Na terra do nunca

quarta-feira, 21 de abril de 2010

por Fernando Fonseca


A beleza do visual, em sincronia perfeita com o áudio, se fez presente hoje no auditório d o Espaço Cultural Sylvio Monteiro, onde mais de duzentos e sessenta alunos da rede municipal de ensino de Nova Iguaçu pôde conferir a Mostra Bairro Escola. Nela, obras de Câmara Cascudo foram transformadas em curtas metragens de animação pelos alunos da Escola Livre de Cinema, juntamente com os alunos da Escola de Música Eletrônica.

Nas quatro sessões apresentadas hoje, dia vinte de abril de 2010, com início às nove da manhã, os alunos das Escolas Municipais Flor de Liz, Janir C. Pereira, Ana Maria Ramalho, 071 Maximiliano, Ivonete dos Santos Alves, Jaceruba e Herbert Mozes viram os contos ‘Mata sete’, ‘O velho ambicioso’, ‘O mendigo rico’ e ‘O bem se paga com o bem’, serem ritmados em Rock, Rap, Funk Jazz e Samba. A cada som e a cada imagem exibida, era possível sentir a adrenalina correndo nas veias de cada um presente, como se ali, diante de uma gigantesca tela branca, o tempo tivesse parado. Como no conto dos meninos da Terra do Nunca, era possível sentir naquele momento, circulando como fogo pelas nossas veias, a vontade de continuar a ser criança para todo sempre... Nostalgia!

Ao fim de cada sessão, o coordenador da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, Anderson Barnabé, convidou ao palco três dos alunos que participaram da realização do ‘O velho ambicioso’, para comentarem
sobre sua produção. Na pré-produção, os alunos tiveram quatro semanas repletas de atividades lúdicas, ao qual não sabiam quais seriam os contos com que iriam trabalhar, dentre elas aulas de mímica. “Depois que terminamos com as imagens, usamos o programa Photoshop para cortar e retorcer as imagens e o programa After Effect para dar movimento a elas”, explica o aluno Jessy, de doze anos.

No final, Barnabé informa que “mais de mil fotos foram utilizadas para cada conto, tendo sido todas tiradas por câmeras fotográficas digitais”. Diante às inúmeras perguntas que surgiam na fervorosa platéia, o aluno Jonathan, de 14 anos, conclui: “Mostramos aos nossos professores a animação e eles adoraram o resultado. Estamos muito felizes também”.



As professoras
Para quem pensa que a reação de surpresa só era possível de ser vista nas frágeis feições dos alunos, está muito enganado. As professoras, em sua grande totalidade, mostraram-se muito surpreendidas com o resultado ao fim das projeções. “Achei muito interessante o resultado dos alunos. Apesar de ser uma grande responsabilidade, sei que eles não possuem um acesso constante a essa cultura, por isso acho mais do que válido sairmos da escola para aprendermos mais”, comenta Kátia Cabral, professora da Escola Municipal Ivonete dos Santos Alves.

Leandra Drummont, aluna da Escola Livre de Cinema e também professora da Escola Municipal Ivonete dos S. Alves, acha que “A imagem pode ser refletida na literatura e na escrita, e é capaz, também, de desenvolver a aprendizagem do aluno” , para ela, o evento promove não só a cultura, mas também a socialização dos alunos.

“Gostaria que fosse sempre assim, com aulas mais lúdicas, pois além dos alunos aprenderem se divertindo, podemos trabalhar também com esses novos meios de ensino dentro da sala de aula”, acrescenta Monique Torres, professora da Escola Municipal Ana Maria. Ao fim, sob os sons dos aplausos e o brilho nos olhos de cada criança, a certeza de que tudo valeu apena.

5 Comentários:

Anônimo disse...

Realmente foi belo.

Anônimo disse...

E supreendente também. não podemos esquecer disso, já que a reação das crianças surpreendeu a todas nós professoras.

Anônimo disse...

e surpreendente! eu como professora, não esperava que as crianças reagissem assim.

Anônimo disse...

essa sessão foi aberta ao público?

Cultura NI disse...

sim

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