Desenvolvimento sustentável é cultura

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

por Dariana Nogueira

O eixo 3 da III Conferência Municipal de Cultura, coordenado por Egeu Laus, colocou em foco a importância estratégica da cultura no processo de desenvolvimento da cidade. De uma forma bastante sistemática e organizada, Egeu expôs um breve estudo sobre os significados das temáticas mais amplas apontadas no eixo e os conceitos que permeiam essas áreas interligadas entre si, além de suscitar propostas referentes à cultura e ao desenvolvimento sustentável, exigindo a participação dos presentes.

Um dos adjuntos da Secretaria de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, Egeu Laus falou também da transversalidade da cultura, integrando campos distintos e secretarias diferentes. "Quando se criam projetos que unem cultura e saúde, há uma probabilidade muito maior de a proposta ser levada adiante justamente por ser implementada uma força maior para a sua execução", exemplificou ele, para quem este ponto tem se tornado cada vez mais fundamental no processo de construção de políticas públicas eficientes.

Um dos temas mais discutidos pelo grupo de trabalho comandado por Egeu Laus foi a coleta seletiva de lixo, proposta por um dos participantes quando o mediador mostrou a relação entre desenvolvimento sustentável e cultura. Como todas as medidas, propostas e ideias levantadas, a da coletiva seletiva do livo foi cuidadosamente sistematizadas por Egeu Laus no quadro, à vista de todos, e simultaneamente computadorizada por Claudia Peluxo, do Conselho Municipal de Cultura. "Além de poderem ser aproveitadas no futuro, dessa forma ela pode ser evocada amanhã, quando a discussão será retomada", explicou o secretário adjunto da SEMCTUR.

Outro ponto bastante importante foi a relevância do território para o desenvolvimento cultural e vice-versa. "Sem cultura não há desenvolvimento local, sem desenvolvimento sustentável não há vida e não há vida sem território", disse Egeu Laus. Ou seja, todas as concepções estão interligadas e apesar da primeira afirmação partir de uma realidade que vai do geral para o particular, a última faz exatamente o contrário, privilegiando o particular, a participação imediata do indivíduo, do pequeno território como ponto essencial para uma concepção mais global de cultura.

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