Observadora da memória popular

sábado, 26 de setembro de 2009

"História de passarinhos" ensina crianças da cidade a preservarem a natureza"

A história de hoje teve inicio em 2000, quando Fátima Rodrigues, professora e atriz, resolveu compor e apresentar para crianças as lendas de nosso país. Nasceu então o CD “Cores, cantos e contos do Brasil”. Foi nesse momento que Wilson Belém, um grande amigo de Fátima, também professor e diretor de teatro, entusiasmado com o resultado do CD, resolveu entrar na brincadeira e ajudar a companheira a escrever um roteiro com o tema: música, conto e natureza. Surgiu, em 2004, o espetáculo “Histórias de Passarinhos”. Mas ainda faltava alguma coisa: uma terceira voz. E para formar esse trio foi convocada Marcela Galvão. A partir deste momento, não pararam mais. Inspirados, embarcaram pelo mundo dos contos e formaram a companhia de teatro independente Conto e Encanto.

Quando surgiu o texto, onde o tema central era preservar a memória popular e a natureza, Wilson começou a pesquisar lendas e Fátima virou oficialmente uma observadora de pássaros. “Poder trabalhar com crianças, resgatar nossa história e ensinar que é preciso valorizar a cultura, tudo isso é prazeroso demais. Não vivemos de arte, mas isso é o que faz valer a pena”, disse Wilson.

Sobre o trabalho já realizado pela companhia, Fátima comenta satisfeita: “Nós começamos apresentando esse espetáculo na prefeitura do Rio de Janeiro. Depois participamos do ”Teatro é Vida”, levando nossas histórias para hospitais. Com isso, fomos chamados para o Circuito SESC após realizamos uma temporada, na qual fizemos dezoito apresentações para as crianças das escolas do entorno da Linha Amarela, a convite da LAMSA, administradora da via”.

A chuva da manhã de quinta-feira não atrapalhou em nada. O teatro do Sesc estava lotado de crianças, jovens e adultos que embarcaram na melodia e na história do encantador Menino com alma de pássaro, que, com ajuda de Dona Velha, ensina ao Moço da cidade grande a importância de respeitar a natureza. “Eu gostei muito”, diz com os olhinhos brilhantes, Thais Lima, de 8 anos.

Participando pela primeira vez do Encontro de Artes Cênicas da Baixada Fluminense, o grupo que se apresenta pelo Rio de Janeiro há quatro anos, não proporcionou apenas sorrisos e entretenimento para quem acompanhou o espetáculo. “Eu gostei muito porque ensina verdadeiramente as crianças sobre nossa história e sobre a importância da natureza”, comentou a normalista Thabata Ferreira, 18. Joyce Vicente, 17, também normalista, completou: “Um evento assim dá a oportunidade de que todos tenham acesso à cultura. E o espetáculo nos oferece um conhecimento que é adquirido e que será repassado em casa, na escola e na vida”.

 
 
 
 
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