por Carine Caitano
Um dos oito pontinhos de cultura que já receberam a verba da SEMCTUR foi a Casa de Anyê, projeto comando pelo professor Eduardo Reis há cerca de 20 anos, na Vila Operária, um bairro nas imediações da Estrada Iguaçu. O objetivo do projeto, que está atendendo a Escola Municipal Monteiro Lobato, é levar dança e música à periferia, usando a arte como forma de ascensão social.
O professor Eduardo Reis tem verdadeira paixão por instrumentos, que no seu entender ampliam nossos campos de conhecimento. Prova disso é que a verba do Edital Escola Viva, uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu e o Ministério da Educação que contemplou 60 projetos no ano passado, foi a primeira que caiu nos cofres da instituição. “Sempre investimos no humano com recursos próprios”, desabafa Eduardo Reis, que dá aula na rede municipal de ensino de Belford Roxo.
Amplitude
Além da verba do edital, o coordenador da Casa de Anyê comemorou a possibilidade de estar trabalhando na Escola Municipal Monteiro Lobato, no Centro de Nova Iguaçu. “Por ser no centro, a escola abriga alunos de muitos dos bairros do município, o que dá mais amplitude às atividades desenvolvidas”, conta o professor, que fez uma parceria com a companhia teatral F.A.M.A.
O pontinho da Casa de Anyê começou a funcionar em outubro, mas, apesar do esforço de divulgação na escola e do apaixonado apoio das professoras, até agora só conseguiram captar 30 alunos do Monteiro Lobato. “Estamos longe do nosso objetivo, mas já foi um grande avanço para quem no primeiro dia de aula não tinha nenhum aluno”, conta Eduardo Reis.
A experiência como professor da rede pública tranquiliza Eduardo Reis, que acredita que vai atrair os jovens tanto pela qualidade do trabalho quanto pela divulgação junto aos pais dos alunos. “Em última instância, são eles quem decidem”, afirma. Outra estratégia adotada para que atinjam a meta de cerca de 300 alunos é não transmitir a ideia de obrigatoriedade, que iria de encontro aos princípios da arte. “Estamos trabalhando com seriedade, como aconteceria com 30 alunos ou com 3000.”
30 ou 3000
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Marcadores: Bairro-Escola, Baixada, Carine Caitano, Editais
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