por Leandro Oliveira e Pedro Felipe Araújo
Som, ritmo e muito estilo foram à dinâmica no morro do Andaraí no sábado, dia 18 de setembro, na penúltima etapa do projeto BATALHA DO PASSINHO que está bombando pelas favelas do Rio de janeiro. Idealizado pelo jornalista e escritor Julio Ludemir com o musico e também produtor cultural Rafael Nike, o projeto tem como perspectiva a valorização da cultura nas comunidades. Mostrando que elas possuem a sua própria identidade suficientemente rica e criando um novo lema. Da favela para o mundo!
Mas o que é o passinho do menor da favela? Você com certeza conhece muito bem, já viu em festas, vídeos ou qualquer ambiente onde tenha alegria e funk. A Dança que absorveu influencia de ritmos como frevo, funk, break e até balé virou moda e agora se vê materializada no concurso. “A favela está mostrando a sua cara!” é o que diz um dos expectadores, Jefferson Soares, de 17 ano,s mostrando um ar de orgulho.
Se a UPP levou o estado para dentro da comunidade, o novo tempo histórico deve significar mais coisas do que apenas policiamento ostensivo. O mais importante é trazer cidadania aos moradores. E cidadania inclui esporte, cultura e direito de ter orgulho da sua identidade. “Agora muita coisa melhorou. Fico até emocionada!” conta a domestica Lucinéia Pereira que estava acompanhando a sobrinha na fase eliminatória.
Se a UPP levou o estado para dentro da comunidade, o novo tempo histórico deve significar mais coisas do que apenas policiamento ostensivo. O mais importante é trazer cidadania aos moradores. E cidadania inclui esporte, cultura e direito de ter orgulho da sua identidade. “Agora muita coisa melhorou. Fico até emocionada!” conta a domestica Lucinéia Pereira que estava acompanhando a sobrinha na fase eliminatória.
Depois das fases eliminatórias a competição mudou de rumo para duelos no estilo mata-mata onde só um avançaria, não faltando roteiros de emoção e dramaticidade “Vim de nova Iguaçu pra cá com muita vontade de vencer. Escutei no curso que faço em Austin que a batalha do passinho estava estourando!” conta o estudante Felipe Benedito de Sousa.
A etapa do concurso contou também com a presença ilustre do famoso dançarino Fly, cobrindo o evento para outros canais da mídia e participando com muito carinho do processo. "Todos os jovens me lembram de quando eu estava começando. Agora acompanho com muito carinho”, diz com alegria, “Quando comecei, o funk era o melody e depois teve uma fase politizada com Bob Rum e outros. Com o tempo caiu um pouco com a violência e acabou ficando demasiadamente pornográfico. Agora me parece uma nova fase que me enche de esperança”, conta.
Enquanto Fly vê no funk carioca uma nova esperança, é possível também acreditar em um grande futuro para os dançarinos. Os rapazes e moças que se apresentaram na semifinal do Andaraí deram um verdadeiro show de dança que começou na quadra do Ginásio Miro Garcia e terminou na Rua da Praça Flor da Mina, trazendo os duelos a céu aberto e aumentando os apaixonados expectadores.
Torcida esta que dava vida à competição e que vibravam ao término de cada duelo vencido pelos dançarinos. No fim a comunidade abraçou o projeto e fez um lindo espetáculo como torcida. Um show já esperado por Julio Ludemir. “O entusiasmo dos moradores correspondeu plenamente às minhas expectativas, mas eu quero mais, isto foi apenas um passinho” disse feliz com a repercussão do concurso.
E o projeto tem tudo para ver uma festa ainda maior na última etapa da batalha. A final do concurso vai acontecer no SESC da Tijuca, no dia 25 de setembro às 15 horas. Aonde os finalistas das comunidades do Andaraí, Boréu e Salgueiro irão mais uma vez escrever sua arte com os mesmos pés até pouco tempo descalços no morro para o grande público carioca. Inaugurando assim uma nova posição artística passado pela Batalha do passinho em um espetáculo memorável.
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