Escola modelo

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

por Lucas Lima

Em seus quatro anos de existência, a Escola Livre de Cinema, situada no bairro de Miguel Couto, em Nova Iguaçu, não formou apenas alunos capacitados para fazer audiovisual, mas também uma nova forma de as pessoas verem o mundo e terem uma nova percepção de território e centralidade. Além disso, o projeto deu uma alta visibilidade para o município.

Segundo Anderson Barnabé, coordenador artístico, Nova Iguaçu só atraía a atenção da mídia pelo sua miséria e pela sua pobreza. "Quando começa a surgir pessoas fazendo audiovisual, esse audiovisual interagindo e dando espaço a outras linguagens, começamos a ter muita visibilidade. Hoje temos que marcar hora com cineastas e pessoas que desenvolvem projetos sociais até de outros países. As pessoas passam por aqui para saber como existe uma escola de cinema na periferia da Baixada que produz além de cinema em si, pensamentos".

Pecado da gula

por Juliana Portella


Depois da matéria do famoso salgadinho amarelinho, vulgarmente conhecido como biscoito de isopor, dedicarei mais um texto à gastronomia popular. Falando de gastronomia real. Delícias populares. Comidinhas que todo mundo gosta. Com direito a endereço, preço e cardápio, prepare-se para encontrar dicas de guloseimas que fazem parte do cardápio da galera iguaçuana.


Gorduras à parte, numa dessas incursões Nova Iguaçu a fora é possível descobrir verdadeiras delícias. A lanchonete FROGS é muito conhecida pelo seu variado cardápio especializado em fast-food. Para quem quer fazer um lanche rápido, as sugestões são as mais atraentes. Entre tentações que vão de sanduiches a batata frita, sobressai o famoso ”Frogs-montanha”, feito com três fatias de pão, duas carnes, duas fatias de queijo, bacon e maionese. Essa montanha de sabor custa R$ 6,60 nos sabores carne e frango e R$ 9,30 no sabor picanha. "É uma boa opção pra quem quer matar a fome", aprova a estudante Thaline Flôres, que é fã numero um dos lanches do FROGs. Além de morar pertinho da lanchonete, na rua Ione Torres Ennes, mais conhecida como rua da Feira, Centro de Nova Iguaçu, Thaline estuda engenharia Civil na UGB, que também é bem perto da segunda sede da lanchonete, na Estrada Abílio Augusto Távora, em frente à Unig.

Barro na avenida

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

por Luiz Gabriel

Foi dada a largada para o carnaval 2011. Tem a turma que aproveita o feriadão para viajar, mas é cada vez maior o número de foliões que passa os quatro dias correndo atrás de blocos como o Bola Preta e o Suvaco do Cristo, no Rio de Janeiro. Quem vai ficar na Baixada Fluminense pode gastar sola de sapato atrás da Tradição Bairrerense, que há dez anos vem garantindo a alegria dos moradores de Mesquita.

Fundado no dia 27 de dezembro de 2000, na associação de moradores do Morro do Alto Uruguai, no centro de Mesquita, vê-se o irreverente espírito do carnaval carioca até mesmo no nome do bloco. "Antes só tinha barro no bairro da gente", cona Creuza da Silva, uma senhora de 69 anos nascida no Andaraí, na Zona Norte do Rio, que se tornou uma "mesquitense de coração". "Tudo começou depois de um torneio de futebol organizado pelo técnico José Carlos", lembra dona Creuza, uma das fundadoras e atual diretora de harmonia do bloco, cuja sede foi transferida para o pé do Viaduto de Mesquita, na Estrada Feliciano Sodré.

Dinheiro inesquecível

por Michele Ribeiro

Não é de hoje que os brasileiros aproveitam a folia para ganhar dinheiro. Não é diferente no carnaval, quando muita gente aproveita os bailes de carnaval, desfiles de blocos e shows organizados na maioria das grandes cidades brasileiras para aumentar a renda.

Um exemplo disso é o Altamiro Ferreira, 41 anos, eletricista de Nova Iguaçu que resolveu vender churrasco e refrigerante nas festas de carnaval realizadas na Praça Elizabeth Paixão, em Mesquita. Depois de garantir sua vaga através do sorteio promovido pela Prefeitura, Seu Altamiro conta as horas para reunir a família em torno de sua barraca, com a qual tem um faturamento médio de R$ 200 por noite. "Além de ganhar um dinheirinho, posso ver o desfile dos blocos", comemora o ambulante.

Um dos destaques do carnaval de Mesquita é a Praça do S, no bairro de Santo Elias, onde se reúnem aproximadamente 900 foliões todas as noites. Seu Casimiro, mais conhecido como Pingo, é outro ambulante que aproveita as noites de folia para montar sua barraquinha de cachorro-quente e faturar cerca R$ 300. "Todo ano eu venho para cá", diz ele. "Nos intervalos dos blocos, os foliões sempre aproveitam para fazer uma 'boquinha'”.

Trabalhando ou se divertindo todos dão um jeito de fazer dessa data um momento inesquecível.

