por Wanderson Duke
Deve estrear no Brasil, no final de fevereiro, o longa Legião (Legion), que à primeira vista me pareceu ser um daqueles filmes religiosos cristãos, os quais vieram na onde de O Livro de Eli. Mas não é possível, porque aqui Deus é o vilão, já que se cansou dos humanos e resolveu nos destruir. Assim providencia um apocalipse, que só não fica pior porque um dos anjos chefes, Michael (Miguel), revolta-se contra ele e pede outra oportunidade. Mas seu irmão, que surge para matar a mulher, grávida de um filho que pode salvar a humanidade, não concorda.
Entenderam? Pois é, há uma espécie de parábola sobre José (no caso, o rapaz Lucas Black, que fez aquele s Velozes e Furiosos ambientado no Japão), que ama uma garçonete (que se faz às vezes de Maria, pois está grávida e não se sabe quem é o pai da tal criança que pode ser a salvação).
Já deu para perceber porque a maior parte da crítica está achando o filme apenas um terror tradicional, mais um na moda atual dos apocalipses. Neste caso, o filme é feito por certo estreante chamado Scott Stewart, que é um veterano técnico de efeitos especiais e já trabalhou em quase tudo no gênero. Em imagem, e não em roteiro, como teria sido melhor. É o inglês Paul Bethany (Creation) que faz o anjo e começa o filme matando um monte de gente, sem muita razão. Ele tem asas e, de repente, a história vai para o meio do deserto (é outro que imita faroeste, no caso aqueles de fortes que ficavam no meio do nada, sendo atacados por peles-vermelhas). Aqui é uma lanchonete com clientes e empregados. Dennis Quaid (envelhecido e canastra como sempre) é o dono, e Lucas, o filho meio bobinho dele. Kate Walsh, de Private Practice, é uma cliente que está com o marido e a filha rebelde.
De repente, falta luz e eles suspeitam que houve algum ataque atômico ou extraterrestre (pelo jeito, eles já viram tanto filme assim que já vão adivinhando tudo). Logo depois, vem uma velha faceira que morde pescoço e sai pulando pelo todo, a primeira de uma leva de invasores (os próximos andarão como zumbis), até ficar claro que é uma luta entre o anjo bom e o mau, no caso, o anjo Gabriel, feito por Kevin Durand, que tem boa figura. Só que o bom está contra o Todo Poderoso e defendendo a humanidade!
Se você for capaz de engolir essa besteira toda, os seres alados (apenas dois) são interessantes (não sei por quê, mas o ator inglês tem outra pança, perfeita para interpretar figuras de autoridade). E Legião é apenas outro terrorzinho, muito inferior àquele que saiu em vídeo há uns dez anos, com Christopher Walken, lembram-se? O tema era semelhante, mas o longa era muito mais interessante. Chamava-se God ’s Army e aqui virou Anjos Rebeldes. Tinha até o Viggo Mortensen, no papel de Lucifer. A história era parecida, mas era muito mais filme. Francamente, preferia assistir àquele de novo.
(http://www.youtube.com/watch?v=tGE_zSdCzDU&feature=player_embedded )
Cansado dos humanos
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Marcadores: Mainstream, Wanderson Duke
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2 Comentários:
Muito bom, Duke. Muito bom.
Ué,a princípio pensei que fosse o sobrenatural! rsrsrsrrs... Falando de apocalipse, anjo, deus... USHAUSHAU' Mas tá bom, mas o que leva isso?![[
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