por Tuany Rocha
Neste domingo, após o término do filme “Cinco vezes favela”, chegou o momento tão esperado por todos: era a hora de saber os grandes ganhadores. Sala cheia, torcidas animadas, enfim, uma mistura de pessoas, lugares e estilos diferentes, mas todos com um propósito: enriquecer as questões culturais que envolvem o cinema.
Logo de cara, além de Carlos Diegues, também foram homenageados Marão, o grande animador que tem suas raízes na Baixada Fluminense, e a equipe “Furacão 2000”, por ter feito um dos primeiros registros audiovisuais do funk carioca e para representá-la estava presente o fundador, Rômulo Costa, que ficou muito feliz ao receber o troféu, ele diz que se surpreendeu com o numero de pessoas presentes “pensei que fosse encontrar dez pessoas na platéia, no entanto o auditório está lotado.”, Rômulo gostou tanto do evento que disponibilizou dez minutos do seu programa para exibir os melhores momentos do Iguacine.
Apesar da dificuldade ao abrir o lacre da urna e da “interminável” contagem de votos, foi dado o resultado da mostra competitiva de projetos audiovisuais, que para a surpresa de todos deu empate entre o curta baiano, “Maré - Refúgio da Lua” do projeto comunidade interativa, e o curta “Realidade dos Jovens” do projeto Enraizados, aqui da baixada. Os dois grupos subiram ao palco e deram seus discursos bem humorados em seguida decidirão fazer a divisão do premio de R$ 1 mil que receberam.
E o tão esperado momento dos ganhadores da mostra competitiva nacional chegou, de inicio foi à menção honrosa a Leonardo Sette pelo seu filme “confessionário”, que se trata do relato do missionário católico Silvano Sabatini relembrando sua chegada à Área Indígena, Raposa Serra do Sol, e quem saiu de lá com o troféu na mão foi, Simone Dourado com o filme “Carreto” eleito pelo jure como o curta de melhor som, Abelardo de Carvalho com o intrigante curta, “Ultimo Retrato” titular da melhor montagem, “Áurea” de Pedro Urano com melhor fotografia, e “Recife frio”, de Kleber Mendonça Filho, com melhor roteiro.
Quem levou pra casa o troféu de melhor atriz foi, Ângela Barros, do curta “O presidente” e o de melhor ator para Auro Juricê, por “Vela ao Crucificado”, mas o “Gran Final” foi à premiação de melhor direção e melhor filme para Alan Ribeiro, do filme “Ensaio de cinema”, que levou pra casa R$ 2 mil e vários outros prêmios.
As torcidas foram fervorosas no resultado da Mostra Baixada, e novamente começou com a ansiedade para se abrir a urna e na contagem de votos, a cada nome de curta que era dito, vinha o grito de sua torcida cheia de expectativas, seguindo assim, finalmente veio o resultado final do jure popular, que deu o troféu para “O que vai ser” de Getúlio Ribeiro, ele ficou admirado ao saber, instantes depois, que também ganhou segundo premio pelos jurados Marão, animador da região, e Nonato Gurgel, professor da UFRRJ, conclusão, o curta ganhou dois troféus e ainda R$ 1 mil por cada um. Ao subir no palco duas vezes, os grupos de jovens produtores do curta, emocionadamente, se abrasam e diz o quanto esse momento é único pra eles.
E assim termina as premiações da 3º edição do Iguacine
Que ao som de “O Bêbado e a Equilibrista”, cantado com a ajuda emocionada do público, e a animada, porém discreta, dança do Nike (apresentador do Iguacine) no final do evento ao som de um funk, o que fica como referência além, da competência, do talento, e do trabalho de todos que tornaram tudo isso possível, é a alegria do dever cumprido.
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