A Baixada no Cinerock

por Saulo Martins

"Difundir, fomentar e promover reflexão, a produção artística e o intercâmbio entre artistas e público." É isso que promete o Cinerock, mostra cultural que acontece no próximo dia 26/02. Com a intenção de reunir bandas, exibições de filmes e exposições de fotografia e artes plásticas num só lugar, o evento, que já está na sua terceira edição, é o encontro de talentos de vários lugares, inclusive da Baixada e até de outros estados.

Louise Teixeira, 21 anos, vai exibir fotografias da manifestação de estudantes pelo Rio Card e do projeto "O Palco Vai Sair - A História de Theógono", que conta a história de um senhor de 80 anos de Mesquita que tinha o sonho de construir um palco que rodasse por todo o Brasil. "Quem olhar pode não ver nada demais naqueles palhaços, não entender aquela luz ou o porquê dela estar numa exposição mesmo com tanto ruído... Mas eu sei o valor dela...", conta a jovem.

Eldorado iguaçuano

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

por Vitória Tavares


Nova Iguaçu não para de crescer. E o setor da economia que mais se beneficia desse crescimento é a construção civil. Novos prédios comerciais e residenciais, novas lojas, novas casas....Vivemos algo como um “boom” das construtoras na cidade. A explosão imobiliária cria oportunidades de emprego, como o que promete mudar a vida do estudante Breno Marques, um estudante de engenharia da UERJ de 21 anos que desde a semana passada aborda os transeuntes do Calçadão oferecendo o que ele chama de "altos empreendimentos de empresários importantes". Ele está entusiasmado com seu trabalho, ainda que a concorrência seja grande. “As metas de venda da empresa são altas, assim como as próprias vendas. A área da construção vem superando seu crescimento a cada ano.”

A locomotiva desse "boom" imobiliário é o Minha Casa, Minha Vida, um programa de financiamento de imóveis criado nos estertores do Governo Lula com verba da Caixa Econômica Federal. Com ele, é possível financiar um imóvel para famílias com renda mensal de até R$ 1.395,00. No entanto, a ascensão econômica das classes populares, um dos maiores legados da Era Lula, está impedindo que muitos dos interessados fechem negócio com Breno Marques. “Muita gente vai na empresa procurar esse financiamento e não consegue por conta da renda da família ser um pouco mais alta do que a renda máxima estipulada pelo programa, mas ainda assim não tem recursos para adquirir uma casa de outra maneira."

Esperança mínima

por Felipe Branco

Dia desses pensei sobre a tragédia que aconteceu na região serrana do Rio, particularmente naquelas pessoas que se apresentaram de imediato como voluntárias, para oferecer algum tipo de ajuda. Seria injusto com esses heróis não destinar nossa atenção e lhes dar o devido crédito pela melhora na nossa sociedade em geral. Não só pelos que ajudam em tragédias, mas como os que se solidarizam com o próximo independentemente de tragédias de vulto ou de apelo da mídia.

Lembrei de pronto de uma amiga do Cacuia, bairro de Austin, que sempre teve esse espírito caridoso. Falo de Ana Célia Fernandes Martins, uma católica de 40 anos da Paróquia Menino Jesus de Praga do Cacuia. Ele vem exercendo sua capacidade de solidariedade há cerca de seis anos, quando, ao longo de dois anos, reunia a família e alguns vizinhos nas manhãs de sábado para preparar um sopão que distribuía por intermédio das CEB´s (Comunidade Eclesiais de Base) e da Renovação Carismática. "Eles vinham de várias partes de Austin, principalmente do Tinguazinho. Traziam vasilha, panela ou algum tipo de pote para poder levar a sopa pra casa", lembra Ana Célia.

Isso ou aquilo

por Abrahã Andrade

“As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”. De fato,Vinicius de Moraes foi muito feliz, ao dizer esta frase infeliz. Todo o preconceito que se preze fica muito bem guardado e só vem à tona em situações especiais. O bombardeio de informações vindas de todo o meio de comunicação de massa cria um fenômeno social e faz com que mais pessoas acreditem no que começam a ouvir desde a infância.

O resultado dessa “aculturação” é que mais mulheres deformem e forcem seus corpos a se encaixar no padrão estético vigente: quanto mais parecida com a fulana da revista, melhor. A mulher “não bonita” aparece no subgrupo, e quando está na mídia, aparece quase sempre de forma caricata e depreciativa. A beleza pode até estar nos olhos de quem vê, mas estes “olhos de quem vê”, são vendados ou simplesmente cegos. Não há homens que desejem mulheres não-belas simplesmente porque este direito lhes é tomado,socialmente. A mulher perfeita dá ao indivíduo mais status, sim, ele fica bem na fita.

Cama móvel

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

por Hosana Souza


Imagem Google

Em um sobressalto, os olhos se abrem assustados e ao olhar pela janela surge a constatação de que mais uma vez o ponto desejado havia ficado para trás. Após respirar fundo e provavelmente mentalizar algum xingamento, resolve pegar o celular: “Alô, mãe? Então, eu vou chegar um pouco tarde, mas não precisa se preocupar, eu tô bem. É que eu tenho que esperar outro ônibus... É mãe, eu tô em Austin!”. A cena protagonizada pelo universitário Ramon Guedes, 19 anos, morador de Comendador Soares, não é exclusiva do jovem conhecido pelos amigos como “o rei das sonecas”.

