Organização das cidades

sábado, 17 de abril de 2010

por Wanderson Duque


Crítica Pólis

O termo “Pólis” designa a forma de organização coletiva das antigas cidades gregas, desde o período arcaico até o período clássico. Em contraponto a tal organização destas cidades, Marcos Pimentel nos descortina a insólita cidade construtível-destrutível habitada pelos seres humanos.

Vivendo em constantes fases de aperfeiçoamento, em uma linha contínua de destruição-restauração. Cenas que proporcionam uma reflexão bipolar do foco primordial do diretor, não deixam por se passarem em branco. Fica fácil identificar uma comparação cômica, que também não deixa de ser provocativa: cenas de animais e de seres humanos cuidando de suas aparências. Uma mostra simples do envolvimento social entra animais e seus donos que não fica tão claro assim.

Organização, ações e de costumes são captadas com demasiado ímpeto por Marcos Pimentel. O espectador pode, em algum dos diversos pontos culminantes do filme, participar de alguns dos milhares de personagens que emergem da cidade. Como os trabalhadores na estação ferroviária esperando sua condução ou, quem sabe, o operário que acorda cedo para realizar renovações na imensa pólis urbana.

Um filme provocativo, realista, mas que peca por sua longa duração, mesmo para um curta-metragem. Indo direto ao ponto.

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