Eldorado iguaçuano

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

por Vitória Tavares


Nova Iguaçu não para de crescer. E o setor da economia que mais se beneficia desse crescimento é a construção civil. Novos prédios comerciais e residenciais, novas lojas, novas casas....Vivemos algo como um “boom” das construtoras na cidade. A explosão imobiliária cria oportunidades de emprego, como o que promete mudar a vida do estudante Breno Marques, um estudante de engenharia da UERJ de 21 anos que desde a semana passada aborda os transeuntes do Calçadão oferecendo o que ele chama de "altos empreendimentos de empresários importantes". Ele está entusiasmado com seu trabalho, ainda que a concorrência seja grande. “As metas de venda da empresa são altas, assim como as próprias vendas. A área da construção vem superando seu crescimento a cada ano.”

A locomotiva desse "boom" imobiliário é o Minha Casa, Minha Vida, um programa de financiamento de imóveis criado nos estertores do Governo Lula com verba da Caixa Econômica Federal. Com ele, é possível financiar um imóvel para famílias com renda mensal de até R$ 1.395,00. No entanto, a ascensão econômica das classes populares, um dos maiores legados da Era Lula, está impedindo que muitos dos interessados fechem negócio com Breno Marques. “Muita gente vai na empresa procurar esse financiamento e não consegue por conta da renda da família ser um pouco mais alta do que a renda máxima estipulada pelo programa, mas ainda assim não tem recursos para adquirir uma casa de outra maneira."

Esperança mínima

por Felipe Branco

Dia desses pensei sobre a tragédia que aconteceu na região serrana do Rio, particularmente naquelas pessoas que se apresentaram de imediato como voluntárias, para oferecer algum tipo de ajuda. Seria injusto com esses heróis não destinar nossa atenção e lhes dar o devido crédito pela melhora na nossa sociedade em geral. Não só pelos que ajudam em tragédias, mas como os que se solidarizam com o próximo independentemente de tragédias de vulto ou de apelo da mídia.

Lembrei de pronto de uma amiga do Cacuia, bairro de Austin, que sempre teve esse espírito caridoso. Falo de Ana Célia Fernandes Martins, uma católica de 40 anos da Paróquia Menino Jesus de Praga do Cacuia. Ele vem exercendo sua capacidade de solidariedade há cerca de seis anos, quando, ao longo de dois anos, reunia a família e alguns vizinhos nas manhãs de sábado para preparar um sopão que distribuía por intermédio das CEB´s (Comunidade Eclesiais de Base) e da Renovação Carismática. "Eles vinham de várias partes de Austin, principalmente do Tinguazinho. Traziam vasilha, panela ou algum tipo de pote para poder levar a sopa pra casa", lembra Ana Célia.

Isso ou aquilo

por Abrahã Andrade

“As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”. De fato,Vinicius de Moraes foi muito feliz, ao dizer esta frase infeliz. Todo o preconceito que se preze fica muito bem guardado e só vem à tona em situações especiais. O bombardeio de informações vindas de todo o meio de comunicação de massa cria um fenômeno social e faz com que mais pessoas acreditem no que começam a ouvir desde a infância.

O resultado dessa “aculturação” é que mais mulheres deformem e forcem seus corpos a se encaixar no padrão estético vigente: quanto mais parecida com a fulana da revista, melhor. A mulher “não bonita” aparece no subgrupo, e quando está na mídia, aparece quase sempre de forma caricata e depreciativa. A beleza pode até estar nos olhos de quem vê, mas estes “olhos de quem vê”, são vendados ou simplesmente cegos. Não há homens que desejem mulheres não-belas simplesmente porque este direito lhes é tomado,socialmente. A mulher perfeita dá ao indivíduo mais status, sim, ele fica bem na fita.

 
 
 
 
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