Todos os dias são de Zumbi

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

por Jéssica de Oliveira


Mais uma vez, a Escola Municipal Ivonete dos Santos Alves se destaca no quesito “cultura afro-brasileira”. Devido ao feriado nacional de Zumbi dos Palmares – 20 de novembro, o culturani procurou a escola de Jardim Pernambuco, para saber como vão os projetos que, há dois anos, vêm sendo realizados. Tivemos a grata satisfação de saber que, lá, todo dia é dia de Zumbi.


Mais do que comemorar o feriado da próxima sexta-feira, a escola de Jardim Pernambuco trabalha no sentido de fixar o tema na grade curricular. “Com o objetivo de valorizar a cultura afro-brasileira e construir o caráter e a autoestima de nossas crianças, criamos o programa que envolve toda a escola, chamado 'Resgatando, Recontando e Reescrevendo a Cor da Nossa Cultura'”, conta a Coordenadora Político-Pedagógico Andreia Quirino.

Legado de superação

por Hosana de Souza


Na tarde da última quinta-feira, o pátio do Colégio Estadual Arruda Negreiros estava cheio de normalistas ansiosas pela visita do grupo Misturando Histórias. Financiado pelo Fundo Municipal de Cultura Escritor Antônio Fraga, o espetáculo “100 Anos de Machado a Cartola” é uma homenagem ao centenário de morte de Machado de Assis e do nascimento de Cartola. Unindo ícones de nossa história, a atriz Josy Lozada, a contadora de histórias Sonia Lima e o músico Dudu Carval apresentaram mais do que um espetáculo: deram uma aula misturando história e língua portuguesa.


“Nós começamos a estudar a biografia dos dois e pensamos em unir suas obras com a educação”, conta uma sorridente Josy, feliz por ter superado o grande desafio que foi costurar a rebuscada linguagem desses dois gênios da cultura brasileira. “Até agora esta sendo difícil a adaptação”, admite a contadora de histórias Sonia, que ainda hoje tem dúvidas quanto às músicas de Cartola que casam melhor com os contos de Machado.

Escolha unânime

por Lucas Lima

Poucos sabem, mas Nova Iguaçu possui um grande ícone da literatura carioca. Nascido no município há 55 anos, passou um período de sua infância e adolescência no Rio de Janeiro, depois voltou e até hoje nunca mais saiu daqui. Esse é Moduan Matos, o poeta da nossa cidade.

Moduan define sua iniciativa na escrita com apenas uma palavra: a leitura. “Quando pequeno, gostava muito de ler revistas em quadrinhos, depois comecei a ler alguns livros mais famosos no meio literário”, diz. “Como todo adolescente, passei por uma época em que me apaixonei e passei a gostar mais do lado da poesia, o que me fez começar a escrever algumas também”.

O poeta diz que nunca conseguiu ser parte isolada do movimento cultural de Nova Iguaçu. “Trabalhar sozinho não funciona, por isso é importante se unir, participar de movimentos culturais diversos”. Essa visão de mundo se reflete diretamente no seu trabalho. “A poesia não caminha apenas dentro da literatura, caminha no campo das artes plásticas, da música, no teatro”.

 
 
 
 
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