Da mesma forma que para morrer basta estar vivo, para dormir basta fechar os olhos. É seguindo essa linha de pensamento que, por necessidade, várias pessoas utilizam os meios de transporte como cama móvel. “Se eu não dormir no trem o meu dia está acabado, viro um zumbi”, afirma Elza Beatriz, 42, que se reveza entre o papel de mãe e técnica de laboratório na UERJ. “Quando não consigo um lugar para meu sagrado cochilo, o pessoal tem que aturar pelo resto do dia meu mau humor, fico no automático”, diz.

Carnaval com farofa

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

por Marcelle Abreu

Carnaval. Diversão. Azaração. O carioca espera ansiosamente por essa época. Quem não gosta de aproveitar para viajar, relaxar, se divertir? E muitos se programam o ano inteiro para curti-lo da melhor maneira possível, reunindo sua turma de amigos para alugar uma casa na praia. "Carnaval sem praia não é carnaval", explica Juliene Alves, 21 anos, que conhece de cor e salteado as várias etapas de preparação. "Quem nunca se viu discutindo o assunto 'onde, quantas pessoas, tempo de estadia, compra de mercado' é por preferir aproveitar de outra maneira."

A voz da experiência sugere uma série de precauções para evitar confusão no final. A primeira delas é formar grupos de pessoas próximas, que já possuem certa intimidade. “Eu sempre passo o carnaval com meus amigos, e não gosto quando alguém pensa em levar uma pessoa desconhecida, pois a gente não conhece, não sabe como ela é", afirma Gabriela Noel, 20 anos, do alto da experiência de quem participa desses bondes desde os 17. "Cada um tem seu jeito e suas manias, coisas essenciais para uma boa relação."

Samba solidário

por Douglas Denis


“De azul e branco lá vou eu feliz da vida, o Renascer é meu amor é minha vida...” São com esses versos cheios de esperança do compositor Manelzinho da Vila que a comunidade da Vila Jurandir, em São João de Meriti, vem contar um pouco da sua história de superação e iniciativa social.

A Rua Júlio de Castilho Lt. 24 Qd. 10 é o endereço do “Bar do Flávio”, onde surgiu a ideia para a formação do “Bloco Carnavalesco Renascer da Vila”. Entre uma cervejinha e outra, os bate-papos informais sobre as carências da comunidade acabaram por motivar os moradores da localidade a iniciar um projeto de ajuda mútua.

Neném do K11

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

por Larissa Leotério

Quem nunca considerou o domingo como um dia morto que atire a primeira pedra. E, para os que continuam pensando assim, a melhor dica é o samba que acontece semanalmente na praça do bairro iguaçuano K11.

Quem conta um pouco da história do samba é Luiz Carlo Toro, um dos fundadores: “Saiu de repente. Fomos juntando peças, instrumentos”. Composto por oito integrantes fixos, o grupo formado há quatro anos foi batizado como “Faz Vergonha” basicamente para despertar a curiosidade das pessoas. A intenção é que as pessoas cheguem ao samba, ouçam música de qualidade e convidem outras pessoas.

Isopor na merendeira

por Juliana Portella


Quem nunca comeu um salgadinho amarelinho na hora em que a fome apertou que atire a primeira pedra. Uma delícia que muito consideram besteira, o também conhecido como salgadinho de isopor faz o maior sucesso na hora em que bate aquela fominha fora de hora. O famoso salgadinho de milho apresenta uma grande variedade de sabor não dói no bolso: é encontrado por menos de R$ 1 nas melhores padarias e em qualquer barraquinha de doce. A guloseima preferida da garotada é o salgadinho tipo Skynni.

Presunto, churrasco, queijo, pizza e cebola. Um sabor para cada dia da semana. "Eu adoro esse salgadinho. É a minha merenda preferida", afirma pequeno Jeferson, de 8 anos. " Levo todos os dias para a escola. Ele me alimenta e eu ainda divido com meus colegas",  acrescenta o estudante da 2ª série, que não dispensa um Fofura acompanhado de um geladinho suco de caju na merendeira.

Folia nerd

por Daniel Lenarti


O designer Richard Barros não samba muito bem, mas no quesito criatividade dá um verdadeiro show. Não foi à toa que a mídia repercutiu uma das criações deste jovem empreendedor iguaçuano: o blocosrj.com, um site criado para ser acessado por smartphones, possui listados os blocos carnavalescos que desfilam pela área nobre do Rio de Janeiro.

Formado em desenho industrial pela UFRJ, Richard é sócio fundador da rbinterativa, empresa de tecnologia especializada em serviços web. Nascido e criado em Nova Iguaçu, mora há apenas um ano no bairro Laranjeiras, na Zona Sul do Rio.

Clóvis industrial

por Vitória Tavares

Ah! o carnaval... Passistas na avenida e a chave da cidade do Rio é dada ao Rei Momo. Muitos blocos de carnaval de rua, cerveja cara e muita gente bonita com a cor do verão. Um carnaval para inglês ver.

