por Josy Antunes
“Sou magra e uso óculos, que nem sempre combinam com minhas roupas. Adoro que me chamem de Déh, é um apelido vindo da minha família desde que eu me conheço por gente”. Com este pequeno trecho contido em uma auto definição, é possível garantir que toda a equipe de jovens repórteres do Cultura NI reconheça de quem se trata. Quanto aos leitores, é difícil afirmar quem a conheça por esse apelido. O fato é que, provavelmente, ambos desconheçam a história que Jéssica de Oliveira – a Déh, ou ainda “Marrentinha” - carrega consigo, junto ao projeto que hoje mobiliza cerca de 20 jovens.
Em 2008, num dos comuns dias de aula do Colégio Estadual Califórnia, Jéssica recebeu um convite despretensioso dos amigos Breno Marques e Marcos Paulo: participar de um tal “Minha rua tem história”. Movida pelo interesse pela escrita, ela prontamente aceitou e compareceu à sua primeira reunião, na quadra da Vila Olímpica de Nova Iguaçu. “Quando eu cheguei lá tinha muita gente, mais de trezentas pessoas”, lembra ela, quase reproduzindo a expressão de surpresa que fez no momento. Dentro deste número, estavam, majoritariamente, participantes do ProJovem e alguns “jovens repórteres”, que registrariam tudo o que ali acontecesse.