por Jéssica de Oliveira
Na manhã da terça-feira 19 de janeiro, a equipe da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu reuniu-se pela primeira vez com os estagiários do novo programa do município intitulado Cidade Universitária, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro. O objetivo do encontro era apresentar as propostas do projeto e ferramentas de que os universitários selecionados irão dispor nas oficinas de artes produtivas e de qualidade ao longo do ano.
Em sua apresentação, Romano fez uso de slides com obras que iam do Renascentismo à chamada Arte Contemporânea, passando pelo Modernismo e a quebra da “ilusão da perspectiva” com a chegada da fotografia. “Ela deixou vários pintores desempregados”, brincou.
Um dos artistas contemporâneos analisados por Romano foi o pintor norte-americano Jackson Pollock, para quem a arte que ultrapassava os limites da realidade e entrava no fluido território da subjetividade. “A arte de Pollock não tem formas”, explicou Romano. “Ele mudou a dimensão da arte ao mostrar a ação de pintar.” A foto usada por Romano para exemplificar a proposta de Pollock mostrava o pintor norte-americano pintando telas enormes.
Coisas diferentes
Depois dos slides, Romano fez uma ligação entre os artistas discutidos e o trabalho que os novos estagiários deverão executar nas oficinas do Mais Educação e do Bairro Escola ministradas escolas municipais de Nova Iguaçu a partir de 8 de fevereiro, durante as quais a criança terá total liberdade para criar e se expressar da maneira que preferir. “Quando eu estava na escola, eu não me enquadrava em nada”, confidenciou Romano. “Sempre inventava coisas diferentes. Por isso, eu resolvi fazer arte.”
O objetivo da primeira formação com os estagiários era ajudá-los, a partir da experiência com artes plásticas de Romano, a estimular as crianças atendidas pelas oficinas do Mais Educação e do Bairro Escola a criar. “Todos podem fazer arte”, disse Romano, para quem a arte deve ir além das formas reais para alcançar os sentidos. “Eu sou da vertente em que todo mundo entende tudo através dos sentidos”, concluiu.
Secretária adjunta da SEMCTUR e coordenadora do Bairro Escola, a assistente social pernambucana Sandra Mônica fez coro com as ideias de Romano ao dizer para os mediadores culturais recém-chegados que, mais importante do que mostrar esculturas para as crianças, era ajudá-las a criar suas próprias esculturas. “Através de um conto, como por exemplo o do Saci Pererê, elas podem inventar roupa de Saci, música de Saci, Hip-Hop de Saci... Várias coisas.”
0 Comentários:
Postar um comentário