por Vitória Tavares
É fato que o nosso país vem crescendo socialmente. Os projetos educacionais estão avançando, entretanto, o Brasil enfrenta um grande desafio: a questão do analfabetismo funcional. Um analfabeto funcional sabe ler, mas não dispõe do entendimento necessário para ler um livro e divagar sobre ele, por exemplo. As informações surgem desconexas para pessoas que não foram estimuladas a compreender além do b+a=ba.
Mas, um ponto que propõe um debate sobre essa questão são as famosas redes sociais. O Facebook, o Twitter, o Orkut e várias outras redes têm sido o estandarte da inclusão digital. O tempo que as pessoas dedicam ao lazer tem sido dividido com a internet, e com isso, forma-se um novo entendimento para com o analfabetismo funcional. Com a necessidade de se integrar, as pessoas que tem essa falha em sua formação intelectual, desenvolvem outra maneira que não a formal para se comunicar com o mundo; o que é incrível. Descobrindo se outro viés de comunicação, é desenvolvida a compreensão externa do ser humano com o mundo e, desta maneira, estimula-se a superação da falha intelectual do indivíduo envolvendo comunicação e escrita. As pessoas leem mais, escrevem mais e desenvolvem maneiras de se expressar pela internet.
A aceitação de novos meios de linguagem e expressão é extremamente importante para a aproximação dos indivíduos com o mundo da palavra. Se para que um menino de Vila de Cava, ou qualquer outra periferia, tenha interesse em ler e escrever seja preciso o uso do Facebook inicialmente, é preciso apostar nesse fator.
A aceitação de novos meios de linguagem e expressão é extremamente importante para a aproximação dos indivíduos com o mundo da palavra. Se para que um menino de Vila de Cava, ou qualquer outra periferia, tenha interesse em ler e escrever seja preciso o uso do Facebook inicialmente, é preciso apostar nesse fator.
Não obstante, é indispensável à atenção para o lado que não é positivo dessa história toda. A internet não é um mar de rosas e oferece perigos reais para a juventude. É sabido que existem quadrilhas virtuais de aproveitamento, tais como redes internacionais de pedofilia e golpistas. Mas isso pode ser controlado com uma melhor vigilância da área de crimes virtuais e, com a integração da internet no ensino (fator que vem crescendo a cada dia) há de se desenvolver um direcionamento para o melhor uso de ferramentas digitais.
Com toda a certeza, existem os que vão contra a inclusão social e intelectual por meio das redes sociais e internet, por acreditarem na norma culta de linguagem e nos meios quase aristocráticos de ensino. Mas de que vale um ensino que aposta em obras obsoletas e escritores mortos se a maior parte da população não entende nem o letreiro do ônibus? É preciso integrar, reunir, juntar, igualar: tornar real. E nada mais real que a relação humana escrita exercida no dia-a-dia das tuitadas e do feed de notícias.
4 Comentários:
você arrasa. beijos!
Um viés que eu nunca havia analisado.
Redes sociais ajudando à "alfabetizar" pessoas.
Gostei ;D
Muito boa a matéria, Vitória, Parabéns!
Boaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
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