Uma beleza de história

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

por Jéssica de Oliveira e Fernando Fonseca



178 anos de Nova Iguaçu. A história da cidade dos antigos e ricos laranjais foi contada neste sábado, em seu aniversário. E parte dessas lembranças vieram de Frederico Soares, tataraneto do Comendador Francisco Soares, que, em entrevista ao Cultura NI, fala um pouco de sua ativa vida pública na cidade e das contribuições de seu tataravô, cujo busto erguido na Praça da Liberdade, em Nova Iguaçu, foi homenageado pela Prefeita Sheila Gama.

Comendador Francisco Soares é de origem portuguesa e ao chegar ao município, se apaixonou pela terra dos “dourados laranjais”, como diz o trecho do hino da cidade. Dentre suas inúmeras contribuições, se destaca o fato de ter impedido, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Nova Iguaçu, que a sua cidade – antiga Maxambomba – deixasse de ser município independente do Estado do Rio de Janeiro.




Hoje, aos 77 anos, Frederico caminha com ajuda de muletas, mas segundo o próprio, não poderia deixar de participar da comemoração do 178° aniversário da cidade que tanto ama: “o evento foi, para mim, espetacular. Primeiro porque eu sou tataraneto de Francisco Soares e segundo, que a Prefeita Sheila Gama fez um grande evento, uma grande lembrança do passado de Nova Iguaçu”.

Com a posse de Sheila há nove meses, Frederico contabiliza ter presenciado o mandato de 25 prefeitos em seus 54 anos de vida pública. E sua história e respeito adquiridos com o passar o tempo – além do prestígio de sua descendência -, fazem com que ele seja muito “requisitado” no município: “Tenho amor a essa terra. E apesar de ter hérnia de disco, bico de papagaio e labirintite, nunca pude ir embora. Conheço a cidade toda. Os prefeitos não me deixam ir embora, isso me deixa honrado”.

Ao contrário do que se possa imaginar, Frederico Soares não reside no bairro que recebe o nome de seu tataravô, Comendador Soares, mas na Posse. “Aqui em Nova Iguaçu, sou nascido e criado. Moro na Posse, mas conheço Comendador Soares muito bem. A área era da família Soares, hoje é da Santa Casa de Misericórdia”, conta.

Frederico finaliza dizendo que a cidade deu um grande passo. O resgate de sua memória tem um valor imensurável e ainda lembra-se de como a cidade já foi um dia, em meio a 178 anos de existência. “Todos devem saber que NI faz parte de uma história profunda. Todos têm que saber que o Rio Botas – hoje poluído – foi meio de transporte, pois foi pela  navegação que grandes personalidades foram trazidas para que a cidade crescesse. Deveriam saber que antes da cidade ter loteamento, havia grandes barracões de laranjais para exportação. Toda essas histórias estão dentro do meu sangue, essa beleza se chama Nova Iguaçu”, encerra, com olhos brilhando de emoção ao compartilhar um pouco de sua história e a da cidade que tanto ama. “Por isso eu digo:  amem Nova Iguaçu!”.

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