O Chico e as letras

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

por Josy Antunes / Fotos: Diego Jovanholi

Por trás de cada propaganda vista em muros, faixas e cartazes há os pincéis dos pintores de letras. Mesmo com cidades abarrotadas por outdoors, banners e os recém-chegados anúncios audiovisuais, as letras produzidas manualmente se resistem no marketing visual urbano, além da gerar fonte de renda para aqueles que o fazem. Para encontrar tais obras e autores, basta dar uma olhada pela janela do ônibus, em trajetos pela Baixada Fluminense adentro. As palavras anunciam e se diferenciam. Em cada painel há a marca registrada do pintor, seja pela fonte tipográfica utilizada ou pelos detalhes detectados em sombras e contornos. “A gente conhece pela letra e pelo cliente. Tem cliente que só faz com um pintor”, conta Francisco Mendes, que assina “Chico Mendes”. A coincidência com o seringueiro e ativista ambiental vai além do nome: “Ele era meu tio-avô. Era irmão do meu avô”, explica.

Silêncio do universo

por Larissa Leotério

Na última quarta-feira (28), o ciclo “A Teatralidade do Humano II” teve a presença do cientista social português Boaventura de Sousa Santos. Além da palestra “Fim do que não tem fim – Capitalismo e Colonialismo”, foi lançado o livro “Rap Global”, e leitura musicada.

Boaventura de Sousa Santos é professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É ainda diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, do Centro de Documentação 25 de Abril da mesma Universidade e coordenador científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa.

Palácio de Cristal

por Vinícius Tomás

Durante a reunião com a LIQUAJUNI, eu perguntei para alguns quadrilheiros em qual grupo eles apostariam para vencer o campeonato de quadrilhas desse ano. Um deles, que pediu para não ter seu nome revelado, foi categórico: “Esse ano tem muitas quadrilhas boas, como a 100nome e a Xodozinho, mas quem vem forte mesmo é a Renovação Junina”. E eles iam dançar na festa do Arraial Chega Mais em Cabuçu, que, segundo o Presidente da LIQUAJUNI João Gomes, é “a arraial mais bonito do Rio de Janeiro”. Não pude resistir a uma equação que misturava quadrilha favorita com o arraial mais bonito.

Em Cabuçu antes de chegar na festa já se via a movimentação das pessoas e as luzes do Arraial. Quando cheguei, fui conversar com Antônio Magalhães o Presidente e fundador do Chega Mais, nascido em Portugal e morador de Cabuçu há 40 anos. E ele me contou a historia da festa. “Começou há 35 anos sempre aqui em Cabuçu. Houve uma pausa de 12 anos e nós resolvemos voltar no ano passado. A festa começou mesmo em um dia que eu fui brincar aqui no bairro, no quintal da minha casa. Botaram-me um chapéu de palha e um paletó e eu dancei até de tamanco. Então juntamos várias pessoas para fazer a festa.“

 
 
 
 
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