Casa cheia

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

por Larissa Leotério


A cultura iguaçuana está em festa. A segunda edição do Fundo Municipal de Cultura promete ser um sucesso ainda maior, a se medir pelo número de projetos acumulados na mesa da subsecretária Verônica Nascimento desde a última sexta-feira, 29 de outubro: 177 projetos estão disputando os R$ 400 mil reais disponibilizados pela prefeita Sheila Gama. Na primeira edição, houve 96 projetos disputaram R$ 300 mil. “Essa foi uma decisão acertada da prefeita Sheila Gama, de ter continuado a política do Fundo”, afirma o Secretário Municipal de Cultura e Turismo Écio Salles. Na primeira edição, havia



E a mudança não foi só no investimento e no número de projetos inscritos. A cultura iguaçuana também se transformou com a inclusão de novos atores culturais, até mesmo dos que nem se reconheciam assim, que não conseguiam entrar nas redes seja por distância ou falta de conhecimentos. "Estas participações são reflexos da mudança da política pública de cultura", avalia o secretário, que também atribui a ampliação do número de inscritos à credibilidade obtida pelos gestores da política cultural no município com bem sucedida execução da primeira edição do Fundo Municipal de Cultura. “Quando as pessoas virma que os contemplados tiveram o dinheiro na conta, perceberam que alguma coisa nova estava no ar”.

Embora reconheça alguns problemas na estrutura, Écio Salles se orgulha da execução de todas as etapas do Fundo Municipal de Cultura Escrito Antônio Fraga: da criação do Conselho Municipal de Cultura ao lançamento do edital,passando pela sua divulgação junto aos atores culturais da cidade, pela seleção de projetos, conveniamento, liberação dos projetos e prestação de contas dos mesmos. “Os valores foram liberados e peças de teatro, livros e filmes foram lançados”, enumera o secretário, para quem o edital é a forma mais democrática de trabalhar com o orçamento da Cultura.

Descrença da classe
Écio Salles acredita que o maior divulgador da segunda edição do Fundo Municipal de Cultura foi o sucesso da primeira edição. “O teatro do Sylvio Monteiro, por exemplo, foi palco de várias execuções de projetos do Fundo. Projetos de música e de filmes foram executados aqui, quase sempre com casa cheia”, conta o secretário, que se lembra da descrença da classe cultural na capacidade de a Semctur colocar o Fundo em prática.

O secretário também acredita no poder didático da política cultural que ele herdou de seu amigo Marcus Vinícius Faustini. "As pessoas aprenderam muito com a primeira gestão, e estão melhores agora", lembra Écio Salles, que na gestão anterior participou do esforço para institucionalizar os projetos culturais em curso na cidade, ajudando seus gestores a escrevê-los no formato exigido pelo poder público. "O Fundo Municipal, por ser dedicado ao território, é necessário um salto de qualidade e não só de quantidade". Neste ano, a Semctur disponibilizou dois funcionários para tirar as dúvidas dos artistas: Marcelo Cavalcanti e Dayse Marcelo.

O titular da Semctur acredita que o processo instaurado na gestão passada, que coloca Nova Iguaçu na vanguarda da produção cultural do país, seja irreversível. "A tendência é as pessoas se institucionalizarem cada vez mais, produzindo cultura no território", afirma o secretário, para quem a primeira missão, a de ampliar a participação popular nas políticas culturais, foi altamente bem-sucedida. "Não devem haver mais de 10 cidades no país no estágio em que nos encontramos, com duas edições do Fundo Municipal de Cultura."

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