Algo de podre no reino das UPPs

domingo, 11 de abril de 2010

por Josy Antunes

Rio de Janeiro. Zona Sul. Botafogo. Morro Dona Marta. Comunidade Santa Marta: a Favela “modelo”, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, ocupada desde o final de 2008 pela Polícia Militar, através do projeto Unidade de Polícia Pacificadora – a UPP. Cento e vinte policiais treinados especialmente para policiamento comunitário, sete câmeras de segurança e cerca de 10 mil moradores protegidos dos traficantes que se instalavam em 4 bocas de fumo: estes são os números oficiais divulgados pelos principais veículos de comunicação do Rio. Um dos números que não é revelado é o da quantidade de “duras” que um morador do local é submetido durante um dia. Ou a de moradores que apontam a existência de excessos nas ações dos policiais. Ou ainda, as 2 mil cartilhas sobre a abordagem policial, distribuídas em menos de um mês de lançamento. E é justamente sobre os números e vozes “não oficiais” que trataremos nesta matéria: Santa Marta contada por Emerson Fiell, rapper e idealizador do Grupo Visão da Favela Brasil, com quem pude conversar no dia 03 de março, no interior do tradicional Bar do Zé Baixinho.

 
 
 
 
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