipo de metodologia estética”, explicou Faustini.

Sociedade dos irrequietos anônimos

por Livia Pereira

Em meio à escuridão do teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro, numa noite de quarta feira, enquanto a chuva cai do lado de fora e afoga o trânsito da cidade, cenas estranhas acontecem na plateia que acompanha atenta os pronunciamentos das autoridades responsáveis pelo PADEC, um plano de apoio à cultura financiado pela Secretaria Estadual de Cultura.

Nesta matéria, procuramos não citar os nomes dos que, em plano de fundo, ilustraram o evento: os membros da Sociedade dos Irrequietos Anônimos (SIA).

Balançinho de uma gestão

por Carine Caitano


O secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, Marcus Vinícius Faustini, aproveitou o lançamento do PADEC na última quarta-feira para fazer um balanço da sua gestão. A própria reunião, uma consulta pública à classe artística sobre a aplicação da verba disponível para cultura, é inédita no estado do Rio de Janeiro e uma das marcas de seu governo.

Dialogar com a classe artística tem sido uma marca da gestão do escritor e cineasta Marcus Vinicius Faustini desde o início de sua gestão à frente da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, há dois anos. Ele e sua equipe acreditam no poder transformador da cultura.

Amor à cultura

sexta-feira, 5 de março de 2010

por Joaquim Tavares


Na última quarta-feira, a classe artística de Nova Iguaçu ignorou a chuva e lotou o teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro para prestigiar o lançamento do PADEC, um plano de apoio à cultura que distribuirá verbas para os 92 municípios do estado. A produtora cultural Adriana Rattes, titular da Secretaria Estadual de Cultura, participou da solenidade de lançamento. O escritor e cineasta Marcus Vinícius Faustini, secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, também.

Pontinhos de discussão

por Fernando Fonseca

Era possível respirar cultura na noite da última quarta-feira, quando a secretária estadual do Rio de Janeiro venceu o engarrafamento da Linha Vermelha para lançar o PADEC no teatro do Espaço Cultural Sílvio Monteiro juntamente com o secretário municipal de Cultura Marcus Vinícius Faustini. A classe artística da cidade foi em peso prestigiar o evento, durante o qual foram anunciados investimentos de R$ 450 mil na cultura da cidade. Metade dessa verba será usada na recuperação do próprio espaço. Os outros RS$ 225 serão usados com base na orientação dos 15 delegados escolhidos em meio à plateia que superlotou o teatro, apesar da insistente chuva que caiu sobre a cidade.

Currículo precioso

por Jéssica de Oliveira

Na noite da última quarta-feira, a Escola de Pesquisa de Nova Iguaçu deu um novo passo em sua caminhada. É que o grupo liderado pela antropóloga paulista Marcella Camargo aproveitou a noite de lançamento do PADEC no Espaço Cultural Sylvio Monteiro para apresentar o Portal dos Agentes Culturais da cidade de Nova Iguaçu. "O objetivo do portal é dar visibiliade aos agentes culturais da cidade e criar oportunidade para que estabeleçam parcerias entre eles", contou a jovem pesquisadora Camila de Oliveira Silva, 21 anos.

Segundo a mesma Camila de Oliveira, que subiu ao palco para explicar o funcionamento do portal, o projeto começou a ser desenhado durante as pré-conferências de cultura de Nova Iguaçu, em setembro de 2009. Naquela ocasião, Camila de Oliveira e seus cerca de 25 companheiros entrevistaram quase todos os agentes culturais mobilizados com o objetivo de mapear a produção de cada um deles. "Mas percebemos que os dados que tínhamos em mãos dava para fazer um cadastro, com informações profissionais e pessoais de cada um", lembrou a jovem pesquisadora.

Por uma vida melhor nos 92 municípios do Rio de Janeiro

quinta-feira, 4 de março de 2010

por Mayara Freire

O teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro foi pequeno para o número de artistas e militantes dos movimentos sociais interessados em discutir o Plano de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios do Rio de Janeiro (Padec) com a secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, a produtora Adriana Rattes. O plano prevê a distribuição de 15 milhões de reais para os 92 municípios do estado. A Baixada Fluminense ficará com quase 3 milhões desses recursos e Nova Iguaçu, com 450 mil.

Quem abriu o encontro foi o secretário municipal de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, o escritor e cineasta Marcus Vinícius Faustini. O titular da SEMCTUR fez um balanço da sua gestão, que deve se estender até as eleições de outubro. “Sinto orgulho de ter feito um trabalho com um diálogo direto com os agentes e ter alcançado bairros que nunca foram favorecidos culturalmente. Me sinto feliz ao ver diversos bairros aqui presente, com diferentes projetos”, disse o secretário, que acredita ter reforçado a tradição de mobilização da cidade. Faustini não acredita que a provável saída do prefeito Lndberg Farias para disputar as eleições de outubro atrapalhará seu projeto de fazer da cultura um agente de transformação na vida dos indivíduos. “Acredito que nos próximos seis meses terá um salto de qualidade”.

