Clube do Flavinho

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

por Vinicius Damasceno

O som é cativante, intenso. Chega de maneira despretensiosa e, quando menos percebemos, está nos influenciando. Mas é claro que, no fundo, não tem nada de despretensioso. Essa é a maneira como você é recebido no 'Clube do Jazz', nome provisório para as noites de terça no Botequim Estação Floresta, popular 'Bar do Flavinho'.

O som é único, sem sombra de dúvida. Tem de tudo um pouco. Pode-se sentir a influência da bossa, do samba, do rock e de tudo o que se puder imaginar. Um dos elementos que torna a experiência especial é o músico convidado. Toda terça é um espetáculo diferente, uma obra única que reflete o espírito dos músicos.
Todos profissionais do ramo, cientes de suas capacidades e motivações.


O projeto começou com a união de amigos músicos, que decidiram que ter algo de novo a apresentar seria essencial para o sucesso.

Esse 'Clube' já vem acontecendo há mais de seis meses, e foi idealizado pelo próprio Flavinho, dono do bar, que é um músico e apreciador de Jazz. 'Tem uma paixão pessoal', diz sua filha Gisele.

Para o grupo, os grandes atrativos, além do pagamento, claro, são a autonomia musical e o ambiente pacífico, assim como o patrão, que é um grande conhecedor da arte e incentivador.

Para o público, a tranquilidade e o clima, situados naquele ambiente alternativo, tornam a noite algo bem diferente. Se você estiver dentro da 'lounge' tematizada, você esquece estar em Nova Iguaçu, até mesmo no Brasil. Criando seu próprio clima e em seu próprio tempo, a música cativa, transporta e, graças à união de pessoas tão independentes, fazendo algo em conjunto, agrada a todos. Cada um pode ouvir algo de único e apelativo na melodia, uma puxada de samba, uma levada de bossa, uma volta de rock. Tudo numa perfeita sincronia.

Após uma conversa agradável com Franklin Gama e seus amigos, pude entender que eles realmente lembram de um cenário que o Baixada já esqueceu. O som do Jazz, do Soul e do Blues vem sido deixado de lado, cada vez mais. Mas nem todo mundo deixou pra trás esse movimento cultural e dinâmico. Sempre no bom-humor, com total tranquilidade, os rapazes passaram uma suavidade em seu momento de brilhar. Na terça feira, dia 10 de Agosto, o Clube do Jazz foi composto por: João Batista, no saxofone; Paulo Santos, na guitarra; Thiago Silva, na bateria e Franklin Gama no contra-baixo.

E quando seu maior crítico/fã é o seu patrão, o nível tem que sempre subir. Os patrões se encontram totalmente satisfeitos com o Clube, e o Flavinho pode relaxar sabendo que apoiou quem merecia, pra fazer um som que muita gente nem ao menos conhece. Você não precisa conhecer, não precisa ser fã de Jazz, o som é bom, e vai acabar te conquistando.

Mais um ponto pra Nova Iguaçu, que tem cada vez mais crescido no cenário cultural do Rio de Janeiro.

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