Religião masculina

terça-feira, 16 de março de 2010

por Joaquim Tavares


Não é difícil ouvir essa frase, que já virou uma espécie de jargão: ’Brasileiro que se preze tem que gostar de futebol’. E há de se convir que, por mais preconceituosa que possa parecer, essa afirmação diz muito sobre nosso país.

A imagem do brasileiro está impregnada de estereótipos que não se podem desgarrar tão facilmente. Para muitos, o futebol é quase que um sinônimo para Brasil, e isso não deixa de ser um pouco verdade em muitos casos.

A Inglaterra criou o futebol como esporte, mas o Brasil o determinou como o mais praticado do mundo. Esse fato pode ser facilmente constatado nos dias de domingo pelo país a fora. São inúmeros aqueles que têm seu emprego, sua família e, ainda assim, não deixam de jogar suas ‘peladas’, que se tornam quase uma religião.

A bela acordada

por Luz Anna


Era uma vez uma princesa, uma bela adormecida que vivia em um castelo.

A adormecida pelo tempo, tempo em que a mulher era quase o pecado original, inspiração para luxúria que chegava aos pobres e frágeis homens que não resistiam a esse encanto.

Adormecida pela tradição - tradição que fazia da mulher quase um “carma” familiar, a ser cuidado, protegida pelo pai, e depois entregue com certo alívio, fruto do dever cumprido, ao marido para ser esposa e mãe.

E por fim, que também é o começo de uma grande luta, adormecida pelo medo, medo de ser o que é acima de tudo, acima de tantos, acima de todos, mulher.

 
 
 
 
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