Mas como os ventos que ventam na Baixada e no súburbio do Rio vão em outra direção, é possível contastar que o nosso carnaval é diferente. É quando vem dezembro e os folclóricos bate-bolas já estão nas ruas é que sabemos que o carnaval chegou na Baixada para ficar até a triste quarta-feira de cinzas. Os bate-bolas são figuras fáceis no nosso carnaval. Existem grupos organizados de bate-bolas e encontros dos mesmos, bem como concursos para que seja eleita a melhor fantasia.

A essência do MST

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

por Hosana Souza


Quem, como eu, passa todo fim de tarde pelo Calçadão e observa Wanderley Laurindo e sua banca, não imagina que atrás de cada essência existe uma marca desses quarenta anos de história. O simpático e magro homem me recebe e reconta sua trajetória enquanto atende os fregueses, que vaidosos experimentam perfumes. O inicio de sua estrada nem mesmo Wanderley consegue recordar, mas sem delongas me envia ao período, com certeza, mais marcante: O Movimento dos Sem Terra.

“Cansei do MST”, afirma ele com convicção, para meu espanto. “Sinto muita falta, confesso. O ideal de lutar pela divisão das coisas entre os pobres é algo que ainda se move em mim, mas cansei daquilo lá”. Wanderley deixou para trás um dos maiores movimentos de luta pela reforma agrária do país, e deixou também duas esposas e três filhas em Campos dos Goytacases em um assentamento.

A embriaguez do cinema

por Hosana Souza

O cinema é especialista em modificar personagens, criando novas e surpreendentes situações. Mas você conseguiria imaginar Diego Bion, do Cineclube Buraco do Getúlio, como enfermeiro? “Eu quase entrei nessa. Minha mãe, meu pai, meu avô, todos estão na área da saúde, eu até fiz o técnico por um tempo”, diz Bion, relembrando a adolescência. A troca do uniforme branco pelo papel, caneta e câmera digital foi apenas uma das mudanças ocorridas na sua vida.

O que era para ser apenas um curso que ocupasse as horas vagas terminou se tornando a razão de viver de Bion. “Uma vizinha nossa que era merendeira contou pra minha mãe que na escola que ela trabalhava teria uma oficina de cinema e minha mãe falou para ir e aproveitar”, conta ele, que partiu para o Bairro Botafogo atrás da oportunidade. “Eu fiquei na reserva, o curso era para vinte pessoas e eu era o vigésimo quinto, mas eu consegui. Depois terminei largando o curso de enfermagem e entrando na FAETEC para fazer Produção Audiovisual”, explica.

As meninas da cidade de Shakespeare

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

por Marcelle Abreu

Avon. Revista de cosméticos que há décadas vem mudando a vida não apenas de brasileiros, mas de pessoas no mundo inteiro. No Brasil há 100 anos, a Avon nasceu nos EUA quando seu criador David Mc Connell resolveu trocar a venda de livros porta em porta e investir no ramo de perfumaria. E não é que deu certo?

David investiu e chamou Florence, que foi a primeira revendedora, quando a revista ainda nem se chamava Avon. O nome veio décadas depois, em uma homenagem ao escritor inglês Willian Shakespeare, que admirava. Ele retirou o nome da cidade onde nasceu o escritor, chamada Stratford on Avon.

Baixada é fashion

por Vitória Tavares


No Brasil dos dias de hoje, a liberdade de expressão é configurada como direito do cidadão e vista pelas cabeças pensantes como fator de formação de identidade cultural. Uma das maneiras que os jovens encontram para se expressar e formar sua identidade é a roupa, através da moda. A moda não se define por ser simplesmente o processo de produção de roupas e do uso das mesmas. A moda é algo que transcende as máquinas de costura.

Um exemplo disso é o estudante de moda Douglas Cardoso, um morador de Nova Iguaçu que tem uma loja virtual de roupas alternativas chamada ModeJoker voltada para o público underground da Baixada. "As pessoas que moram aqui já não ficam mais presas a paradigmas, querem mostrar-se para o mundo, estarem atualizadas e, antes de tudo, serem elas mesmas", relata.

A estética de uma despedida

por Josy Antunes/ Fotografias: Grupo de crianças do Cineclube Donana

No último domingo, 13/02, o Centro Cultural Donana estava num clima de festa e despedida. É que, após quase um ano de sessões fílmicas semanais ininterruptas, o Cineclube Donana se despedia e fechava as portas para reformas. Por outro lado, com almofadas e telão já preparados, o espaço recebia, pela segunda vez, a equipe do Festival Estética Central, para uma sessão memorável com participação especial do grupo Pó de Poesia. “O Estética Central é um projeto que começou lá na Central do Brasil. Por isso o nome”, explicou o monitor do evento, sendo observado pelas lentes dos pequenos Igor e Wendel, frequentadores das atividades infantis do Donana. “A gente tinha um quiosque lá na Central do Brasil e as pessoas pegavam câmeras digitais e celulares e faziam filmes ali em volta”, narra ele, emendando na explicação sobre a 2ª edição do Festival: numa Kombi, os monitores do Estética Central percorreram o Rio de Janeiro, durante um mês inteiro, num processo iniciado em dezembro de 2010.

