por Robert Tavares
Essa história de sucesso começou no Instituto de Educação Rangel Pestana, escola na qual trabalha como inspetor. “Depois que descobriram meu talento, as normalistas começaram a fazer encomendas”, orgulha-se ele, que inclusive fará os vestidos das alunas que este ano estão querendo ir para a festa de formatura com peças exclusivas. Segundo o estilista, sua clientela sempre tem a certeza de que nenhuma peça fica como a outra.
Nem que seja uma mancha no tecido, um cadarço, mas sempre há algo diferente”, garante. Em sua última coleção, o estilista mostrou a que veio, deixando claro que Nova Iguaçu é fashion, sim! Apresentada em um concorrido desfile no Instituto de Educação Rangel Pestana, os modelos confortáveis e coloridos de sua coleção causou burburinho na plateia. “Apesar da música, o que eu mais ouvia eram os gritos histéricos cada vez que um de seus modelos de cair o queixo entrava na passarela”, lembra a estudante Carine Caitano.
Quanto ao processo criativo, não há segredos. Seus gostos pessoais influenciam as roupas que cria, mas Alex Firmino revela que vai buscar inspiração em “diferentes coisas”. “Até mesmo pessoas nas ruas servem como fonte inspiradora”, diz. Com quinze desfiles assinados, o rapaz já encabeça o grupo de “criativos” da Baixada Fluminense. Segundo amigos do circuito fashion, seu nome já está circulando pelas áreas mais “quentes” da região.
O estilista que começou sua carreira aos 17 anos, fazendo um trabalho de escola e logo em seguida vendendo suas peças para amigas, para as quais oferece atendimento personalizado, com hora marcada, em seu atelier.
O respeito pelo meio ambiente, a utilização de fibras e tintas naturais e a reciclagem de roupas e objetos usados são a base da moda ecológica. O jovem criativo reaproveita tecidos e acessórios para dar um toque a mais em suas criações. “Ele sabe como lisonjear o corpo de uma mulher e melhorá-lo”, afirma Carine, que é moradora de Duque de Caxias e nunca imaginou ter acesso a algo tão sofisticado em relação à moda alternativa.
Suas obras têm muita consistência e uma espetacular escolha de tecidos e combinações, o que tem atraído pessoas da Zona Sul interessadas pelo trabalho de Alex. “Eu gosto de trabalhar com o material que é marginalizado”, diz o consciente jovem. Mas esse nem sempre foi um fator positivo na vida de Alex. No início da carreira, desfez a parceria com uma amiga – ele desenhava e ela costurava as peças – por causa das divergências em relação aos produtos e gostos de ambos.
Bom pra Alex, que, enfrentando um mercado competitivo e superando barreiras geográficas e culturais de uma região que fica longe do centro do “mundo fashion", se descobriu, amadureceu e está ganhando as ruas da cidade. “A moda não está presente em minha vida para me dar status ou riqueza, e sim para me dar prazer”, conta ele. Um dos poucos nomes de moda na região, o rapaz vem crescendo, se solidificando e já pensa em expansão. Aproveitem!
1 Comentários:
O Alex é sem dúvida alguma uma das melhores coisas que me aconteceram esse ano.. e seu sucesso é promissor.
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