por Josy Antunes
Eles estiveram presentes nas sete pré-conferências de cultura, de forma constante e participativa. Munidos de papéis, canetas e gravadores, não deixaram que sequer um ator social fosse embora sem passar por seus registros. Parte do resultado pôde ser conferido na abertura da III Conferência Municipal de Cultura, num vídeo apresentado no telão do teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro, onde mais de 100 pessoas puderam se reconhecer nas fotos, frases e perfis exibidos.
Quem acompanha de perto os frutos da inserção da juventude na Secretaria de Cultura de Nova Iguaçu, já identifica que o trabalho provém de um grupo diferente dos jovens repórteres, que alimentam o conteúdo do blog Cultura NI: são os pesquisadores. O grupo, atualmente com cerca de 30 membros, desdobrou-se para que cada participante dos encontros pelos sete bairros fossem identificados, sob a orientação da antropóloga Marcella Camargo.
As entrevistas, que fazem à vista de todos, é uma decorrência dos encontros que acontecem a cada segunda, quarta e sexta, na biblioteca do Sylvio Monteiro ou na sede da agência, localizada na Prefeitura de Nova Iguaçu. O desenvolvimento da pesquisa inicia-se assim que um tema é solicitado pelo “cliente”, que em geral é o próprio Secretário de Cultura e Turismo, Marcus Vinícius Faustini. “Quando a gente recebe uma proposta de pesquisa, quem está passando a proposta tem a visão dela, a subjetividade dela. Nós temos que desconstruir muita coisa e colocar uma visão teórica – acadêmica, pode-se dizer assim – e montar um projeto que agrade”, detalha o jovem pesquisador Bruno Marinho dos Santos, de 19 anos.
Com o tema definido, embora ainda não possuísse um foco específico, os meninos e meninas passaram a atribuir uma grande dedicação em estudos e leituras sobre assuntos como simbolismo e conceitos de cultura, além do entendimento profundo sobre os 5 eixos de discussão que se formariam durante a Conferência: “Produção Simbólica e Diversidade Cultural”, “Cultura, Cidade e Cidadania”, “Cultura e Desenvolvimento Sustentável”, “Cultura e Economia Criativa” e “Gestão e Institucionalidade da Cultura”. Ao realizar o cadastro nas pré-conferências ou nos dois dias do encontro em si, o participante recebia, entre outras partes de um kit, um documento explicativo com informações sobre cada item acima citado. Os pesquisadores, porém, não se limitaram a ele, fazendo um mergulho intenso em textos para adquirir visões que lhes permitissem um distanciamento do senso comum.
“A gente sabe técnica de pesquisa, mas informação a gente não tem. A gente vai pesquisar o que não sabemos: Entender qual o objetivo da Conferência, desde quando ela existe, tudo que envolva a Conferência, pra saber o que é importante olhar”, explica a coordenadora do projeto, Marcella Camargo. A partir desse raciocínio, e com todo o conhecimento obtido, fica claro quais informações pretende-se levantar a partir das respostas concedidas pelo público. Para tanto, é necessário extrema destreza na elaboração do questionário. “Não sei se é a parte mais difícil, mas é uma das mais, porque é muito difícil saber se a pergunta vai atingir, realmente, aquilo que você quer saber”, observa Eline Vieira, 19 anos. Em seguida, a moça logo indica por onde começaram: “Tivemos uma reunião pra saber, de fato, o que o Faustini queria saber. Chegamos à conclusão que era importante, pra gente e pra Secretaria, traçar o perfil dos agentes culturais de Nova Iguaçu”.
Durante esse processo, até o termo “agente cultural” foi se modificando, pois passou a ser considerado como uma limitação dentro da ideia de que “Todo mundo é cultura”, como elucida Marcella: “O conceito de 'agente', que parece que é alguém que propõe a cultura ou atividade, foi passando para 'atores sociais na área de cultura', aí abrange muito mais”. Foi concretizado o projeto, que continha decisões sobre a metodologia que seria aplicada, os materiais usados, o prazo em que os resultados seriam entregues e o questionário, que continha 14 perguntas, 8 delas abrindo espaço para opiniões. “A gente poderia perguntar um monte de coisas. Mas quando a gente relativiza muito, não temos nada. Então nós temos que recortar, o que é um processo muito longo e demorado”, expõe Leonardo Venâncio Coelho, 20 anos, um dos jovens pesquisadores.