Aperto no trem

por Raphael Ruvenal

Hora do rush na Central do Brasil acontece de tudo. Mas uma das preocupações de Dona Mônica, uma empregada doméstica de 35 anos que há anos faz o percurso diário da Baixada para o Rio de Janeiro, é com "esses caras bem abusados" que aproveitam o trem cheio para se encostar nela. Já chegou a bater em um deles, que insistiu na famosa encoxada mesmo depois de o vagão ter esvaziado. "Ele não saía de trás de mim de jeito nenhum", lembra ela. "Quando vi que tava já passando dá conta, quando senti algo estranho, dei uma porrada nele." Os passageiros a ajudaram.

Toque de Midas

por Leandro Oliveira de Aguiar



O projeto das UPPs é o atual toque de Midas do Rio de Janeiro, com uma aparente paz imediata para as comunidades em que é implantado. A repercussão de anos de domínio do tráfico e negligência do estado nas comunidades favelas terminou de forma cinematográfica e a mídia agora explora de forma sensacionalista. Mas os questionamentos são tão rapidamente levantados quanto as imagens dos traficantes fugindo na Vila Cruzeiro em tempo real, que deixaram todos perplexos. Anos de domínio do poder paralelo ruindo em apenas uma tarde?

Seria benéfico ou não a ocupação policial do jeito que está sendo feita? Não é possível negar que o tráfico tal como era conhecido, com armas pesadas e uma tímida presença do Estado, acabou. Não é à toa que os preços das seguradoras de carro despencaram. A sensação de segurança de que as classes média e alta que moram no entorno das comunidades contempladas com UPP já se reflete no preço dos aluguéis, que deram um grande salto.

Amor que não sobe serra

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

por Yasmin Thayná

O verão é uma estação do ano que sempre lembra intensidade, diversão e viagem. Esse é o momento em que os brasileiros aproveitam para dar um pulo no nordeste e desfrutar da importante bagagem histórica popular. Ou então no norte, preferência certa dos ecológicos. O sul tem o sol mais ameno do país. O centro-oeste é para quem quer visitar a capital do Brasil ou aproveitar as fazendas de Mato Grosso ou até mesmo o sudeste, onde fica a maior parte da população desse imenso país que é o Brasil. E como toda boa viagem pede aventuras, o que resulta em histórias para contar para os netos, intensidade lembra amor. E já que o assunto é férias e verão, lembra histórias de amor de verão.

O povo brasileiro tem sempre um jeitinho de aproveitar os momentos de sua vida. Inclusive os mais picantes. Daniela, de 16 anos, que reside na grande São Paulo, conta que a virada de 2010 para 2011 deu no que falar. Prova disso é uma paixão que se iníciou por acaso. Um dia ocioso na casa de Babi, Sabrina aproveitou a oportunidade de ver o msn de Babi aberto e conversou com Daniela. "Convidei a Sabrina para ir no Parque do Ibirapuera, mas eu não pude ir. Ela ficou me esperando," disse Gabriela, contando em seguida que a história não terminou por aí. "Ela veio embora e pediu para que eu a encontrasse no metrô. Ela perguntou se podia pegar na minha mão, eu deixei. Quando chegamos ao Parque Dom Pedro, ela perguntou se podia me beijar. Eu deixei, obviamente." No meio disso tudo, quem gostava da Daniela era Babi que, até então, não sabia de nada. "Babi morria de amores por mim, mas eu não gostava dela. Ela era a iludida da história."

Praça da diversidade

por Daniel Lenarti

Há mais de três décadas, a carinhosamente apelidada “pracinha do skate” vem sendo palco de diversos movimentos culturais, atraindo jovens e tribos de toda a Baixada Fluminense.

Inaugurada em 76 como a primeira pista pública de skate da América latina, sediou o primeiro campeonato de skate do Brasil e recebeu durante seus mais de 35 anos jovens de toda Nova Iguaçu e cidades vizinhas. A “pracinha do skate” já esta na memória de gerações como lar das tribos underground.

Intercâmbio multimídia

por Rodrigo Caetano

O Cinerock é uma mostra independente de artes visuais, música e cinema, que terá sua 3ª edição no SESC Nova Iguaçu, com produção da Pública Alternativa, no próximo dia 26 de fevereiro. Mas essa história toda não começa agora.

A proposta começou na virada de dezembro de 2008 para janeiro de 2009, quando os músicos Diego Jovanholi e Gisele Wandermur chegaram à conclusão de que em Belford Roxo não havia nenhum local para eles tocarem. Decidiram então criar um evento com suas próprias bandas e as de seus amigos. O audiovisual caiu de para-quedas, pois alguns amigos dos dois eram envolvidos com cineclube.

Calçadão sem estresse

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

por Michele Ribeiro

O Calçadão de Nova Iguaçu sempre foi conhecido na Baixada Fluminense por causa da sua variedade de produtos e cultura. Graças a ele, o Centro de Nova Iguaçu é considerado o segundo polo comercial do estado do Rio de Janeiro.

