Misturando linguagens

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

por Josy Antunes


Dentre as 59 pessoas presentes na pré-conferência de cultura realizada ontem, na Escola Livre de Cinema, em Miguel Couto, Lino Roca foi um dos que tiveram participação efetiva nos debates instituídos. Morador de Nova Iguaçu, o diretor teatral e produtor cultural está na militância pela cultura na cidade há 18 anos.
Atualmente faz a assessoria do Secretário de Cultura e Turismo - Marcus Vinícius Faustini – e integra o “Baixada em cena”, que reúne 9 companhias de teatro, representantes de 7 cidades. Dessa parceria surgiu o “Cabaret Cultural”, que realiza hoje sua segunda edição, com início em instantes, às 19 horas, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro.

O evento abre uma série de apresentações dos grupos integrantes, que acontecem até o dia 16 de outubro. Mais detalhes podem ser obtidos na entrevista com Lino:

Josy: Qual é a programação para hoje?
Lino: Vai ter cinema, teatro, música, DJ, malabares e galera do circo. Mas é o seguinte: é um palco livre, com autonomia pra todos! É uma grande confraternização.

Josy: Os artistas que se apresentarão, são todos da baixada?
Lino: O “Baixada em Cena” gosta de discutir centralidade de periferia. O que é centralidade e o que é periferia, contemporaneamente. Então, a gente vai buscando essas fontes de relações. Vai ter gente da Zona Norte do Rio e gente da Zona Oeste. A gente tenta fortalecer um movimento de articulação desses grupos, da grande área metropolitana.

Josy: Qual é o publico alvo do evento?
Lino: O mundo!

Josy: Estima-se o comparecimento de quantas pessoas?
Lino: Numa previsão 'legalzinha', de 50 a 70. Numa pra lá de otimista, acho que a gente vai colocar umas 200 pessoas no Sylvio Monteiro.

Josy: Como idealizador do evento, explique a escolha pelo nome: “Cabaret Cultural”.
Lino: O “Cabaret Cultural” perpassa numa ideia que tem a ver com o dramaturgo alemão Bertold Brecht: Ele acreditava que a arte devia ser crítica e transformadora, mas nunca perder a sua ação de divertimento,
Uma das escolas que ele vai estudar na Alemanha é o “Cabaret”, que era um aspecto natural na cultura da Alemanha, no período dele, onde tinha a participação de vários artistas trabalhando por noite, utilizando trocas de linguagens. E o “Cabaret Cultural” tem essa ideia, da troca de linguagem e conhecimento, do encontro de seres humanos.

1 Comentários:

Hosana Souza disse...

Adoro essas 'experimentações'. Testando maneiras de escrever, indo alem do que é visto normalmente aqui no blog. Parabens guria!

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