Emoção nas pré-conferências
Idade, onde reside, o que faz, onde atua e o porquê do envolvimento com a atividade foram algumas das perguntas de identificação. Entre as 8 mais pessoais destacava-se a indagação: “O que você identifica como expressão cultural dentro do seu território?”, que deu margem para as mais variadas respostas, desde a Folia de Reis e Festa do Aipim, passando por lembranças singelas como a amizade e o jeito de falar, até os grafites, tão evidentes na Via Light. “Aí eles viajaram, falaram coisas bem pessoais”, comenta Bruno, sobre a referida pergunta, associando as vivas imagens da Via Light ao caso de uma de suas entrevistadas: “Teve uma senhora que falou que viu uma pintura de casa igualzinha à casa dela quando era criança. Ela disse que toda vez que olha, se emociona, e que isso é uma expressão de cultura”, descreve ele, avaliando: “As pessoas foram para as pré-conferências colocando a emoção”.
No período de entrevistas, mesmo com a grande quantidade de perfis registrados, não houve casos de recusa à colaboração com o preenchimento dos questionários. Os atores sociais mostravam-se sempre dispostos a colaborar com o trabalho dos pesquisadores, o que animou a “novata” Bárbara Cardoso, que ingressou no grupo há cerca de 3 semanas. “Eu achei que fosse ser complicado, que as pessoas não iam receber bem”, confessa, após ter observado que os fatos contrariaram o que havia premeditado. “As pessoas se empolgavam muito falando do trabalho delas. Todo mundo era muito receptivo, querendo até deixar telefone e e-mail. Acho que esse é um caráter próprio da Conferência de Cultura”, analisa, ponderando: “As pré-conferências foram um tipo de experiência de aplicação de questionário, não sei como vai ser a relação com nosso próximo público”.
Bárbara aplicou uma média de 7 questionários, logo em seu primeiro dia, na pré-conferência do Centro de Nova Iguaçu, que aconteceu dia 17 de outubro. O interesse dela pelo projeto reafirma-se com o nome “Maria Auxiliadora”, sua primeira entrevistada, que permaneceu, juntamente com a história da senhora moradora de Cabuçu, no “arquivo mental” da moça. “Ela tinha um assentamento rural no bairro”, revela.
Concidência
A mais jovem pesquisadora tem 19 anos e cursa Ciências Sociais na UFF – a Universidade Federal Fluminense. Filha do poeta e militante da cultura Jorge Cardoso, Bárbara inesperadamente conheceu Marcella Camargo, num momento em que procurava um estágio que complementasse sua formação. A estudante, ao notar que havia esquecido o dinheiro da passagem para a faculdade em casa, resolveu passar no trabalho do pai – na Prefeitura. Jorge apresentou formalmente sua filha à Marcella. De súbito, aconteceu uma identificação entre ambas. “Por coincidência, minha área é antropologia e a dela também”, aclara Bárbara. A antropóloga, dizendo que o grupo estava justamente à procura de um membro com essas características acadêmicas, a convocou para iniciar a nova atividade no dia seguinte, explicando os dias e horários das reuniões. “Conheci a Marcella numa terça-feira e comecei numa quarta”, lembra.
Os pesquisadores receberam a nova integrante com o mesmo clima com que convivem entre si. Logo quiseram saber quem ela era, de onde vinha, como havia chegado até eles e, essencialmente, fizeram questão de que cada um se apresentasse, fazendo com que Bárbara se sentisse rapidamente à vontade no novo meio. As amizades foram imediatamente estabelecidas. “Isso foi uma das coisas que mais me empolgou”, declara a filha do poeta. “É muito importante, para que se tenha um ambiente de trabalho saudável, querer estar com as pessoas com quem você trabalha”.
Em novembro, o grupo da pesquisa completa um ano de atuação. Diferentemente de Bárbara, grande parte dos jovens que o compõem caminham juntos desde a época de sua fundação, com a chegada de Marcella Camargo à Escola Agência de Comunicação - uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo com o programa Bairro-Escola, que também deu origem ao “Jovem Repórter”, o atual “Cultura NI”.
