Alma cheia

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Rodrigo Caetano

Depois de meses (ou anos, em alguns casos) de estudo para passar no vestibular, milhares de jovens brasileiros começaram agora seu primeiro ano numa faculdade. Toda a família e amigos ficam felizes ao saber do resultado positivo. Mas será que o jovem de fato conhece bem o curso que irá fazer? No inicio dos vinte e poucos anos, todos procuram um lugar no mercado de trabalho. Deveria ser mesmo essa a motivação para se iniciar uma vida acadêmica?

Outro pensamento que os vestibulandos têm pode se traduzir em “o que importa é entrar”. E nessa linha acabam entrando em qualquer curso, mesmo não o conhecendo. Esse caso é muito comum entre os diversos calouros do curso de produção cultural no campus Nilópolis do IFRJ.



O curso de produção cultural é novo em relação ao curso de história ou direito, mas a profissão não. Muitos entram achando que irão apenas fazer eventos, mas a profissão visa bem mais que isso. O curso é dado em Nilópolis para fazer a população da Baixada Fluminense se formar e pensar cultura, desde manifestações artísticas até patrimônio passando por tradições e costumes, gerando assim uma identidade cultural mais forte e definida.

Muitos alunos do IFRJ entraram na faculdade sem entender a proposta do curso. Há também aqueles que não se preocupam apenas com mercado, mas que realmente querem estudar e trabalhar com o que amam.

É maravilhoso quando uma pessoa se encontra profissionalmente. Toda juventude deveria ter esse pensamento: buscar aquilo que lhe dê ânimo e sentido para trabalhar e não apenas se preocupar em qual mercado está em ascensão. Pois o que você estuda hoje pode definir como será sua vida no futuro. Tem muito mais coisa em jogo do que se imagina. Soa clichê, mas profissionalismo, comprometimento e paixão certamente resultarão no sucesso. Então relaxa e aproveite a juventude para encher a alma e não só os bolsos.

1 Comentários:

Dannis Heringer disse...

Eu me encontrei, mais graças a esses calouros ai que roubaram a minha vaga eu não entrei né? hahah Eu concordo muito com o que o Rodrigo disse, esse ano Produção Cultural foi um curso disputadissimo, de inicio pensei: Nossa como o curso cresceu, agora vejo de outra forma. Hoje as pessoas só querem passar pra algum curso de faculdade pública, para os pais ficarem felizes, sem entender a finalidade do curso, sinceramente fico muito triste por saber que as pessoas estão fazendo Produção Cultural por fazer. Mas ano que vem eu to lá concerteza!

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