Amor à cultura

sexta-feira, 5 de março de 2010

por Joaquim Tavares

Na última quarta-feira, a classe artística de Nova Iguaçu ignorou a chuva e lotou o teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro para prestigiar o lançamento do PADEC, um plano de apoio à cultura que distribuirá verbas para os 92 municípios do estado. A produtora cultural Adriana Rattes, titular da Secretaria Estadual de Cultura, participou da solenidade de lançamento. O escritor e cineasta Marcus Vinícius Faustini, secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, também.


Nova Iguaçu ficará com R$ 450 mil da verba de R$ 15 milhões destinada ao plano, que chegará aos municípios até junho deste ano. A SEMCTUR terá que mandar um plano de custos até a próxima quarta-feira, 12 de março. Metade dessa verba será usada na reforma do Espaço Cultural Sylvio Monteiro. A outra metade será gasto de acordo com as determinações do grupo de trabalho escolhido ali mesmo, no calor das emoções do debate. A comissão é composta por 18 integrantes.

Os projetos escolhidos pela comissão devem se encaixar em uma das quatro linhas propostas pela Secretaria de Cultura: Qualificação da gestão pública da Cultura; Preservação do patrimônio material; Fortalecimento da identidade cultural local e Melhoria da infra-estrutura cultural.

Um dos integrantes da comissão é o poeta Leandro Piassa Fonseca, um morador da Cacuia de 27 anos, que se diz representante dos poetas de Nova Iguaçu. “Nosso projeto busca conscientizar a população a preservar o meio ambiente e pretendemos fazer isso por meio do auxílio de músicas, poesias e teatro”, conta o idealizador idealizador do projeto Nosso verde preservado, a Arte ao alcance de todos. ”Faço isso como uma forma de declarar meu amor à Cultura. Essa reunião foi o grande marco para o começo da nossa conquista.”

Outra cara nova da comissão é o jovem pesquisador Bruno Marinho dos Santos Loura, um estudante de história de 20 anos. Para esse morador de Comendador Soares, a criação de uma comissão para discutir o destino das verbas da cultura é uma particularidade do município de Nova Iguaçu. ”Isso é democracia, o povo participar da política e a política levar em consideração a voz do povo”, comemora Bruno Marinho, que se vê como um representante da juventude. O jovem se candidatou para garantir que essa juventude de agora, "que muitas vezes ‘caga’ para a política", participe do processo cultural de Nova Iguaçu. “Todos ganhamos com isso, o bem é para todos nós. Torna melhor nossa vida social. Por isso, tenho certeza que faço minha parte como cidadão.”