Triste ciclo das drogas

segunda-feira, 28 de junho de 2010

por Marcelle Abreu

O Espaço Sylvio Monteiro apresentou neste fim de semana "Delírios e Caminhos - A verdade sobre as drogas", um espetáculo produzido pela Cia. Teatral Absurdo´s e interpretado pelos atores Rodrigo Atila, Jaqueline Bel Monte, o ex BBB Augustinho Mendonça, Alessandra Matos e Marcos Ferreira, que também é autor da peça.

A peça fala sobre a realidade vivenciada pelos jovens que seguem o caminho das drogas. Ela começa com os atores se vendo em desespero pele falta das drogas. As meninas não tendo mais o que roubar dentro de suas casas, entram para a prostituição. Elas vendem seu corpo em troca do pó. E seus parceiros se tornam violentos e não aceitam que essas não queiram mais se vender e elas não têm força para mudar essa situação. E o por quê? Simplesmente já estão viciadas.

A peça mostra que muitos jovens entram para essa vida porque não têm carinho dentro de casa. Esses têm casa, dinheiro, motorista, tudo e mais um pouco, porém seus pais são ausentes. De que adianta cobrir os filhos de luxo, se falta amor, carinho e atenção? E infelizmente, essa é a realidade, pois muitos pais se dedicam tanto ao trabalho para que não falte nada dentro de casa, que se esquecem do essencial.

Mas esse não é o único motivo. Muitos começam experimentando por curiosidade. Começam com a maconha, depois essa não é suficiente e a dependência se inicia. Outros são influenciados pelo meio que vivem. Os amigos dizem que é legal, que são felizes e que com a droga, os problemas desaparecem e assim lá vão eles. Pronto! Está traçado o caminho da dependência onde quase sempre o final é trágico. Infelizmente.

E com eles se vão os sonhos, os planos de ter uma profissão, formar uma família conquistar metas.

Tudo isso é trocado por uma prisão, onde as grades são os próprios vícios. E quem sustenta esses vícios? Quando não se tem mais dinheiro, eles se pegam roubando os próprios pais, que às vezes não aguentam a situação e acabam abandonando seus filhos e quando se trata do sexo feminino, essas vão para as esquinas.

Nesse momento, eles se vêem no caminho sem placas e sinalização, sem esquinas e vielas, onde a única certeza é que precisam das drogas para sobreviver.

7 Comentários:

Villarino disse...

Essa peça é mt boa,com excelente atores e nos passa uma descrição fiel da realidade de alguns jovens.
Parabens pelo texto,conseguiu retratar mt bem a essencia da peça.

Felipe Barth disse...

Não assisti a peça,
mais em relação as drogas, a resenha esta ótima,

"...quando se trata do sexo feminino, essas vão para as esquinas." rsrs falo tudo!

Desculpa pela risadinha, mais nao resisti.

Laise Villarino disse...

excelente matéria!!Conseguiu retratar exatamente a realidade que se passa com a maioria dos jovens que se envolvem no mundo das drogas.

Thaís Lima disse...

Adoreeeei Celle, também não vi a peça , mas deve ser muito realista mesmo. E você tem o doom menina rs , sucesso :)

Gabriela Noel disse...

Poxa queria teer visto a peça, deve seer boa.
Ficou otima a materiia, ameei! sucesso!

Olhar em cena disse...

É uma realidade crítica d nossa sociedade que é subsidiada por políticas de interesses escusos. Não existe por parte do governo locais apropriados para que essas pessoas se tratem,pois quando viciadas fazem parte do quadro de saúde pública.
Este mal tem aumentado a cada dia alimentado pela mídia que sugestiona a todo tempo o ter, o ser o melhor,o popular e como nas novelinhas é preciso fazer tudo que o grupo faz para fazer parte dele.
Infelizmente os pais estão ocupados de mais,ou sem moral frente a seus filhos para conduzí-los por caminhos com ética e princípios morais. Famílias degradadas, sociedade marginalizada.
Que Deus nos oriente na educação de nossos "filhos" e que haja políticas ´[ublicas que tratem da questão afim de solucionar o problema e não apenas com tranpolim para serem eleitos.
Que Deus nos ajude a escolher pessoas com seriedade e bom caráter, que preserve a família, a sociedade e tenha principalmente temor a Deus.

Elisabete Fernanda Severino Prietsch

dib malte disse...

É uma triste realidade né minha amiga.
Feliz em saber que cobre matérias assim e se preocupar com o que as pessoas as vezes esquecem por viverem a margem disso tudo. Muito bem escrita e de forma inteligente , como sempre digo não espero menos de você. =)

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