Declaração de amor à cidade

quinta-feira, 3 de março de 2011

por Larissa Leotério


Aconteceu na noite de quarta-feira, 2 de março, o lançamento do livro "Imagens Nova Iguaçu", do repórter fotográfico Paulo Santos. Cerca de 80 pessoas disputaram o autógrafo do autor no Espaço Cultural Sylvio Monteiro. Entre os convidados, estavam a Secretária de Educação Dilcéia Quintela, a Secretária de Cultura Silvia Regina e o ex-Secretário Municipal de Meio Ambiente, Flávio Silva.

O livro é um antigo projeto de Paulo Santos, que ao longo de anos reuniu fotografias de amigos residentes na cidade de Nova Iguaçu, como o professor e historiador Ney Alberto. A pesquisa é de Antonio Lacerda, Marize Conceição e do próprio Paulo Santos: "O livro foi realizado por essas pessoas, eu só fotografei", explica.



Aos 57 anos, Paulo Santos demonstra que, mais que um trabalho, seu livro é uma declaração de amor à cidade: "Moro e gosto daqui. E o livro é pra quem gosta e pra quem não conhece poder se aprofundar na história. Pras pessoas conhecerem o que já não está mais por aqui: a Fazenda São Bernadino está caindo e o poço já não existe mais", desabafa.

Quem traz o fotógrafo Paulo Santos para a frente das lentes nesta noite é o seu companheiro de trabalho Marcelo França, que não hesita em tecer elogios ao colega: "Este trabalho valoriza o espaço em que se vive. É um registro muito importante do patrimônio histórico e cultural, como a estrada rodoviária, Iguassu Velho...", enumera. Acrescenta ainda que a obra presta um serviço valioso, fazendo com que a cidade seja ainda mais reconhecida.

Também é o fotógrafo Marcelo França quem conta que as bibliotecas de cada escola municipal de Nova Iguaçu, bem como a Biblioteca Municipal Cial Brito, deverão receber um exemplar do 'Imagens de Nova Iguaçu'.

Além do deleite visual proporcionado pelo projeto gráfico de Cláudio Bastos, quem compareceu à Casa de Cultura presenciou o samba de excelente qualidade do grupo 'Samba da Casa Amarela'. O vocalista, Cremilson Silva, conta que, inicialmente, a data havia sido reservada para a apresentação apenas do grupo, para o projeto "Eu sou o samba", que pretende homenagear os sambistas centenários, como Cartola.
Fã do sambista Antônio Candeia Filho, compositor da música que batizou o grupo, Cremilson conta um pouco da trajetória: o espaço da Casa Amarela foi criado porque os moradores de Nova Iguaçu abandonavam quase que tradicionalmente a cidade para procurar os sambas da cidade do Rio de Janeiro. E quem ficava, não tinha, geralmente, a cultura de samba, que é o que o grupo quer transformar em passado: "Sou louco e teimoso por plantar o samba, mas vou plantar".

Cremilson Silva pretende ainda criar uma instituição, que seja escola de música. "Cavaquinho, violino, percussão. Tirar a molecada da rua, da pipa e mostrar o mundo da música e do samba".

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