Mãos que falam e olhos que ouvem

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

por Carolina Alcantara

Caro leitor, você já imaginou se te colocassem dentro de um avião e te jogassem num país totalmente diferente do seu, com um idioma que você não conhece e uma cultura e costume totalmente distante da sua realidade? Se não imaginou, imagine por um momento.

Você esta nesse lugar querendo se comunicar e não consegue, pois as pessoas não falam o mesmo idioma que o seu e quando elas olham na sua direção parece que você é de outro planeta. O que você sentiria se estivesse vivendo tal situação?  É provável que se sentiria mal e rejeitado. Essa é uma situação que ninguém gostaria de viver, pois nenhum ser humano gosta de se sentir abandonado, ao contrario as pessoas precisam sentir-se amadas e aceitas pelo que são.

Ouvidos atentos

por Jéssica Oliveira

Na manhã dessa segunda-feira, 22 de agosto, o Espaço Cultural Sylvio Monteiro inicia a Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Com a presença do secretário de cultura e turismo, Anderson Ávila, e estudantes de escolas municipais e estaduais do município, a Biblioteca Municipal Professor Cial Britto apresentou a Audioteca, projeto de inclusão que visa atender deficientes visuais.

Às 10h30, no pátio do Espaço, Malena Cabral Xavier e Roberta Miranda, funcionárias da biblioteca que abriga o projeto, fizeram a primeira demonstração do dia. "A Audioteca é um projeto que conta com livros gravados em CDs destinados à pessoas que têm algum tipo de deficiência", incia Malena.

Enquanto esta apresentava a ideia do projeto, Roberta auxiliava Douglas Juan Mendes Camarinho, estudante de 12 anos que possui deficiência visual, a utilizar o equipamento da Audioteca. Douglas cursa o quarto ano do ensino fundamental na Escola Julio Rabello, no Marco II e aprova o projeto: "Eu gostei muito. Estava ouvindo 'O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa'", conta.

Para dona Dilani Mendes Ferreira, mãe de Douglas, a Audioteca é uma ótima oportunidade para  que seu filho tenha contato com a literatura e livros ditáticos: "Acho ótimo. Pretendo trazê-lo sempre e cadastrá-lo no Secograma".

Livro delivery
Como explicou Roberta Miranda em sua fala, o Secograma caracteriza-se no cadastro do deficiente que se encontra impossibilitado de frequentar a biblioteca no Centro de Nova Iguaçu. Este receberá em seu domícilio os livros que desejar. "

A pessoa liga e pede uma postila de português, geografia, ou o que for. Eu coloco os CDs desejados num pacote com duas etiquetas: uma por fora do envelope e outra por dentro. Envio pelo Correio para a casa do cadastrado e quando ele for devolver, é só refazer o pacote e colar a etiqueta que eu mandei por dentro. O envio é gratuito", explica, afirmando que com esta etiqueta o usuário não terá custo algum com o Correio.

Para cadastrar-se são necessários apenas nome, endereço e o tipo de deficiência do usuário atendido. "Não apenas a Audioteca, mas o sistema do Secograma, são importantes para os usuários que não possuem mobilidade mas que se interessem pela leitura", encerra Roberta.

Mundo de metal

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

por warllen Ferreira

Meio de transporte de milhões de trabalhadores, estudantes, e outras pessoas. O nosso famoso “lata de sardinha” tem se transformado em um verdadeiro “país sobre trilhos”. Etnias, educação, formação, cultura, tudo isso é carregado nos vagões dos nossos trens diariamente, em uma grande variação. 

Alguns com ar-condicionado e outros que são a cara do descaso total. “ Picolé da moleca… Pra você que pratica esportes… Pode me ajudar por favor, com qualquer quantia… “. Negócios para uns, meio de transporte para outros. Assim diariamente os nossos vagões lotam todos os dias, de minutos em minutos. Um atrás do outro. Quer variedades? O “Brasil de metal” oferece. Lá você encontra tudo o que você precisa, para seu benefício e para o benefício dos outros. 

