Em parceria com a Cinequanon Produções, Cineclube Digital comemora um ano de existência, realizando o Sarau Cinematográfico.
por Josy Antunes
Para os cinéfilos da Baixada Fluminense, a segunda terça-feira de cada mês é garantida por uma nova programação do Cineclube Digital. A sessão de estreia, que lotou a sala de exibição do SESC Nova Iguaçu, completará um ano no dia 13 de janeiro. A comemoração trará ilustres “presentes” ao público, em oficinas e atrações que se estenderão por dois dias: 12 e 13, uma terça – mantendo a tradição – e uma quarta-feira.
O arquivo do Cultura NI e do Jovem Repórter contém registros sobre a trajetória do Cineclube, que é uma parceria entre a Belê Filmes e o SESC. Brunna Sanches, estudante de Produção Cultural e uma das integrantes da Belê, uniu o aniversário do Cine Digital com sua ideia de projeto final para a faculdade – a IFRJ, Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro.
A partir de então, surgiram os primeiros passos do Sarau Cinematográfico. “A princípio, o meu grupo pensou em um evento menor, como uma palestra apenas, mas depois surgiu a ideia de fazer juntamente com o Cineclube Digital e com o SESC, realizando assim um evento de 2 dias, com variadas atrações, porém, todas relacionadas ao cinema”, detalha Brunna que, para a realização, criou junto com as amigas Monalisa Santana e Mariangela Augusto, a produtora independente “Cinequanon Produções”. “O nome surgiu numa aula de Arte Contemporânea”, explica.
A primeira oficina oferecida, intitulada “Curta-Metragem, do Roteiro a Prática” será ministrada por Miguel Nagle, na sala multiuso 1. Formado na Escola Livre de Cinema, em Nova Iguaçu, Miguel já realizou mais de 20 curta-metragens e hoje trabalha na maior produtora de cinema da América Latina: a “O2”. Além de fazer parte da Academia Internacional de Cinema, onde cursa especialização em direção cinematográfica.
Durante a aula, que se iniciará às 15:30, Nagle apresentará técnicas, linguagens e narrativas do cinema, levando os alunos a conhecer todo o processo criativo por trás de um filme. Usando de teorias e práticas, os participantes passarão por uma verdadeira experiência audiovisual.
No mesmo espaço de tempo, na sala multiuso 2, o público se aprofundará na segunda oficina: “Cinema Marginal Brasileiro”. Matheus Topine tratará da filmografia brasileira contidas na denominação do “cinema marginal”, trazendo discussões sobre as produções e cineastas da época. Matheus é graduando em História pela UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro –, onde desenvolve uma pesquisa sobre o “Chaplin-Club”, um cineclube fundado em 1928. Fundador do Cine Goteira, Topine é diretor de comunicação da ASCINE-RJ – Associação de Cineclubes do Rio de Janeiro -, com ênfase em projetos de memória.
As vagas para as duas oficinas são limitadas! A parte difícil é escolher entre as duas, porque para realizar a inscrição basta ligar para o número 2797-3426, ou entrar em contato pelo e-mail: saraucinematografico@gmail.com.
Ainda no dia 12, às 19 horas, será exibida no teatro a sessão “Produção Cinematográfica da Baixada Fluminense”, onde os realizadores locais ganharão total visibilidade sobre suas produções. Às 21:30, o dia se encerrará com uma apresentação do VJ Paulo China.
O dia 13 estará aberto para discussões – construtivas – brotarem, a partir das 19 horas. Haverá dois blocos de palestras e debates, mediados pela cineasta e antropóloga Andréa Falcão. Quem estará a frente do primeiro tema, “Produção Audiovisual da Baixada para o Mundo”, é Marcio Graffiti, coordenador e oficineiro do Coletivo Anti Cinema. Em seguida, 20:30, a “Retomada do Cinema Nacional” será o foco, tratado por Adailton Medeiros, fundador e diretor do Cinema Ponto Cine.
Permeando a programação dos dois dias, no espaço Café Cultural, haverá exposições de cartazes de cinema da Rio-Filmes e de fotografias de Bruna Jacubovski.
1 Comentários:
Ahh! Eu quero ir!
Ótima matéria, Jô. Voltamos com o pé direito!!!
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