Recuse imitações

quarta-feira, 20 de julho de 2011

por Dandara Melo





Desde que nascemos começamos a engatinhar, a descobrir os objetos que nos rodeiam e depois de um tempo adquirimos o ato de caminhar. São pés compridos, curtos, largos, estreitos, achatados, brancos, negros, feios, bonitos. Independentemente dos formatos, sem eles não temos equilíbrio. E por que não deixá-los simples mas elegantes? 

Os chinelos Havaianas com os seus formatos e cores vêm agradando diversas classes, desde dos  pés mais sofisticados das madames, aos pés mais agitados do povão. Os mesmos, que andam de uma lado para outro, usam os chinelos por serem um modo mais prático e confortável para se locomover. Mas será mesmo que é verdade o que diz a logomarca “Havaianas: todo mundo usa”?

Assim que as havaianas foram criadas, 1962, logo se tornou parte do jeitinho brasileiro. Pouco tempo depois, se tornou um produto tão importante, que era como o “arroz e feijão” de cada dia. Atualmente é vendida em mais de 60 países no mundo.
Então quantas histórias poderão ser contadas de momentos inesquecíveis com havaianas nos pés?  Percebeu sua importância?  Realmente, o slogan está correto.

Os maníacos pelo chinelo obtiveram sua representação como forma de companheirismo. São confidentes das mais variadas situações: das comuns para mais inusitadas, levando algumas pessoas a dizerem: ”Ai, meu Deus, se o meu chinelo falasse, eu estaria perdida”. Este é o caso da moradora de Nova Iguaçu, 19 anos, que pede para não ser identificada, pois com a saída de seus pais do lar, aproveitou a doce liberdade. ”Quem disse que sou boba?! Liguei para o meu namorado que em poucos segundos já estava lá em casa”.  Juntos gozaram dos prazeres do amor. “Neste dia em que me aventurei: estava utilizando minhas Havaianas slim

No entanto, no auge do seu prazer, sua mãe a gritou do portão, pedindo para que o abrisse: “Na hora que ouvi os berros de minha mãe, congelei. Tive uma única reação: correr para o banheiro carregando a minha havaiana, enquanto o meu namorado atendia a portão”, revela a jovem, que quase foi pega pelo gongo. 

As Havaianas também podem fazer parte do destino, como ocorreu com Tatiana Freitas, moradora de Nilópolis, 22 anos, que conta como conheceu a metade da sua laranja. “Em um certo dia, minhas amigas me convidaram para ir em uma micareta. Lá conheci o meu futuro marido e, detalhe, estávamos usando havaianas da mesma cor ”, afirma Tatiana, que na época tinha apenas 18 anos. “No momento foi só curtição, trocamos telefones e decidimos nos conhecer melhor. Depois de semanas juntos, começamos um relacionamento sério”, conta “quem testemunhou isso foram as Havaianas”

Não só nas horas boas como também nas ruins as Havaianas estão presentes. É o que afirma Alaiane Afonso, moradora de Mesquita, 16 anos que se recorda como se fosse hoje o dia, 24 de março de 2006, em que  recebeu a triste notícia do falecimento de seu avô. “Quando recebi a notícia, estava usando short, regata e havaianas brancas. Essa data ficou tão marcada que lembro o que estava vestindo”. Ela se refere a isto pelo fato da mesma sempre ter sido apegada ao seu avô. “Este dia ficará guardado em minhas memórias pelo resto de minha vida”, crê. 

É, as Havaianas realmente são nossas companheiras, mas de nossos pais também. A maioria das pessoas já recebeu chineladas. O que ocorreu com Fernando Martins, morador de Belford Roxo, 17 anos, que relata na infância suas travessuras. “Sempre fui uma criança bem levada, vivia pintando os sete”. Diz ele, que numa tarde, brincando de futebol, acabou chutando a bola com força e acertando a vidraça da casa de sua vizinha. “Nossa! Quando cheguei em casa, minha vizinha já estava lá. Só senti aquele olhar ameaçador de meu pai. Depois que ela foi embora, apanhei muito com as Havaianas número 44 de meu pai.”

Estes chinelos tornam-se cada vez mais símbolo de moda e estilo. Pode-se perceber isso, por exemplo, no casamento de Angélica e Luciano Huck, onde foram distribuídas aos seus convidados as modernas Havaianas. Outro foi o aniversário de 15 anos de Larissa Aguiar, moradora da Baixada, 17 anos. A menina conta que estava muito feliz com a elaboração da festa, participava de tudo e procura lembranças diferentes das outras festas que frequentou. “Lembrei da reportagem que vi falando sobre o casamento de Angélica e Luciano, achei tão inovadora, elegante que decidi: vou dar chinelos“, conta Larissa, que resolveu entregar as legítimas durante a festa, para que houvesse mais conforto para os que quisessem se livrar dos sapatos na hora da dança. “Eu fui uma dessas; me acabei na pista e de Havaianas.”

Assim como qualquer outro produto, esses famosos chinelinhos apresentam os seus contras. É o caso de Bruna Souza, moradora de Nova Iguaçu, 18 anos, que faz críticas aos chinelos de borracha: “Adoro Havaianas, sempre estão comigo. Mas naqueles dias de chuva, só Deus na vida”. Ela se refere a isto pelo fato de andar de chinelos em períodos chuvosos. “Fico toda suja, como se estivesse em uma corrida de motocross”. Além da crítica, a jovem faz um pedido. “Havaianas, por favor criem um chinelo anti-lamas.” É, pelo visto as Havaianas não agradam em todas as situações.

Arrebentar uma Havaiana para alguns é doloroso, imagine perdê-la?! Isso seria sinônimo de raiva, ainda mais quando a pessoa possui um apego simbólico, sentimental. “Que ódio, perdi minhas havaianas na rua, fiquei gritando ‘CADÊ O CHINELO?!?!’ e os outros olhando”. Diz Luciana Braga, 23 anos, moradora de Japeri, que nunca mais encontrou as suas queridas companheiras.

5 Comentários:

Anônimo disse...

acredito q todosss nós temo0s uma historia junto a nossas queridas havaianas, rs. eu mesmo tenho várias e ja estou querendo mais uma rs. otima materia ,parabéns dandara!

Raphael Ruvenal disse...

Ótima matéria Dandara, além de ter me feito rir acabei de lembrar que eu tenho que lavar uma certa Havaiana branca que já esta bem preta!!

Dandara disse...

Valeu.... muito obrigada.

Anônimo disse...

na moral, havaianas é ruim pra garaiow, e feio. A matéria é maneira.
Só me lembro de alguns casos com esse chinelo, e diferente do que eu percebo nas pessoas, eu me achava totalmente fora de moda.
As minhas infelzimente duravam pra caramba, ainda mais com a técnica de colocar o prego pra prender depois que o chinelo arrebentava

Já apanhei com isso ao invés do cinto. Uma vez meu pai me deu uma surra de havaianas no pescoço, só no pescoço.

Tbm me divertia muito zunindo as dos meus coleguinhas, que serviam pra fazer a trave quando brincavamos de golzinho

Pé no chão >>> Havaianas



DaNn

Ju Lira disse...

Adorei a matéria,ri muito!Parabéns Dandara.

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