Intelectual orgânico

quinta-feira, 1 de julho de 2010

por Larissa Leotério

Écio Salles é o atual Secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu. Quem ainda não teve a oportunidade de conhecê-lo, pode saber um pouco mais agora. E para falar dele, nada melhor que seus amigos e pessoas de seu convívio. E impressiona como todos os depoimentos são tão parecidos, reforçando suas características.

A capacidade de ouvir do novo secretário foi a característica mais lembrada pelos amigos que fizeram questão de prestigiar sua posse, na concorrida festa promovida no início deste mês no Espaço Cultural Sylvio Monteiro. "A característica mais marcante do Écio é essa capacidade de lidar com pessoas e ideias, um bom texto que permite que ele se comunique com quem quer que seja, onde quer que esteja", conta o poeta iguaçuano Jorge Cardoso, um dos mais antigos militantes da cultura da Baixada Fluminense.

A ensaísta, professora, curadora e apresentadora de tevê Ivana Bentes diz que ela e o atual chefe da SEMCTUR “se conheceram três vezes”: na Universidade Nômade, no Afro-Reggae e na Escola de Comunicação da UFRJ. "E, nas três ocasiões, ele mostra a mesma afetividade, a mesma generosidade com as pessoas, e com as articulações."

O fotógrafo Mazé Mixo lembrou as ideias do mundo que Écio trouxe para a cidade antes de estar mesmo de assumir a secretaria: "Ele é articulador e mobilizador. A mobilização do “Livro Livre” grita isso", diz o fotógrafo.

Lugar das pessoas
Além de absorver métodos e movimentos importantes, ele dá o que falar até pra quem não conheceu pessoalmente, como foi o caso de Anderson Barnabé, um dos coordenadores da Escola Livre de Cinema: "Ouvia muito falar dele, e me despertou a curiosidade depois que li o “Acorda Hip-Hop”, livro do DJ TR, que o Écio editou pela Aeroplano", conta Barnabé. Quando o escritor e cineasta Marcus Vinícius Faustini o apresentou a Écio, Anderson Barnabé percebeu como o atual Secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu consegue lidar com a diversidade. “A fala dele é boa porque ele consegue se colocar no lugar das pessoas. Ele entende e, por isso, fala com mais propriedade”, conclui.

Mas, talvez, o mais surpreendente depoimento seja o de Júnior Perim, coordenador do projeto ‘Crescer e Viver’, que conheceu Écio Salles na favela do Jacarezinho, em 1987. Júnior conta que o companheiro esteve presente nos primeiros passos do ‘Crescer e Viver’ e que grande parte do crescimento metodológico e da reflexão crítica da instituição que coordena se deve a ele. ”Nosso crescimento e sucesso têm base na formação e informação do Écio”, reforça. E ressalta que espera que outros projetos tenham a base que o seu teve, para que outros entendam que arte, cultura e educação caminham juntos.

E quem não deixa de expor sua admiração é a Chefe da Divisão de Políticas Culturais da Regional do MinC, Ana Lúcia Pardo: "Ele combina a teoria, o pensamento crítico, com a prática, é o que chamamos de ‘intelectual orgânico’". Além disso, Ana Lúcia expõe o quanto é essencial o entendimento de Écio sobre os mais diversos processos como do Itaú Cultural, Afro-Reggae, cultura na Baixada... “Soma muito na gestão”, finaliza.

1 Comentários:

Yasmin Thayná disse...

A combinação reina de forma efetiva: matéria bacana de gente bacana!

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