Independência e rock

terça-feira, 1 de março de 2011

por Rodrigo Caetano; fotos Evento Cinerock


Nesse último sábado aconteceu a terceira edição do Cinerock, uma mostra de música, artes visuais e cinema independente que teve a participação de vários artistas do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Mas o carro chefe do evento são as participações musicais, nessa edição com cinco apresentações.

A primeira apresentação musical da noite foi de Rodrigo Barreto, com participação de Matheus Topine e Leonardo Freitas no charango (instrumento boliviano que é feito com a carapaça de um tatu) e violão, respectivamente. A canção chamada “Primeiro Trem” deu um ar singelo para o Cinerock. Rodrigo Barreto é um daqueles artistas que fazem canções aparentemente sem sentido, cuja voz e violão cativam são altamente cativantes.

Logo em seguida os amplificadores foram ligados e a banda Expresso Aurora subiu ao palco. Com a formação básica do rock (guitarra, baixo e bateria), o quarteto de Campo Grande agitou a galera. Apesar da pouca idade e da inexperiência da banda (formada há 9 meses com garotos entre 15 e 17 anos), a banda produzida pela Gato Manco Produções encantou a galera e mandou seu recado.

Com uma sonora pegada mais indie e ao mesmo tempo pesada os meninos da banda Audionari fizeram a galera ficar em pé no teatro do SESC Nova Iguaçu e bater cabeça. Saindo do rock e vindo para uma vertente mais MPB, tivemos a banda Andrade e a Torre, que se diz uma banda pós-tropicália que mistura ritmos latinos, como a salsa. Com um trabalho mais maduro e completo, esse foi o show de retorno da Andrade e a Torre.

E no encerramento, a Tatubala veio com seu rock psicodélico, progressivo e alucinógeno. Deixando alguns espantados e outros surpreendidos com tamanha loucura sonora da banda, que tem nove anos de estrada e muita camaradagem.

Não podemos deixar de lembrar que tudo isso só seria possível pela coletividade e o espirito “do it yourself” que há em toda a Baixada Fluminense. O Cinerock é fruto disso, de jovens que tinham a sua arte e não tinha como divulgá-la. E que hoje estão aumentando sua visibilidade e também a de seus artistas. Todas as bandas que se apresentaram são de lugares diferentes, que têm em comum a dificuldade de expor seu trabalho. Essa questão caótica dos artistas independentes não se encontra só na Baixada.

Como seria a situação da Baixada sem esse quadro de ‘resistência’? Infelizmente as coisas não funcionam muito bem por aqui e o efeito disso são os coletivos, grupos e associações que tentam produzir algum resultado positivo. O slogan do Cinerock é “Faça sua Cena!” e é isso que a Pública Alternativa está tentando fazer.

2 Comentários:

Anônimo disse...

Parabéns p povo do Cine Rock ! Foi mto bom , tomara q eventos desse continuem ! Amei a exposição e as bandas eram mto boas ! Gostei mt da abertura e tb Andrade e a torre !

Anônimo disse...

Cineroque foi do bom e do melhor !!! O coquetel foi do caralho ! hahahaha ... me amarrei nas bandas, foram mto bem escolhidos ! Tatubala mandou ber com um som mto doido , ritmos latinos e poesia na performance de abertura, mto som e risos c Andrade e a Torre e roquenroll !!!!!!! Vlw

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