República bestial

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

por Camilla Medeiros

A conquista de direitos civis, políticos e sociais sempre esteve ligada à luta da sociedade, à conquista popular. Foi assim na maioria dos países democráticos. Não no Brasil, porém.

No próximo dia 15 de novembro, nosso país comemora 120 anos de República. E o episódio, que para muitas pessoas representa a conquista pela democracia, na verdade esconde algumas peculiaridades do processo democrático brasileiro.

O termo usado por alguns historiadores, para descrever a política do Estado Novo, serve para descrever a cultura política brasileira de uma forma mais ampla: “modernização conservadora”.

Amor intraduzível

por Camilla Medeiros
Quando assisti ao filme “O amor nos tempos do cólera”, do diretor Mike Newell, fiquei um pouco decepcionada: ele não trazia a grandeza do melhor livro que já li até hoje. E não é exagero.

Logo depois entendi o desafio que era transpor para a telona a imensidão do texto do escritor colombiano Gabriel García Márquez. O próprio escritor salientou, ao vender os direitos autorais do livro, que Mike Newell não conseguiria a proeza. [http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL154684-7086,00.html]

Ele não foi o único, pois livros como "Crônica de uma Morte Anunciada" e "Ninguém Escreve ao Coronel" também renderam fracassos cinematográficos. Apesar disso, o diretor Damián Alcázar pretende adaptar “Memórias de minhas putas tristes”, último romance publicado por Gabriel García Márquez.

Pé grande

por Julliane Mello

Pé-de-moleque parece coisa de criança. Mas no caso da ong homônima com forte atuação em Corumbá as aparências enganam. O foco da entidade, criada há nove anos, é formar jovens e adultos para o mercado de trabalho.Tem sido assim desde a fundação, quando a instituição tentou empregar 20 jovens com ensino médio completo e que tivesse algum conhecimento em informática. "Na época, só conseguimos cinco jovens, pois a maioria não tinha o ensino médio completo", conta Denise Luz, de 46 anos, idealizadora e presidente da ong. A partir daí um grupo se organizou para constituir uma instituição que pudesse ajudar o bairro de Corumbá e seu entorno oferecendo cursos profissionalizantes e capacitação profissional.

A primeira conquista daquele grupo foi criar o Centro Comunitário de Corumbá, cuja sede fica na Rua Belina, n°23. Três anos depois, o rupo já podia se orgulhar da qualificação profissional de mais de 2300 jovens e adultos, que se formaram em atividades que iam do telemarketing ao serviço de buffet, passando pela fotografia e garçom. Os primeiros parceiros também ajudaram a criar um pré-vestibular para negros e carentes, uma sala de EJA e um curso de empreendorismo.

Todo mundo é bamba

por Edson Borges Vicente e Fernanda Bastos da Silva


Bolo, refrigerante, docinhos e muito samba de roda. Esses são ingredientes fundamentais para qualquer festa de aniversário na ‘Vila da Fiazinha’, em Anchieta, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. A vila, que abriga onze casas, quase todas de uma mesma família, é o endereço de Bárbara Cecília Costa dos Santos, 52 anos, funcionária da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu – SEMCTUR. Servidora municipal há 17 anos, ela conta que há mais ou menos sete anos o costume de fazer samba para animar as datas comemorativas passou a fazer parte da vida dos moradores.


No terreno localizado à Rua Silvio Costa, 308, moram cunhados, irmãos, filhos e sobrinhos de Bárbara, mas a matriarca é a dona Laurizete, 87 anos, conhecida como ‘Fiazinha’. Ela é homenageada na festa junina com o ‘Arraiá da Fiazinha’.

 
 
 
 
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