Fantasia à grega

quarta-feira, 3 de março de 2010

por Jefferson Loyola

Filmes como “Harry Potter” e “Senhor dos anéis”, que surgiram de livros e levaram uma legião de fãs para os cinemas do mundo inteiro, mostraram um mundo fantasioso que contagia crianças, jovens e adultos. Assim pretende e está sendo o longa-metragem “Percy Jackson e o ladrão de raios (Percy Jackson and The Lightning Thief)”, uma fantasia à grega que tem como diretor Chris Colombus, um veterano dos dois primeiros filmes de Harry Potter, e um trio conhecido de jovens coadjuvantes: Logan Lerman, Brandon T. Jackson e Alexandra Daddario.

O grande trunfo na manga de "Percy Jackson e o ladrão de raios" é a ambientação do seu universo nos cinemas. O autor Rick Riordan apostou no grande acervo da mitologia grega, o que o dispensou de apresentar e identificar os protagonistas - J.K. Rowling e J.R.R. Tolkien tiveram que criar um novo universo para seus personagens. A estratégia de Riordan deixa o publico mais à vontade, quee mesmo não conhecendo as histórias mitológicas, conseguem identificar cada personagem.


O ponto de impacto do filme surge na cena em que Percy é atacado por uma criatura mitológica em uma visita ao museu, o que provoca uma reviravolta em sua vida. Ele descobre então que é um semideus, filho de Poseidon, e tem sua vida presa a um acampamento, onde é preparado para tornar-se um herói. Os primeiros 30 minutos do filme permitem que o público se adaptem ao personagem e à trama. Ocorre um novo ponto de virada no filme quando Percy foge do acampamento com a semideusa Annabeth, filha de Atena, e o seu guardião Grover, um Sátiro (metade humano e metade bode), para poder salvar sua mãe no mundo inferior, dominado por Hades.

O destaque do filme fica nas cenas de luta com a Medusa (Umma Thurman), as piadas sarcásticas do personagem de Brandon T. Jackson (Sátiro), que por vezes podem ser vistas como um ponto negativo por tentar ser engraçado demais. Também vale ressaltar a mistura do mundo “moderno” ao da mitologia grega, colocando all star voadores como artefatos religiosos, e dando um look bem fashion e pop ao personagem Hades. Inspirado na série de livros juvenis "Percy jackson e os olimpianos", de Rick Riordan, a película está bem longe de ser uma produção grandiosa como o “Senhor dos anéis”, mas tem seu charme, mostrando boas cenas de ação, tendo um elenco bastante talentoso e engraçado.

1 Comentários:

Larissa C. disse...

Venhamos e convenhamos, as piadas do Grover não têm nada de negativo no filme, pelo contrário, é o que salva o filme. Enquanto o livro se tem um gosto de ler, apesar de possuir uma linguagem extremamente simples e faltar algumas informações de ambiente, o filme deixa a desejar tendo um roteiro muito diferente do cronograma que se tem no livro.

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