Melhor que chocolate

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

por Lívia Pereira

Estagiária há um ano e meio do Bairro-Escola, Patrícia Endringer começou sua relação com a Escola Municipal Monteiro Lobato assustando-se com o número de alunos em sua turma. Mas logo percebeu que os professores têm métodos interessantes e anticonvencionais para resolver os problemas de comportamento que surgem. Um dos que mais chamou sua atenção foi “método do chocolate”. “Um professor lecionando para uma turma que fazia muita algazarra ofereceu chocolate para que os alunos ficassem quietos’, lembra ela, que não aderiu à ideia com receio de estourar seu orçamento.


Também foi no início dessa experiência que ela percebeu o que na sua opinião é um dos maiores problemas enfrentados pelas crianças (e por extensão para ela) era a interpretação de textos, que leva a quedas vertiginosas no rendimento de qualquer turma. Iniciou então práticas de ensino subjetivas que trouxeram mudanças significativas em seus níveis de interpretação textual (literária e de mundo). “A interpretação de músicas como “Que país é esse?” permitiu que a turma refletisse sobre “sujeira em favelas” e “sujeira no senado” como coisas tão iguais na escrita e tão diferentes no significado”, conta a estagiária.

Diálogo entre as tribos

por Hosana Souza


Um dos temas mais discutidos na Pré-Conferência Municipal de Cultura – matéria que pode ser relembrada http://culturani.blogspot.com/2009/10/roda-cultural.html#more  – foi o mapeamento das ações culturais do bairro, e sua divulgação. Foi aí que a comunidade artística de Nova Iguaçu tomou conhecimento do trabalho que Rafael Anízio, um morador de Miguel de 32 anos, começou a fazer em 2006.

Quando começou a recolher nome, idade, telefone, atividades e eventos desenvolvidos pelos artistas e grupos da sua região, a pretensão de Anízio era montar uma agenda onde as atividades de Miguel Couto fossem evidenciadas, colocando a cidade de Nova Iguaçu no calendário cultural do estado.morador de Miguel Couto

O banco de dados foi construído e assim descobertos grupos de teatro, pagode, rock, funk, forró, alem de compositores, escritores, poetas e artesões. “Entrei em contato com os grupos e nós fizemos o levantamento dessas tribos e das atividades que elas promovem. Queríamos que isso se expandisse para outros bairros e consequentemente montar um calendário de atividades e expressões em Nova Iguaçu, não apenas para os visitantes, mas principalmente para os iguaçuanos”, conta Rafael.

 
 
 
 
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