Em meio ao caos, não poderia faltar o único estabelecimento da Baixada voltado para um público preocupado com a saúde e a natureza. É a loja Mundo Verde, na Rua Otávio Tarquínio.

Geografia sagaz

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

por Hosana Souza


Cine Tela Brasil 2010
A cadeira na calçada, mais uma tarde quente do típico verão em Nova Iguaçu. “Desculpa o atraso”, argumentaram em uníssono meus entrevistados. Naquele momento recordei a primeira tarde, bem parecida com essa e que me levou até ali. “Você não pode se atrasar”, disse Wanderson Duke em seu melhor tom ameaçador. Era sábado e eu mataria o último tempo de matemática do pré-vestibular. O destino também era o Sylvio Monteiro, mas o motivo era a exibição de curta-metragens produzidos na estada iguaçuana do Cine Tela Brasil.

A luz do teatro se apagou. Revelaram-se um jovem casal, uma criança e uma relação destrutiva. O FIM. Oito minutos de uma produção feita por um time que nem de longe pode ser considerado amador. Com roteiro por Carlos Camacho e Yasmin Thayná, fotografia de Saulo Martins e os atores Johnny Rocha e Natália Magalhães, o surpreendente filme seria comentado até mesmo pelo convidado da noite, José Wilker.

Grande incêndio

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

por Bruno Moura

Um dos barracões mais atingidos pelo incêndio da última segunda-feira foi o da Grande Rio, que perdeu todos os carros e fantasias nas chamas que lamberam a Cidade do Samba. "A sensação é de dor, de perda, de tristeza", lastima Tavinho Novello, diretor de carnaval da escola. Depois de inúmeras noites de sono perdidas à frente de um batalhão de artesãos, o carnavalesco da chamada escola dos artistas ainda se sente como num sonho ruim. Mesmo assim, ele prefere esquecer as imagens do trabalho de um ano inteiro sendo destruído de uma hora para outra. "Pra colocar a Grande Rio onde ela nunca vai deixar, só podemos pensar na reconstrução."

Emoções de vinil

por Luiz Gabriel

Os antigos Long-plays, mais conhecidos como disco de vinil, fizeram a cabeça, emocionou e contagiou a sociedade mundial da década de 1950 até o final dos 1990. Desde então, tornaram-se peças de colecionadores saudosistas.

Na Rua Dr. Luís Guimarães, em frente ao Instituto de Educação Rangel Pestana, perto do Calçadão de Nova Iguaçu, há um vendedor, apelidado de Carioca dos Discos, que há 12 anos alimenta os caçadores de vinil.

A batalha dos esquetes

por Lucas Lima

“Manifestar e incentivar a realização de trabalhos cênicos, incentivar a formação de grupos de teatro, capazes de gerar crescimento social, autoestima da comunidade, qualidade de vida, cidadania e fortalecimento da identidade cultural”. Este é o ambicioso objetivo do 6º Circuito Mix de Esquetes, que nos próximos dias 13, 14, 15 e 20, 21 e 22 de maio de 2011 tomará de assalto os palcos do Sesc de Nova Iguaçu e do Espaço Cultural Sylvio Monteiro.

Qualquer grupo ou companhia teatral do país pode participar, sem limite para o número de esquetes inscritas. As inscrições podem ser feitas até o dia 26 desse mês pelo site http://projetofama.arteblog.com.br/. Além de grande visibilidade, os grupos vencedores receberão premiações em dinheiro. O primeiro lugar leva R$ 1.400, 00 para casa.

A oficina de Morro Agudo

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

por Jéssica de Oliveira


“Eu cresci ouvindo dizerem que Morro Agudo não presta, que só tem coisas ruins. Mas eu aprendi que não precisa mudar do lugar onde se vive, mas sim mudar o lugar”. Essa frase é trecho do discurso feito na última quinta-feira, 03 de fevereiro, pelo rapper e coordenador do Movimento Enraizados, Flávio Eduardo da Silva Assis, infinitamente mais conhecido como Dudu de Morro Agudo.

“Enraizados – Os Híbridos Glocais” é o primeiro livro que DMA lança, onde em mais de 300 páginas descreve os principais passos do movimento que hoje se faz presente em mais de dez países, graças às articulações milagrosas do produtor.

Calçadão alternativo

por Dannis Heringer,  Larissa Leotério e Leandro Oliveira

Como de costume, segunda-feira foi o dia de decidir as pautas e, esta semana, o assunto é o Calçadão de Nova Iguaçu. Alguns Jovens Repórteres já haviam passado por lá no mesmo dia, mas, ao voltarmos juntos, encontramos alguns personagens que passavam, geralmente, despercebidos, bem como algumas cenas e até mesmo reclamações constantes. Dividimos o trabalho e, animados, partimos para a luta.

Procurando por lojas da cena underground, chegamos à Alternative Mind. Uma loja pequena em uma galeria, porém com quantidade significativa de CDs para qualquer gosto, desde os mais famosos, como por exemplo Nirvana, até aqueles não tão procurados.

