Cultura ganha o mundo

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

por Larissa Leotério e Robert Tavares


Com a II Parada de Cultura de Nilópolis, os alunos de Produção Cultural do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) mostraram que o curso está sendo proveitoso. Uma prova disso foi o salto qualitativo entre o evento de ontem e o do ano passado. “Ano passado não tinha quase nenhum morador de Nilópolis presente, ao contrário de hoje”, afirma a estudante Louise Teixeira, apontando para o movimentado pátio. Um dos segredos para o sucesso da parada foi a grande divulgação feita por ela e pelos amigos de curso.

Até Augusto Vargas, secretário de Cultura de Nilópolis, se achou na obrigação de prestigiar o evento, ao qual compareceu com sua equipe. "Essa parada vai marcar a história da cultura na cidade”, afirmou. O secretário justificou sua presença ali com a necessidade de obter informações sobre as manifestações culturais da cidade, bem como dos seus responsáveis e das necessidades que podem ser atendidas pelo poder público. “Temos representantes dos mais variados segmentos da sociedade aqui”, comemorou. “Através da democracia será definido o caminho que o segmento tomará.”


Uma das atividades mais aguardadas foi a exibição do documentário “Sangue e suor”, uma produção da “zerovinteum” que fala sobre a nata do skate carioca lançada em 2007. A organização do evento também ofereceu uma série de oficinas para os participantes da parada, como a de grafite, malabares e massoterapia, entre outras. O burburinho da parada fez com que Eliane Lacerda, de 27 anos, desviasse seu caminho. “Eu sempre tinha que ir ao Centro do Rio para poder desfrutar de algo com qualidade”, admitiu ela, que, embora more em Nilópolis há 24 anos, estava participando de um evento cultural pela primeira vez na cidade. “Adorei.”

Depois de uma manhã inteira de atividades internas, a parada resolveu “ganhar o mundo” por volta das 14h. Cantando e dançando, o cortejo percorreu as ruas Lúcio Tavares, Oswaldo Cruz e Carmela Dutra até a chegada à Praça Paulo de Frontin, onde foram recebidos pelas barracas montadas pela Associação dos Artesãos de Nilópolis. “É a primeira vez que participo de uma manifestação cultural tão rica quanto essa e pelo que vi só tenho o que parabenizar os estudantes”, afirmou a artesão Idália Cavalcante, uma moradora de Mesquita de 59 anos, para quem os estudantes são um orgulho para a Baixada Fluminense.


As bandas que encerraram o evento foram selecionadas através de uma comissão julgadora, composta por todos os integrantes do Centro Acadêmico Mário Lago. As escolhidas foram: 7 Quedas, Milhouse e Mimesis . “Foi um encerramento à altura do que aconteceu durante o dia todo”, afirmou Thiago Borges, morador de Nilópolis.

Com certeza ontem foi um dia que ficará marcado na memória de Nilópolis. Foi o dia em que todos foram às ruas sem medo, com uma só intenção: mostrar que a cidade tem uma vida cultural saudável sim.

1 Comentários:

sluchem disse...

Adorei a matéria! Muito obrigada por divulgar o nosso evento e parabéns pela iniciativa de incentivar a cultura.

Att,
Sluchem Cherem
Centro Acadêmico Mario Lago -IFRJ

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