Gosta de uma aposta? Que tal se misturar no cantinho da Purrinha? Lá você ainda pode sair com o dinheiro da passagem do dia seguinte. Mas que tal gastar esse dinheiro? Lá você também consegue fazer isso. Tudo para o seu lar e para a sua utilização diaria você encontra aqui, nos vagões do “Shopping de metal”. Mas se você prefere adorar a Deus na ida do seu trabalho, não seja por isso: vamos lá receber enquanto não chegamos no serviço.  

E para quem não gosta de fazer muita coisa no seu percurso, o cantinho da porta está logo ali te esperando para você encostar, ler seu livro ou até mesmo tirar um cochilo. Cochilo é o que não falta nos bancos. 

Assim é o dia-a-dia do brasileiro que precisa enfrentar os trens todos os dias. Um resumo de tudo aquilo que talvez outra pessoa precise de um dia para ver. Nas composições do “Brasil de metal” você consegue ver em uma hora e trinta de viajem.

E ao sair, observe atenciosamente o espaço entre a plataforma e o vagão. Obrigado !

Produzindo sonhos

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

por Dannis Heringer


Quem nunca se imaginou sendo o Andy Warhol? Ou talvez o Teddy Parker? Ou mais, o George Martin? Pois, bem eu já me imaginei sendo tudo isso, consciente que para tanto eu precise trabalhar completamente em cima dos meu objetivos, o que envolve apenas uma palavra: música. 

Sei que essa profissão requer cuidado e muito sacrifício da minha parte pois, para chegar onde eu quero preciso ser reconhecida pelas coisas que fiz. Um produtor não é reconhecido em dois anos, para ser dessa profissão requer paciência e isto é algo que ocupa o primeiro lugar da minha lista. No Brasil este tipo de profissão está quase que acabada, existe apenas uma faculdade para isso e em suma, cursos.

Meu nome é Dannis Heringer e eu sou Produtora Musical. Ou pelo menos tento ser. Minha história nesse meio artístico começou graças a um convite para produzir um evento. Na época eu nem sabia o que era isso, pois via meu futuro de outra maneira: sentada em uma cadeira e análisando autos.

O Dia dos Pais das "Filhas de chocadeira"

por Raize Souza



O dia dos pais, assim como outras comemorações, provavelmente foi inventado para movimentar o comércio. Mas essa tradição mexe com os sentimentos ao ponto de querermos transformar momentos que deveriam ser normais em especiais, demonstrando nosso afeto.
Por esse motivo você certamente passou o dia dos pais com seu pai, sua mãe e seus irmãos. Sua mãe, provavelmente, deve ter feito um almoço especial, ou vocês simplesmente saíram para almoçar em um dia com muitos abraços e presentes, ou não.  Mas em certa casa do bairro Vila Kosmos, na cidade do Rio de Janeiro, habitada por sete mulheres e, às vezes, dois homens, o dia dos pais é diferente, ele é sem pai.
A primeira mulher é mais conhecida como Tia Marí é a dona da casa. Trabalha como secretária de uma empresa de assessoria de engenharia e é mãe, e muitas vezes pai, tanto dos filhos biológicos quanto das cinco meninas “adotadas”. “Mesmo que a data seja para comemorar um ‘homem’, eu me sinto orgulhosa em tentar fazer esse papel. Na vida têm mães que são pais e mães, eu também tento fazer isso em benefício de vocês”, comenta a Tia.
Seus filhos biológicos são Pedro Lopes, de 17 anos, e Thaísa Lopes, 24 anos, e a história das “adoções” de Marí começaram há oito anos com Eliane Guerreiro em Crateús CE. Depois veio Nanamaina Viana, carioca que hoje faz intercâmbio nos Estados Unidos, às vezes fica na casa da Tia e outras na casa do pai, que também é do Rio de Janeiro. Há um ano Marcella Rocha chegou à família, vindo diretamente de Recife PE. Em dezembro de 2010 a Tia “adotou” Iara Eloane, de Crateús CE e para fechar a casa das sete mulheres, em março de 2011 chegou Raize Souza, pernambucana arretada, também conhecida como aquela que vos escreve.

 
 
 
 
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