Você me daria 15 minutos da sua atenção?

por Bruno Moura


De segunda a sábado, de manhã ou de tarde, não importa. Eles estarão lá. Com um olhar simpático e cheios de história para contar, eles nos abordam geralmente com uma proposta inovadora e que em geral mudará a nossa vida. Oferecem-nos produtos e serviços que jamais procuraríamos. São os representantes comerciais. São vistos como chatos pela maioria das pessoas, mas quem para e ouve suas propostas geralmente fica surpreso com as inúmeras oportunidades que ignoramos no dia-a-dia.

Eu odeio o Calçadão

por Renato Acácio

Os iguaçuanos podem se orgulhar de muitas coisas iguaçuanas, mas certamente não se orgulham do seu Shopping a céu aberto ou da região que se convencionou chamar de Calçadão. Generalizado ou não, os “insanos” que possam vir a amar esse lugar hão de convir que é no mínimo curioso tal Shopping a céu aberto ser chamado de Calçadão. Primeiro que a calçada nesse pedaço do inferno, nos trechos onde elas existem, não é lá grande coisa em extensão. E segundo que o Calçadão nem é uma via para um agradável passeio com uma bela vista, como o nome poderia vir a sugerir. Muito pelo contrário! A avenida Governador Amaral Peixoto e adjacências são uma pequena demonstração, um aperitivo, como dizia, do que veria a ser o inferno, que é de fato consolidado com o final do ano, o natal e o verão carioca vivenciado a uma hora e pouca da praia mais próxima.

Calçadão perfumado

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

por Hosana Souza e Marcele Abreu


Afinal, quem não gosta de ser reconhecido por um agradável aroma? “Eu não saio em hipótese alguma de casa sem perfume. Diversas vezes voltei em casa mesmo atrasado só para passar o ‘meu cheiro’”, confessa Gustavo Sá, 19 anos.

A paixão pelo perfume pode ser considerada a maior das vaidades, atingindo todos os públicos. O particular apreço iguaçuano pelas fragrâncias é de longa data, e comumente é repassado de uma geração para outra. “Minha família é repleta de mulheres vaidosas e lindas e sempre cheirosas, herdei isso delas”, diz a jovem repórter Jéssica Oliveira.

Assim como em todas as vaidades, o mercado consumidor de perfumes vem se fortalecendo cada dia mais, confundindo hábito de higiene, paixão e vício. “Minha mãe no mínimo compra dois perfumes por mês”, explica Jéssica. “Minhas tias são revendedoras de cosmético e minha mãe leva a revista para o trabalho e ganha lá os seus 30%, que são completamente voltados à aquisição de mais perfumes”.

 

Gastronomia de rua

por Dandara Guerra e Josy Antunes

Cinema de guerrilha

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

por Josy Antunes e Yasmin Thayná
Uma foto de infância seria capaz de entregar o futuro profissional de uma pessoa? Numa velha fotografia, com pai, mãe, irmão e seus oito anos de idade, o iguaçuano Miguel Nagle sorri diante dos estúdios Universal, nos Estados Unidos. Hoje, aos 27 anos e com uma bagagem de mais de 30 curta-metragens, Miguel revela o comentário que não o deixa esquecer de sua própria "promessa": "Eu tinha uma explicadora que dizia que já novinho eu falava que ia fazer cinema".

O cineasta responsável pelo filme que abriu o II Iguacine - o documentário "Um dia de Laura" - não assumiu de primeira o desejo pela sétima arte. Motivado pelo ramo de trabalho de seu pai, que possui uma empresa na área de informática, Miguel optou pelo curso de Ciência da Computação na hora de escolher "o que ser quando crescer". "Fazer cinema é uma realidade muito longe, ainda mais pra quem mora em Nova Iguaçu", justifica ele, que até hoje recebe expressões espantadas ao dizer que é um diretor cinematográfico.

Colegas de trabalho

por Felipe Branco

Quem passa pelo calçadão de Nova Iguaçu sempre se defronta com o barulho, o caos e a desordem. É praticamente impossível se concentrar em algo ou em alguém devido à algazarra. E no meio de toda essa bagunça, destacam-se os locutores, que usam os microfones para chamar a atenção de quem está ali. Os mais famosos trabalham na esquina da Amaral Peixoto com a Nilo Peçanha, que, embora trabalhem em modalidades de comércio, ficam se provocando como se estivessem disputando o mesmo tipo de cliente.

No coração da cidade

por Vitória Tavares

O calçadão de Nova Iguaçu é a principal área comercial e de serviços da cidade e uma das principais do Rio de Janeiro, atraindo pessoas de diversos municípios da Baixada Fluminense e interior do estado. Está localizado no coração da cidade, na área central do município. Em seus aproximadamente 1000 metros de extensão passam todo tipo de gente, cada um com seu propósito e missão individual.

Mas passear pelo calçadão de Nova Iguaçu tira muitas dessas pessoas do sério. Os cheiros e sons que se misturam e se confundem tornam se difíceis de lidar para muitos dos passantes que transitam por esse espaço de consumo voraz e de interação constante. Se para os que estão somente de passagem a situação já é desconfortável, para os moradores que moram na área comercial de Nova Iguaçu ela se torna ainda pior.

