Animação em todos os cantos

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

por Larissa Leotério

No final da sessão do Cineclube Digital deste mês, senta-se na beirada do palco o fotógrafo e professor de animação da Escola Livre de Cinema Clayton Leite. Visivelmente tímido, o entrevistado do debate do mês de novembro começa a contar sua história com a animação, cinema e fotografia.



“Há quinze anos, ninguém sabia o que era animação no Brasil. Mas duas pessoas tiveram coragem de pedir uma sala para exibir animações”, afirma Clayton. Esta é a história de Marcos Magalhães e César Coelho, dois dos quatro fundadores do quinto maior evento de animação do mundo, o Anima Mundi. O fotógrafo conta que sua história com a animação está diretamente ligada ao Anima Mundi: ele começou fotografando os bonecos de massa de modelar que fazia em casa.

“Hoje, quando os amigos vão a minha casa, pedem que eu faça bonecos deles”, diverte-se Clayton. Mas nem sempre foi tão natural. Tudo começou por acaso, quando o moço saía do trabalho, em uma empresa de contabilidade. Em um dia em que foi dispensado, Clayton Leite visitou uma exposição de fotografia no Centro Cultural do Banco do Brasil e decide que fotografar é o que quer fazer. No mês seguinte, Clayton monta já sua primeira exposição fotográfica. Logo depois, chega o Anima Mundi. Quando mostra seus bonequinhos, é convidado a fazer o curso básico oferecido evento.

Quando questionado sobre o mercado da animação no Brasil, Clayton se mostra otimista: “O mercado existe e está em expansão, só precisa ser bom e construir um portfólio”. Ele também já percebeu que a animação está por todos os cantos (“na publicidade, está desde comerciais de carro a margarina”) e que canais de tevê já passam a comprar animações nacionais.

E para quem acha que animação é apenas para profissionais, Clayton avisa que qualquer um pode fazer animação, sem que seja necessário um talento, ou dom: “Só precisa de esforço e vontade de aprender. Já fiz animações com areia, objetos de casa e até pele de galinha”.

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