Lucro dos municípios

por Hosana Souza

Na noite dessa última quarta-feria, os agentes culturais de Nova Iguaçu e uma significativa parte da sociedade civil iguaçuana marcaram presença no teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro, lotando-o. O motivo da reunião foi a visita de da produtora Adriana Rattes, secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, a nosso município.

Aquela multidão estava ali para prestigiiar o lançamento do PADEC – Plano de Apoio ao Desenvolvimento Cultural no Estado do Rio de Janeiro, com o qual o governo Sérgio Cabral vai liberar 15 milhões de reais para atividades culturais em cada uma das 92 cidades do estado. Nova Iguaçu ficará com 500 mil reais dessa bolada.

Liberdade interior

por Robert Tavares

Nova Iguaçu é colorida, mas colorida em sua pluralidade, em sua essência, em sua vontade de acontecer, e melhor, na sua liberdade e vontade de voar.

Ontem aconteceu a reunião do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro. A massa cultural se reuniu em peso, e ficou clara a vontade que essa gente tem em crescer, assim como as árvores, que fincam raízes e crescem para cima.


Vamos invadir tua universidade

quarta-feira, 3 de março de 2010

por Josy Antunes

No primeiro semestre de 2009, participei de um projeto que me fez respirar os ares da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro): o Colisões. Os encontros eram realizados no Campus da Praia Vermelha, reunindo alunos da própria Universidade e da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, através da qual se deu o meu ingresso. Recebemos palestras e orientações de grandes estudiosos de literatura, além das “injeções de criatividade” da poeta Bianca Ramoneda e do graffiteiro Dante Nogueira, respectivamente da Zona Sul e de Nova Iguaçu. Este confronto de origens e ideias trouxe um afloramento de novas experiências e aprendizagens tanto para alunos quanto para orientadores e coordenadores.

Uma justificativa pra ser feliz

por Luz Anna e Tuany Rocha


22 Horas. Alguns minutos de caminhada:

“Calma, ainda é cedo!”

Ônibus cheio, seletiva, uma hora mais ou menos de viagem.

Tudo bem, o que vale é a agitação e a perspectiva de uma noite muito animada.

Isso poderia ser um happer, mas não é. É um suburbano indo para a Lapa.

O que é a Lapa?

A Lapa é um espaço urbano do Rio Antigo. É uma área marcada por concentrar um grande número de bares e casas de shows.

É um espaço que reúne cultura e lazer, Circo Voador, Fundição Progresso...

Essa descrição poderia ser algo lido num cartão postal se não fosse muito além para descrever um espaço que historicamente vem exercendo uma espécie de fascínio para todos aqueles que fazem da Lapa seu ponto de encontro semanal.

Fantasia à grega

por Jefferson Loyola

Filmes como “Harry Potter” e “Senhor dos anéis”, que surgiram de livros e levaram uma legião de fãs para os cinemas do mundo inteiro, mostraram um mundo fantasioso que contagia crianças, jovens e adultos. Assim pretende e está sendo o longa-metragem “Percy Jackson e o ladrão de raios (Percy Jackson and The Lightning Thief)”, uma fantasia à grega que tem como diretor Chris Colombus, um veterano dos dois primeiros filmes de Harry Potter, e um trio conhecido de jovens coadjuvantes: Logan Lerman, Brandon T. Jackson e Alexandra Daddario.

O grande trunfo na manga de "Percy Jackson e o ladrão de raios" é a ambientação do seu universo nos cinemas. O autor Rick Riordan apostou no grande acervo da mitologia grega, o que o dispensou de apresentar e identificar os protagonistas - J.K. Rowling e J.R.R. Tolkien tiveram que criar um novo universo para seus personagens. A estratégia de Riordan deixa o publico mais à vontade, quee mesmo não conhecendo as histórias mitológicas, conseguem identificar cada personagem.

Leve coquetel de estrelas

terça-feira, 2 de março de 2010

por Jefferson Loyola

Mostrar como o dia dos namorados influencia a vida das pessoas, esta é a pretensão do filme “Idas e vindas do amor (Valentine’s day)”, que traz em seu elenco um número extenso de grandes estrelas de Hollywood, como Julia Roberts, Jennifer Garner, Bradley Cooper, Queen Latifah, Ashton Kutcher, Anne Hathaway, Jéssica Biel, Patrick Dempsey, Taylor Lautner e Taylor Swift (estreando como atriz nos cinemas), entre outros.

O sincretismo do amor

por Jéssica de Oliveira

"Saber que meu roteiro foi o escolhido foi muito especial pra mim. Isso serve como incentivo para eu continuar escrevendo". Essas palavras simbolizam o sentimento de vitória; humilde e gratificante. Valéria de Almeida Gomes, de 25 anos, moradora de Nova Iguaçu, foi a vencedora do concurso de roteiros da Escola Livre de Cinema, com "Santo Antônio (Exú) Padroeiro de Nova Iguaçu", história que trata de um casal de namorados que sofrem com suas diferenças. "Maria Antônia é católica e Fernando, umbandista. No dia 13 de junho ela o convida para ir à festa de Santo Antônio, mas ele não pode ficar muito tempo lá, pois tem compromisso na festa do centro de umbanda", resume.