Imperdível

por Jéssica de Oliveira

A Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e o Centro de Integração Social Amigos de Nova Era promovem, nos próximos dias 4, 5 e 6 de fevereiro (sexta a domingo), um conjunto de ações arte-educativas de cunho cineclubista na cidade de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro.

O projeto de intercâmbio cultural visa a troca de olhares e experiências na fruição crítica de obras cinematográficas através de duas atividades: um minicurso de teoria e história do cinema no quão serão abordados três temas-chave do percurso cinematográfico, e a Mostra APJCC de cinema paraense, na qual diversas produções amazônidas serão exibidas e debatidas.

Além de viabilizar o acesso democrático a parte importante do audiovisual artístico, nacional e internacional, as atividades permitem o aprofundamento crítico e reflexivo sobre questões estéticas e políticas da prática cineclubista. O movimento cineclubista brasileiro é um dos mais expressivos dentro do contexto internacional, seja através das políticas públicas de incentivo ou da histórica militância da crítica alternativa. Entretanto, o problema de comunicação e integração destas práticas é patente, espelho de uma política cultural centralizada, que desconhece a dimensão das práticas no próprio território nacional. O intercâmbio firmado pela APJCC e a CISANE mostra que a possibilidade de trocas de vivências é simples e imprescindível para o fortalecimento deste movimento.

Volta por cima

por Warllen Ferreira

Mães batalhadoras, donas-de-casa, que buscam um futuro melhor. Mães que por amor a seus filhos são capazes de lutar até o fim. Acima de tudo mulheres que batalham para vencer. Algumas tentam e não conseguem, algumas dão a volta por cima.

Cristiane Ferreira, 31, coordenadora do PJA – Projovem Adolescente - , teve seu primeiro filho ainda na adolescência. A gravidez não planejada a obrigou a interromper os estudos. Só os retomou depois de se separar do seu primeiro marido. Não aprendeu com o exemplo, no entanto. "Aconteceu a mesma coisa com meu segundo e terceiro filhos, que hoje têm 11 e seis anos", conta ela.

Pipoca com macarronada

por Leandro Oliveira


De sexta para sábado (28/29 de janeiro), o Espaço Cultural Donana, em Belford Roxo, promoveu a primeira virada cinematográfica de sua história com a exibição da trilogia de O poderoso chefão, de Francis Ford Coppola. Nos intervalos, o público descansava a cabeça com o músico Vagner Vieira e uma macarronada muito bem bolada, apropriadíssima para uma noite de calor intenso como aquela e para quem estava se entretendo com filmes em torno dos Corleones, uma família da máfia siciliana. A partir de março, haverá um viradão por mês.

A família do Piam

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

por Dandara Guerra e Luiz Gabriel

As crianças de hoje em dia só querem saber de computador. Até parece que quem não tem uma máquina possante não pode se divertir. Esta realidade é diferente quando descobrimos o espaço Donana, no Piam, na periferia de Belford Roxo. O projeto Cine Clube integra as crianças do bairro através da cultura, dando aulas de teatro e exibindo filmes infantis.

Quem coordena os trabalhos é a jovem repórter Josy Antunes, uma moradora de Belford Roxo de 20 anos, que conheceu o centro cultural ao fazer uma matéria para o nosso blog. “Vim cobrir o Cine Rock, que era um evento inédito sobre cinema e música com o qual o Dida Nascimento estava reativando o espaço", diz a jovem repórter, que até aquele momento não conhecia o Donana.

O sonho não acabou

por Bruno Moura

O militante é aquele que antes de tudo é fiel aos seus ideais. O partido que lhe deu embasamento político-ideológico já não é mais tão importante. Sai de cena o partido, e entra a luta ideológica classista. Muito mais importante do que pertencer a um grupo específico, ser militante é pertencer ao grande grupo de pessoas que não aceitam a injustiça, e muitas vezes abdicam da vida pessoal para que outras pessoas possam gozar da liberdade de expressão, educação, cultura e culto, entre outros direitos que devem ser comuns e não restritos a determinados grupos sociais.

O marcador de Ronaldinho

por Bruno Firme

o Amaral", diz o porteiro do Nova Iguaçu F.C se referindo ao volante de 22 anos que terá árdua tarefa de marcar o Ronaldinho Gaúcho num Engenhão lotado de rubros-negros e com a cobertura da imprensa nacional e internacional. "Vem para a sombra", diz ele com seu sorriso tímido e pacato, revelando que ainda guarda os costumes de Rio das Ostras, onde nasceu e começou nas categorias de base do clube homônimo.

Apesar da pouca idade, já é um jogador rodado, com passagem pelo Americano, Friburguense, Mesquita e Quissamã, onde acabou fazendo parte dos melhores jogadores da Segunda Divisão do Campeonato Carioca. Suas boas atuações encheram os olhos dos dirigentes do Nova Iguaçu, que sonham fazer o clube conquistar uma vaga nas semifinais da Taça Guanabara.

 
 
 
 
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