Na ocasião, Camila de Oliveira Silva, hoje com 21 anos, fazia parte da equipe de jornalismo, quando a nova proposta foi apresentada: trabalhar na linha da pesquisa. “Logo que ela (Marcella) entrou, trabalhou muita coisa legal, muita dinâmica. E eu sempre fui apaixonada por essas coisas”, conta a estudante de Recursos Humanos. Assim como ela, muitos jovens foram atraídos pela nova experiência e pela forma como o grupo se relacionava, até que a nova equipe chegou a agregar 50 jovens pesquisadores. “Todo mundo que veio do Jovem Repórter para a pesquisa já veio com uma bagagem boa”, avalia Camila. “Foi lá que eu criei o hábito de escrever, o que me ajudou muito, inclusive na pesquisa, porque a gente produz relatório”, justifica, creditando seu bom desempenho na redação do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio – que a garantiu uma bolsa na Universidade Estácio de Sá e a manutenção de seus dois blog's pessoais, sempre com novos textos de sua autoria, ao período em que esteve produzindo o jornalismo de Nova Iguaçu, pela visão da juventude.
Desde a chegada de Marcella, o grupo já passou por inúmeras novas práticas, que incluem até uma aula de meditação. A coordenadora acredita que a base para o bom desenvolvimento em equipe encontra-se em três eixos, que são trabalhados incansavelmente: a cidadania, o desenvolvimento emocional e o domínio das técnicas de pesquisa. “É justamente quando você trabalha o desenvolvimento emocional, pra trabalhar o grupo, que você propicia um convívio agradável. Não que seja perfeito, pelo contrário, as coisas afloram. E quando elas afloram a gente trabalha”, expõe Marcella, entregando a “receita”. “A pesquisa é essencialmente um trabalho de equipe. Nunca sou eu quem resolvo nada, é o grupo”, complementa, citando a autoavaliação como ferramenta usada.
Marcella Camargo chegou à Secretaria de Cultura após ter conhecido o escritor Julio Ludemir, em 2007, durante um fórum realizado pela UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância, presente no Brasil desde 1950 – onde a antropóloga participava com o Núcleo de Informação, Conhecimento e Atitude – o Núcleo ICA – projeto coordenado por ela e por Álvaro Maciel Junior, no morro da Babilônia. Após concluir o Mestrado e se inscrever no Rio Voluntário, Marcella embarcou no que a princípio seria a ministração de um curso de formação de pesquisa, e acabou tomando grandes proporções. “Eu conheci um monte de gente, a juventude me encantou profundamente”, declara ela.
Quando Marcus Vinícius Faustini, o Secretário de Cultura, demonstrou seu interesse por introduzir a junção de juventude e pesquisa na cidade, Júlio Ludemir – o coordenador do Cultura NI – lembrou-se de Marcella, e do trabalho que conhecera no Núcleo ICA e não hesitou em indicá-la.
Marcella se recorda que estava em um debate sobre um filme referente ao caso do ônibus 174, reunindo 150 jovens da classe média alta para pensar sobre o acontecimento, quando recebeu a ligação acompanhada da pergunta, feita por Júlio: “Você quer vir trabalhar em Nova Iguaçu?”.
Quer fazer a revolução?
No dia seguinte - uma sexta-feira - num boteco na Lapa, ela se reunia com Faustini. Entre copos de cervejas, o cineasta ouviu sobre a formação e trajetória de Marcella, que passou a conhecer o estado de ascensão cultural pelo qual a cidade de Nova Iguaçu tem passado. “Você quer ir pra lá pra fazer a revolução?”, lançou Faustini. “Revolução é comigo mesmo”, diz Marcella, entusiasticamente, relembrando a resposta afirmativa. “A minha condição de trabalhar aqui era que eu pudesse ter meus dias pra poder continuar o projeto no Rio”, pondera, sobre o ICA, cujos integrantes mantêm uma boa relação com os pesquisadores iguaçuanos, encontrando-se, sempre que podem, para debates. Com a mesma velocidade com que Bárbara Cardoso ingressou no grupo dos jovens pesquisadores, Marcella assumia a coordenação do projeto, 3 dias depois o acordo, numa segunda-feira.
Marcella Camargo possui um vasto currículo, que salienta uma das características mais marcantes em sua personalidade: a dedicação. Paulistana, nascida em família pobre, fazia “bicos” de pesquisadora para empresas como a Data Folha, IBOPE e IBGE, quando ainda cursava o colegial – atualmente conhecido por ensino médio. Num deles, passou a estagiar na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a FAPESP, um órgão público que tem por objetivo fomentar pesquisas, nas mais diversas áreas. “Era um negócio de arquivo muito chato, mas que pra mim foi super legal, porque eu tinha que ler vários projetos da área de humanas pra separar. Via o que havia sido deferido ou indeferido e o porquê e fazia um relatório”, conta Marcella, descrevendo o serviço.
