Fragmentos de dona Maria

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

por Yasmin Thayná



Foi-se o tempo em que velhice era sinal de fim da vida: esperar os últimos dias para falecer. Prova disso é Dona Maria Aparecida Alves, de 113 anos de história.

Por um instante, no evento, parecia que alguém de muita importância havia entrado no espaço, pois todos se levantaram e o silêncio de respeito tanto de quem falava lá na frente quanto de quem ouvia, parecia ensaiado. Quando os olhares se voltaram para a entrada, vinha andando em passos de uma dama, com as saias balançando, uma importante pessoa: Dona Maria chegou!

Clube do Flavinho

por Vinicius Damasceno

O som é cativante, intenso. Chega de maneira despretensiosa e, quando menos percebemos, está nos influenciando. Mas é claro que, no fundo, não tem nada de despretensioso. Essa é a maneira como você é recebido no 'Clube do Jazz', nome provisório para as noites de terça no Botequim Estação Floresta, popular 'Bar do Flavinho'.

O som é único, sem sombra de dúvida. Tem de tudo um pouco. Pode-se sentir a influência da bossa, do samba, do rock e de tudo o que se puder imaginar. Um dos elementos que torna a experiência especial é o músico convidado. Toda terça é um espetáculo diferente, uma obra única que reflete o espírito dos músicos.
Todos profissionais do ramo, cientes de suas capacidades e motivações.

Amor e ódio

por Tony Prado

Uma trama de poesia russa, teorias freudianas e humor brasileiro. Uma história onde a princesa Anastácia Romanov se encontra com seu filho perdido no Amazonas, dentro de um bar, típico de cidade de interior nordestino, traçando para sempre uma história de amor e ódio entre Marinalva Revólver e Paco. O que isso tudo pode ter em comum? A resposta se encontra no fantástico espetáculo “Traças da Paixão”. Muito além de uma peça teatral, Traças da Paixão, de Alcides Nogueira, trata de um incomum encontro entre Marinalva Revólver (Lucélia Santos) e Paco (Maurício Machado), num momento inusitado da vida da protagonista, onde desejos incomuns e frases mal formuladas fazem um cenário perfeito para uma das melhores tragicomédias da atualidade.

“E eu fico imaginando, que, de repente, ele vai cruzar por esta porta, como se nada tivesse acontecido, e como se soubesse de tudo” - é o enredo perfeito para que o sádico Murphy agisse na vida de Marinalva e a fizesse mudar todo seu cotidiano, destruindo a paz que conquistara depois de desventuras em desbravamento a um Brasil receptivo e surpreendente. A história gira em torno de Marinalva, que, na procura de Paco, seria a princesa Anastácia Romanov, herdeira do trono Russo que supostamente teria escapado do massacre feito pelo exército vermelho contra a família do Czar Nicolau II, seu pai, e parado no Brasil, na região da Amazônia. Paco, por sua vez, era um andarilho errante, que entre suas histórias e lembranças, seria o filho de Marinalva, perdido outrora na Floresta Amazônica e estaria em busca de sua mãe.

Kombi dos artistas

por Hosana Souza

Você já ouviu falar na Rádio Rua? Talvez você ainda não tenha tido a sorte de encontrá-los por Nova Iguaçu, mas deve começar a prestar atenção nesse inovador movimento cultural, que já completou seis meses.

A Rádio Rua é um projeto do músico Marcelo Peregrino e seus amigos Roberto Lara e Roger Rits que visa, com autonomia e criatividade, reviver as antigas rádios com alto-falantes, dando oportunidade aos artistas independentes. “A Rádio Rua é itinerante e isso de podermos ir a qualquer lugar ajuda na essência do projeto, que é dar voz aos passantes; nós vamos ao artista e damos voz a ele e ao público dele”, explica Marcelo Peregrino.

 
 
 
 
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