12 meses de descobertas

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

por Hosana Souza / Foto: Bruna Jacubovski

Em setembro de 2008, um grupo de jovens alunos da Escola Livre de Cinema foi convidado para participar de uma oficina de audiovisual, no SESC de Nova Iguaçu: mas aquela tarde de workshop não seria apenas mais uma experiência para o currículo dos jovens cineastas.

Valdomiro Meireles, produtor cultural do SESC, observou a oficina, conheceu o grupo e não perdeu a oportunidade, fazendo o convite: “Vamos montar um Cineclube?”. O "sim" que ecoou naquela tarde foi apenas o inicio de um sonho. Após muitas reuniões, foi montado o “Cineclube Digital”, que teve sua primeira sessão no dia 13 de janeiro de 2009.

Para comemorar um ano de curtas e longas-metragens nacionais, além das produções independentes, começou ontem a grande festa, que não foi interrompida nem pela chuva. “Uma das características do Cineclube Digital é que na maioria das sessões, chove”, conta, entres risos, Brunna Sanches, uma das idealizadoras do projeto.

O Sarau Cinematográfico, que conta com o apoio da Produtora Cinequanon (ler "Cinema em festa" ),  agitou a tarde de terça e provocará fervor nessa noite de quarta-feira. "Nós aproveitamos a oportunidade e realizamos essa grande festa”, comemora a jovem produtora. “É a conclusão de um trabalho para a faculdade somado ao projeto Cineclube Digital. Teremos boas intervenções, exposições fotográficas, as oficinas(de terça), as palestras e debates(hoje) e, é claro, a exibição de filmes, para não perder a essência", comenta Brunna Sanches, também produtora cultural da Cinequanon.

A maior característica do Cineclube Digital é a descoberta: De novas produtoras, de novas produções, de novos cineastas, novos filmes e novas visões. “É super legal poder dar essa oportunidade ao pessoal da Baixada, e conhecê-los: pessoas que talvez nunca teriam espaço encontram aqui, nas clássicas segundas terças-feira do mês”, comenta Brunna, que completa: “Hoje, por exemplo, passará um filme do Cacau Amaral, que eu não conhecia e passei a apreciar. Essa descoberta que começa nas reuniões de pauta para o Cine Digital e termina nas conversas pós sessão é o que faz a diferença. A descoberta e o contato com pessoas que gostam de cinema como a gente, é o que comemoramos hoje”, declara.

Brunna nos conta, também, que em um ano de trabalho a maior dificuldade que a equipe do Cineclube Digital encontrou foi a localização do SESC. “Se fosse possível transportar o SESC para o centro de Nova Iguaçu estaria tudo resolvido, mas se acontecesse tudo fácil não teria graça. Chegar aqui é complicado e a galera sempre reclama por isso. Mas as sessões são bacanas, o público nunca nos deixa na mão”.

O Cineclube Digital que no último ano fez parceria com a Rio Filmes e com o Masion de France, promete muito mais para 201:. “Eu confesso que se 2010 fosse a mesma coisa que 2009, todos nós já estaríamos imensamente agradecidos. O ano foi maravilhoso”, brinca Brunna, que já espera que o novo ano seja muito melhor: “Para fevereiro, já estamos com a programação do carnaval quase fechada, em abril estaremos participando do festival da AMFL e vamos investir muito mais em palestras, intervenções, novas experiências, novos contatos e, é claro, dar cada vez mais espaço para as produções da galera da Baixada”, promete.

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