No meio das leituras, a aprendiz de pesquisadora maravilhou-se com a gama de possibilidades que as Ciências Sociais ofereciam: leu projetos que tinham por tema desde personagens em quadrinhos a escritas de banheiro. “Eu fiquei absolutamente apaixonada por aquilo”, declara. Chegada a hora de escolher a graduação a cursar e da prestação do vestibular, Marcella já não tinha dúvidas. Passou então a estudar Ciências Sociais na USP – Universidade de São Paulo.
Seu envolvimento no campo acadêmico foi estupendo. Tanto que passou a morar no CRUSP – Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo – onde dividia as contas e o espaço físico com duas amigas. Caso optasse pelo regresso à casa, seria só para usufruir da cama para algumas poucas horas de sono, pois todas as horas do dia eram dedicadas às aulas e ao estágio a qual fora convocada no IDESP – Instituto de Estudos Sociais e Políticos de São Paulo – ao lado de professores de antropologia e sociologia e de outros universitários. “Como o Instituto era de professores, nós, estagiários, acabávamos participando de projetos super acadêmicos. Toda semana tinha algum texto profundo, tanto clássico quanto contemporâneo, pra gente discutir à luz de algum projeto dos doutorandos e PHD's”, recorda Marcella.
Mistura de tudo
Dentro da universidade, ela chegou a fazer disciplinas de mestrado, cursou história da arte, matérias dos cursos de administração e marketing, inclusive estatística, área ligada à matemática, desprezada por grande parte dos antropólogos. Ingressou ainda no curso de publicidade e propaganda, abandonando-o após dois anos. “Eu fiz uma mistura de tudo que eu podia aproveitar da USP, porque tinha uma portaria, que eu me lembro até hoje, a 3045, que permitia que o aluno cursasse disciplinas em outros cursos”, explica ela. Por conta disso, e dos trabalhos incessantes de pesquisa, que realizava simultaneamente, adquiriu sua ampla formação. Porém, as Ciências Sociais, que deveriam ter sido concluídas em 4 anos, estenderam-se para 5. “Eu queria tudo que eu tinha direito”, justifica-se Marcella.
Após deixar a universidade, tendo passado por todos os cargos possíveis dentro da hierarquia presente na área da Pesquisa, Marcella empregou-se como Gerente de Projeto e passou a trabalhar em grandes empresas e institutos. Trabalhou, inclusive, com o jornalista Fernando Pacheco Jordão e a esposa Fátima Pacheco Jordão, pioneiros na pesquisa política no Brasil.
Marcella casou-se, teve dois filhos, mudou-se para o Rio de Janeiro e chegou a trabalhar 12 horas por dia, com o mais recente tipo de pesquisa citado. “Era uma coisa muito louca. Esse pique que a gente tem quando tem um evento aqui, em Instituto de Pesquisa é todo dia”, compara a antropóloga.
Olhares diferentes
“Variedade” e “intensidade” são duas palavras-chave presentes na carreira de Marcella e no que ela busca trazer para os jovens pesquisadores de Nova Iguaçu. “A pesquisa ajuda em qualquer área de trabalho, porque abre a sua cabeça”, sintetiza ela. “Uma coisa que eu acredito que foi bom pra mim e eu gostaria de compartilhar, é justamente essa oportunidade de poder ter olhares diferentes sobre as coisas”.
Propiciando essa riqueza de informações, a agência não possui uma hierarquia, como acontece nos institutos de pesquisa, onde o cargo mais baixo é o do entrevistador. A própria coordenadora considera-se em igualdade com os jovens do grupo e defende que a divisão empobreceria a aprendizagem em equipe. “Isso é uma escola. Depois, na vida, se eles virarem uma ONG, que eu espero que virem, eles vão se organizar de um jeito que é deles. Agora, minha função como coordenadora é propiciar o máximo de experimentação possível”, expõe Marcella.
A intenção de liberdade do título de “projeto da Prefeitura” plana nas ideias de todos os jovens pesquisadores, que afirmam estarem preparados para a mudança. É de opinião geral que eles podem conseguir patrocínio através dos excelentes resultados que mostram após um trabalho de pesquisa, que normalmente estende-se entre 2 semanas e 1 mês, dependendo do público analisado. “Tenho uma visão de futuro pra esse projeto”, principia a estudante de Recursos Humanos, Camila Oliveira. “Meu objetivo maior não é sair daqui, mas é fazer isso aqui crescer, pra que eu possa continuar a crescer junto”, assegura.
