Arejando a cabeça

quinta-feira, 11 de março de 2010

por Dannis Heringer
A reunião sobre o PADEC estava ótima, mas a vontade de fumar não respeita nem mesmo discussão com autoridade. Apesar do constrangimento, peguei minha bolsa e saí de fininho. Só me senti um pouco à vontade quando cheguei ao “fumódromo”, que naquela noite funcionou a pleno vapor naquela chuvosa noite de quarta-feira no corredor que dá acesso ao teatro do Espaço Cultura Sylvio Monteiro.

Uma das pessoas que encontrei lá foi a própria diretora do Espaço Cultural Sylvio Monteiro, a atriz Silvia Regina. Uma das principais responsáveis pela superlotação do evento, ela estava ali conciliando vício e trabalho, pois entre uma baforada e outra aparecia uma pessoa para tirar dúvidas sobre o debate que estava havendo sobre o teatro. “Nem sempre todos conseguem tirar suas dúvidas dentro do estabelecimento”, disse-me ela.

Uma das pessoas que estava tirando dúvida com Silvia Regina no fumódromo foi o ator Marcos Serra. “Eu venho aqui fora para fumar meu cigarrinho, chupar uma bala halls para tirar o cheirinho e também para conversar um pouco sobre a discussão que lá dentro”, confessou o ator entre uma tragada e outra. Um animal político pela própria natureza, Marcos Serra aproveitou o encontro dos fumantes para fazer articulações em torno da comissão formada para discutir o destino de metade dos R$ 450 mil destinados a Nova Iguaçu – a outra metade seria usada na reforma do espaço cultural. “Estava amadurecendo a ideia com a Silvia de que nós temos que ampliar as discussões, colocando a necessidade de Nova Iguaçu acima das necessidades de cada grupo, seja ele folclórico, religioso ou de cinema”, disse Marcos Serra. “Por isso é bom dar uma arejada na cabeça e fumar um cigarro.”

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