Café com riso

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

por Robert Tavares

Circo e cidades - Entre a rua e o picadeiro - este foi o tema do penúltimo Café filosófico do ano, realizado ontem à noite, no Café Viaduto, embaixo do viaduto de Mesquita, no setor BF. Ele faz parte de um projeto da ong FASE, que já passou por diversos lugares da Baixada Fluminense. O evento foi aberto com a exibição do filme "O circo", de Charles Chaplin, que arrancou muitas gargalhadas do público. A programação do encontro contou ainda com um bate papo.

Nomes importantes da cena cultural da Baixada marcaram presença, como Los Tchathos, Arcanjo e Mozart Guida. Mas não foram só as celebridades da região que foram dar uma bicada nesse café. "É tudo muito novo e encantador pra mim", disse Katzuki de Castro, uma moradora de Inhaúma que nunca tinha vindo à Baixada. "Eu sempre ouvi falar bem do movimento cultural em Nova Iguaçu e Mesquita, e agora eu posso afirmar que é verdade".


Trata-se de um evento pioneiro, que pretende unir, estruturar e fortalecer a classe cultural da Baixada. Uma das estratégias utilizadas pelos organizadores para atingir esse objetivo é investir no protagonismo dos jovens que trabalham com arte. " Eles têm mais peso na elaboração dos temas. Por isso, se tornou um espaço de interação para detectar essas tendências", diz Aércio Oliveira, educador da FASE Rio de Janeiro. Em quatro anos de existência, o Café Filosófico revelou diversos talentos artísticos e intelectuais.

No encontro de ontem, foram discutidos assuntos de grande relevância para o segmento, além da troca de experiências e muitos relatos. "A intenção é preparar cada vez mais os grupos culturais para que possam fazer apresentações de qualidade, contribuindo para consolidar a liberdade de expressões culturais", explica Paulo Vitor, um dos organizadores do encontro.

Da interação dos grupos de cultura da Baixada, nasceu uma rede de jovens da região. Hoje, eles estão se organizando e trocando mais experiências sobre seu fazer artístico e sobre como transformar sua arte em um meio de vida. Juntos, eles terão mais força e possibilidades nessa tarefa. "Esperamos que os participantes se apropriem das informações e desenvolvam trabalhos cada vez melhores, mostrando todo o potencial que possuem", destaca Marianne Garcia, uma das presentes ao Circo e cidades.

Para fechar com chave de ouro, nada melhor que uma apresentação dos Tchatchos. A dupla, que embarca hoje para São Paulo a fim de participar da Convenção Nacional de Malabares, foi ovacionada.