por Larissa Leotério
“Nova Iguaçu está na vanguarda cultural do estado do Rio de Janeiro”, afirma o Secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, Marcus Vinícius Faustini. Essa ousada convicção tem como base as inúmeras ações culturais em curso no município. São essas ações estão sendo discutidas e construídas durante a III Conferência Municipal de Cultura.
Uma das ações que corrobora a mudança da imagem de Nova Iguaçu é a implantação do programa Pontinhos de Cultura, uma parceria entre o Bairro Escola e o Governo Federal. “Somos o único município a ter uma ação em larga escala”, orgulha-se o secretário. Além da amplitude do programa, que está sendo implantado em cerca de 60 escolas municipais, uma das virtudes desse programa é o fato de ele estar contemplando agentes culturais, em seus territórios, seus bairros de atuação.
Possibilitar a interferência e a construção em conjunto é uma declaração de amor aos militantes da cultura. Mas o secretário faz questão de deixar clara a diferença entre os militantes da cultura e os militantes partidários, que querem se apropriar da cultura para fazer seus espaços de disputa política. “O espaço deve ser de quem está na ponta, nos bairros”, acredita o secretário.
Daí, a importância da descentralização dos programas de fomento à cultura, em nome da qual a SEMCTUR promoveu um verdadeiro arrastão pelos bairros mais remotos de Nova Iguaçu para explicar os editais. “Assim como o governo tem questões para pensar, a sociedade civil também tem”, diz Faustini, para quem as verbas públicas não podem ficar restritas a quem já tem nome e trabalho consolidados. “O cara que não é rico tem que ter acesso aos bens que promovem riqueza”.
Outro desafio importante é a aposta no diálogo entre cultura e educação. “Nova Iguaçu investiu R$ 3 milhões nesse diálogo”, contabiliza antes de explicar que, antes de colocar a cultura a reboque da educação, está ampliando a cultura para a educação. Mais uma vez, a discussão com o artista se revela importante. “Perceber a visão de mundo do artista, viabilizar a chegada dele à ponta, que é a educação. Mas, mais importante que a chegada, é a permanência, a relação criada e a ação nos bairros”.
0 Comentários:
Postar um comentário