por Nany Rabello / Foto: Mazé Mixo
A equipe era grande. Cerca de 25 repórteres, um chefe pra botar ordem na bagunça, um fotógrafo oficial, duas câmeras, um operador de rádio, uma rádio, um twitteiro, uma biblioteca e um blog. Só quem estava lá entende. Chegar ao Espaço Cultural Silvio Monteiro às 8 horas da manhã, já com coisas pra fazer, sair pra almoçar por volta do meio-dia, ou talvez só fazer um lanche, ir pra casa às 23 e tanta, depois de ver mais um longa na telona, quem sabe até levando trabalho pra casa, e estar lá no dia seguinte, animadíssimo pra subir e descer escadas, ver curtas e longas e digitalizar os momentos mais incríveis batendo os dedos nas teclinhas dos computadores da biblioteca.
Mas isso só durou de quinta a domingo. Aliás, domingo, onze e meia da noite, todos indo embora após uma linda homenagem à equipe de produção, aos jovens repórteres e jovens pesquisadores, um lindo filme chamado "Marcelo Zona Sul" e a divulgação dos vencedores da seleção de curtas, só havia um pensamento na cabeça de quem trabalhou o evento inteiro: quando é que vai ser o próximo?
A magia do Iguacine envolve e encanta cada pessoa que passa por ele, esteja produzindo um curta pra ser apresentado, assistindo a uma grande produção nacional, ou entrevistando algum dos presentes. A equipe de jovens repórteres trabalhou muito no ano passado pra deixar os leitores por dentro de tudo que estava acontecendo lá no Sylvio Monteiro. E teve até rádio on-line pra galera de longe poder ficar ligada em tudo. Foi absurdamente cansativo, trabalhoso, gratificante e lindo. Quem lê o blog não imagina o entusiasmo e a satisfação que aquele unido grupo de jovens teve ao ver tanta gente acompanhando e querendo estar presente no evento. Foi o momento de maior pico de acesso do blog Jovem Repórter, que encerramos ali com chave de ouro.
Pessoas maravilhosas
Demos entrevista pra TV Nova Baixada, fomos escutados em vários estados brasileiros, tivemos o apoio do Itaú Cultural com a infra-estrutura da rádio e a ajuda do Daigo, o responsável pela rádio, que ensinou muito pra gente, nos aturou o fim de semana todo e deixou muitas saudades quando o evento acabou. Fomos homenageados pelo secretário de municipal de Cultura Marcus Vinícius Faustini e pela Escola Livre de Cinema, que organizaram a festa toda e tivemos recorde de matérias publicadas no blog. Mas nada disso se compara à emoção de estar lá do início ao fim, ver tudo acontecendo, entender cada história de cada um dos curtas escritos, ter a honra de escrever nossa opinião sobre isso, aprender sobre o mundo do cinema, as produções nacionais, ver o cinema feito na Baixada, ver cada história por trás disso, conhecer pessoas maravilhosas que nos fizerem crescer um pouco mais como grupo, como profissionais e como pessoas.
Pra quem chegava pra assistir, o Iguacine era só um evento sobre cinema, com apresentações de vários curtas-metragens selecionados e um longa-metragem por dia. Pra quem saía, ele passava a ser muito mais do que isso. Quem foi não esqueceu. E quem fez, menos ainda. Estávamos (e estamos!), todos os jovens repórteres, contando os dias para estar lá de novo, por que a gente descobriu que o Iguacine não é sobre cinema. É sobre integração, alegria, diversidade, união, beleza e Baixada. É pra fazer tudo uma coisa só. E fez. E vai fazer de novo, muito em breve.
Pode chegar, Iguacine. Nossas portas, corações e braços estão abertos para você. Por vir com tudo e ficar quanto tempo quiser. Nós estaremos aqui, juntinhos, pra que ninguém fique de fora da festa.
1 Comentários:
Saudades da Nany *--*
Texto lindo como sempre flor, saudades dessa entrega, emoção e poesia.
Beijos.
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