Camila participou da primeira apresentação de resultados, que foi sobre o projeto “Minha rua tem história”, ainda entre as paredes grafitadas da antiga sede da agência. Para chegar a essa culminância, mediaram um grupo de debates, com integrantes do projeto, que se estendia por todos os bairros de Nova Iguaçu. “No grupo, tinha gente até de terno”, acrescenta a estudante, tamanha a seriedade da ocasião, onde formou-se uma roda, com todos sentados no chão e um por vez tomava a palavra, apresentando os dados obtidos durante o mês da pesquisa.
“Pra gente foi a maior emoção apresentar aquilo. Por ser a primeira, deixamos muitas falhas, mas fomos muito elogiados, porque a gente não tinha confiança de que seria uma coisa tão boa quanto foi”, avalia Camila que, como os demais, acabara de ter o primeiro contato com a área, incluindo o uso do programa Statistical Package for the Social Sciences – traduzindo: Pacote Estatístico para as Ciências Sociais – o SPSS.
No aplicativo, instalado nos computadores da Prefeitura, são feitos os chamados “cruzamentos de informações”, elaborados para que se obtenha mais precisão de informações, que vão para os slides exibidos durante as apresentações de resultados.
Mudança de postura
Nesses dias, não só as roupas ganham um tom mais comedido e formal. A reunião que acontece geralmente às 14 horas, com Marcus Vinícius Faustini e, por vezes, com a presença da coordenadora do Bairro-Escola Maria Antônia Goulart, para o grupo de jovens começa logo cedo, às 10 horas, quando, muito apreensivos, começam a rever todo o trabalho, evitando qualquer possibilidade de erro. “A gente se prepara o dia todo. A postura muda completamente. Ás vezes, a gente até brinca na realização do trabalho, mas no dia da apresentação é tudo muito sério”, garante Camila.
Faustini mantém o carinho e apoio ao pesquisadores, pontuando os pontos positivos e negativos nos dados exibidos. “Ele presta bastante atenção e fica sempre anotando. O que deixa a gente nervoso é que a gente nunca sabe o que ele está anotando”, admite a pesquisadora, acalmando: “Mesmo que ele enfatize o problema, ele também elogia, sempre. E sempre leva uma caixa de bombom, faz dinâmicas e brinca”, entrega Camila, descrevendo o que acontece, logicamente, ao final das apresentações, quando todo medo já dissipou-se.
Marcella Camargo raramente interfere na fala de seus aprendizes, mas sempre acompanha-os e parabeniza-os nas reuniões que se realizam em seguida, onde há aplausos da equipe à equipe. “Eu adoro trabalhar aqui, porque eu acho que todos são muito dedicados, gostam e acreditam no que fazem”, conclui, apaixonadamente, a antropóloga.
6 Comentários:
Jose me emocionei ao ler sua matéria porque revi tudo aquilo que vivenciamos ao longo de nossa caminhada até aqui. Por vezes nos sentimos cansados e desesperançosos, mas através dessa leitura foi possível constatar que nada do que fizemos até hoje foi em vão e tudo valeu e vale cada dia mais a pena. Obrigada pelo carinho que tratou nossa história e muito sucesso na sua trajetória! Parabéns!
Ounnnn!!!
Adorei a materia!
Parabens Josy!
NOssssa!!
Sem Palavras!
Obrigada pelo prestigio a todos nois do Jovens Pesquisadores!
Josy... Vc está mais do q d parabéns!!! Sua matéria ficou excelente. Me senti até mais importante... ^^
Parabens mesmo.
Obg.
Josy, adorei a matéria, muito obrigada por falar tão bem de nós isso nos ajuda a nos auto valorizar!
Você escreveu muito bem nossa história. Continue escrevendo desse jeitinho(com o coração)
qdo precisar estamos aí!! rs
Bjooo!
Josy, agora que eu tive a oportunidade de estar visitando esse blog, e estou muito emocionada em ler suas matérias! Meus parabéns, você é uma grande reporter! Fico feliz em saber, que nós estamos aqui e que é vocês (jovem reporter), que estão escrevendo sobre nós! Obrigada..beijos
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