Branca de alma afro-brasileira

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

por Jefferson Loyola e Lívia Pereira

Só falta a greve dos bancos acabar para que o Afoxé Maxambomba possa selar a parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, pela qual a instituição comandada por Arlene de Katendê foi contemplada com três projetos nos editais públicos lançados no segundo semestre de 2008. O primeiro projeto a ser colocado na rua será Fomento à História da África, Língua Kibundo Yorubá, que, nos próximo seis meses, atrairá professores da rede pública interessados na implantação da Lei 10.639 para o teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro, no Centro de Nova Iguaçu. Depois disso, sua ong ministrará aulas de dança e percussão para 340 alunos nos dois pontinhos de cultura que atuarão na Cerâmica e em Caioaba, abrilhantando o convênio assinado entre o governo Lindberg Farias e o Ministério da Cultura que atenderá as crianças de 30 escolas da rede municipal de Nova Iguaçu.

O Afoxé Maxambomba também entrou no chamado Pontão de Cultura, uma outra parceria entre a Prefeitura e o Governo Federal, com oficinas afro-brasileiras em Vila de Cava. “Está tudo assinado”, comemora a líder do projeto, que foi criado em parceria com a Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu em 2002. Na entrevista a seguir, ela conta como sua ong se tornou uma das principais referências da Baixada Fluminense quando o assunto é cultura afro-brasileira.

Como e quando surgiu o Afoxé Maxambomba?
O Afoxé Maxambomba era um projeto do mestre Azulão, mas, como já estava envolvido com seus trabalhos de capoeira, ele pediu para que eu ficasse à frente do grupo. O nome foi discutido em reuniões de diretoria, tudo em parceria com a Prefeitura, mas na gestão passada. O “afoxé” é por se tratar do famoso candomblé de rua, manifestado por música, dança e coreografia. Já o “Maxambomba” é por ter como palco de seu desenvolvimento a cidade de Nova Iguaçu. Mas o Afoxé Maxambomba, ao contrário dos afoxés tradicionais, se destina a todo e qualquer público, não há distinção quanto à religião, inclusive há no grupo pessoas católicas, pessoas que nem têm religião. Para participar, basta que se admire a cultura afro.

 
 
 
 
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