Turismo cultural

terça-feira, 4 de maio de 2010

por Marcelle Abreu

Em comemoração ao dia da Baixada Fluminense (30/04), foi realizado na Cúria Metropolitana de Nova Iguaçu um encontro com os Amigos do Patrimônio Cultural, um grupo que visa valorizar a Baixada que é vista por muitos apenas pela violência.

“Somos poucos e não há muitos seguidores, mas a gente não desanima”, afirma Antonio Lacerda, pesquisador e representante do grupo.



O encontro foi planejado às pressas e por isso não houve uma real divulgação. Porém, os que estiveram presentes aprovaram e querem mais.

Além dos mapas antigos espalhados por todo lado, havia uma maquete que representa toda a Baixada Fluminense no centro da sala feita e apresentada a todos com riqueza de detalhes por Edson Ribeiro, administrador de empresas e representante do grupo.

Antes de ser iniciado o encontro, todos circulavam pela sala admirando cada mapa exposto e conversando um com os outros, criando um clima altamente agradável.

Edson Ribeiro foi quem comandou o encontro, mostrando mapas antigos e os comparando com os mais recentes. Ele estuda caminhos antigos e ao fazer essa comparação, encontra lugares que no passado foram importantes, como engenhos e quilombos.

Num de seus estudos, constatou o caminho que D. Pedro fez rumo à Independência em 1822 e tornou claro o porquê de alguns nomes escolhidos para cada lugar, como Montevidéu, que foi dado, pois na época no local havia uma fazenda com o mesmo nome. Já Mata-fome é uma espécie de mandioca, que ganhou esse nome porque no século XVIII a mandioca era muito importante tanto cultural quanto economicamente. “Assim como tem a festa do aipim em Tinguá, deveria ser realizada a festa da mandioca na Baixada devido à sua importância”, diz Edson.

Completando o pensamento, Claudina Oliveira, coordenadora cultural do Fórum Cultural da Baixada, diz. “Não é só laranja né?”

Um dos patrimônios da Baixada que é bastante utilizado para representá-la é a fazenda São Bernardino, vítima de um incêndio suspeito nos anos 1980. A fazenda é utilizada, mas falta preservação da mesma. Os Amigos do Patrimônio querem que lugares como esse ganhem utilidade, pois revitalizá-los e deixá-los para um guarda municipal tomar conta não faz parte do projeto deles. Com isso um retorno financeiro será conseqüência e assim ajudará a região e a Baixada poderá ser explorada como turismo cultural, que é a real intenção do grupo.

1 Comentários:

Luiz Claudio B. Portugal disse...

Parabéns Marcelle pela reportagem.
Realmente nosso grupo "Amigos do Patrimônio" vem se reunindo sempre para estudos e conversas sobre Patrimônio Cultural, em especial, os da Baixada Fluminense. Todos podem fazer parte, basta ter boa vontade, interesse em cultura e amor pela História e pela Baixada Fluminense.

Grande abraço

Postar um comentário

 
 
 
 
Direitos Reservados © Cultura NI