O roteiro de Valéria atendeu os requisitos básicos definidos pela banca: continha uma festa popular de Nova Iguaçu, e uma tecnologia - que surge como um computador que é usado em conversas on-line. A partir disso, Valéria reuniu algumas de suas experiências pessoais e escreveu sua hitória. "Quando fiquei sabendo que o roteiro deveria tratar de uma festa popular da cidade de Nova Iguaçu e de tecnologia, imediatamente a história surgiu", conta. "Lembrei de uma conversa que ouvi na minha turma de pós-graduação, onde uma evangélica comentou que não gostava de macumba, de Exú... Então, um colega meu, na mesma hora disse: 'Coitado de Santo Antônio!' e explicou um pouco sobre o sincretismo religioso. Achei isso interessante e resolvi escrever o roteiro sobre o assunto".

Sem ressaca moral

segunda-feira, 1 de março de 2010

por Luz Anna


Fala-se que o carnaval começou em Roma em cultos ao Deus Baco com danças, comidas e bebidas. Nos dias de folia, tudo se invertia tanto que o rei da festa, o Rei Momo, era um escravo da classe mais baixa de Roma.

As pessoas representavam papéis. Por isso, com o passar do tempo, veio o costume das máscaras, trazidas do teatro clássico grego.

Passando pela história, vemos que não mudou muito essa essência carnavalesca.

Esperamos tanto pra esse tempo chegar - afinal, são quatro dias pra sonhar ser o que desejarmos. Como um amigo disse: “Época pra aproveitar e não ter ressaca moral”...

Hum, será?


Carnaval cabeça

por Lívia Pereira

Respondendo aos inúmeros fãs dos imortais jovens repórteres trazemos hoje um pouco do mundo particular de uma das integrantes do clã: Dariana Nogueira. A pergunta que não quer calar: o que faz no Carnaval uma pessoa tão intelectual? Também se rendem à folia esses seres usuários dos óculos subjetivos da alma? Aqui encontraremos algumas das respostas.

Quem disse que cultura não é diversão? Enquanto todos estavam na rua rindo e se emocionando com a folia, nossa entrevistada alugou seu batalhão de filmes e pôs-se a interagir com personagens e enredos. “Isso não é muito comum. Hoje em dia todo mundo compra filmes piratas no camelô, mas eu ainda prefiro ir à locadora”. Tem-se a conclusão de que um jovem repórter deve aliar-se as causas dos oprimidos e abandonados como locadoras e, quem sabe, discos de vinil.

Carnaval sem bolha

por Lívia Pereira

Há quem diga que o carnaval de hoje se distancia bastante do que foi no passado. Isso é inegável. Mas o conceito de carnaval permanece atual: a liberdade tão desejada e refreada durante o ano inteiro, vivida com total intensidade nos dias que antecedem a Quaresma. As origens são um tanto obscuras, em celebrações de caráter orgíaco na Antiguidade. Talvez por isso (ou não) muita gente fuja dele inconsciente ou conscientemente.

No Brasil, o carnaval tem presença certa do folclore, do que é popular, enfim, da memória do povo sempre resgatada pelos blocos e escolas de samba.

Ainda assim, muita gente foge da folia e busca o descanso e a paz da natureza e o aconchego do lar. Esse é o exemplo de Natália Carneiro, estudante de Farmácia, 21 anos, moradora de Nova Iguaçu. Ela deu a nós o roteiro de um misto de diversão e paz para os foliões menos chegados ao barulho e ao tumulto.

Para todos os tamanhos

por Marcelle Abreu


A tendência que está em alta é o uso das saias de cintura alta - uma moda que fez sucesso nas décadas de 30, 40 e 50. Após ter passado tempos esquecida, ela hoje retorna com tudo, em pleno século XXI.

As mulheres estão enchendo seus guarda-roupas com elas. ”Não basta apenas ter uma, quanto mais modelos diferentes, melhor”, diz a universitária Mayara de Oliveira, 19 anos, moradora de Nova Iguaçu.

A ralação da Casa de Anyê

por Carine Caitano

A Casa de Anyê já deu o que falar aqui no blog. Comandada por Eduardo Reis, o pontinho perpetua a cultura negra através de música e dança na Escola Municipal Monteiro Lobato, no centro de Nova Iguaçu, e na Escola Municipal Amazour Vieira Borges, na Vila Operária. Eduardo teve que driblar uma série de dificuldades para se tornar uma das experiências mais bem-sucedidas dessa parceria entre a Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu e o Governo Federal.

Tudo começou em outubro, quando houve o primeiro contato com os alunos do horário integral. Apesar do interesse inicial, o professor se deparou uma situação desfavorável. "O número de alunos que frequentava as aulas era menor que o esperado", lembra ele, que determinado, disse que trabalharia com seriedade para 30 ou 3000 estudantes. E foi o que aconteceu. Em esforço conjunto com a Secretaria de Cultura e a Secretaria de Educação, hoje o pontinho da Casa de Anyê está em estágio mais avançado e finaliza com honras seu primeiro ciclo.

 
 
 
 
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