por Jéssica de Oliveira
Quando uma pessoa precisa passar por sérios tratamentos médicos, ela vai para o CTI - Centro de Tratamento Intensivo - de um hospital, certo? Pois é. Em Austin é a mesma coisa, só mudam os "pacientes". Acontece que o CTI de lá atende à pessoas que necessitam de um tratamento social especial; trata-se do Centro Teatral Improvisarte. "O jovem que sofre vunerabilidade social, precisa de um tratamento especial e intensivo. Através da arte, a gente quer que ele descubra seu protagonismo social, não só seu protagonismo teatral", conta Viviane Faria, coordenadora executiva e oficineira da ONG.
Há cerca de um ano, o projeto, que atende jovens de 12 a 17 anos, tornou-se um Pontinho de Cultura. Entretanto, devido a algumas burocracias, a verba não saiu e a equipe do CTI percebeu que seria impossível aplicar seu trabalho ainda neste ano. "Nós queríamos implementar esse projeto logo, então não dava pra ficar esperando sair o dinheiro dos Pontinhos. Daí, resolvemos apresentá-lo à Casa da Moeda e ela o aprovou".
Hoje, é a Casa da Moeda que patrocina o desenvolvimento das atividades do CTI, que na verdade se chama Instituto de Estudos Socio-Políticos, mas que, em seu blog, atende pelo nome de Somos Um. "Instituto de Estudos Socio-Políticos é por causa do CNPJ; o Somos Um é porque nós podemos ser muitos, mas quando temos um só ideal, passamos a ser um", esclarece.
O Centro Teatral Improvisarte atende no momento cerca de 85 jovens, mas, segundo Viviane Faria, a meta é maior. As oficinas disponíveis são de artes cênicas, artes visuais e música. "Nós tentamos organizar as oficinas de modo que, lá na frente, as três se liguem e se completem em um espetáculo teatral", conta Viviane Faria, que ministra as oficinas de artes visuais, onde são trabalhados meios de se construir cenários a partir de materiais recicláveis.
A equipe ainda conta com a ajuda da orientadora pedagógica Neila Dutra, que auxilia na aplicação metodológica. "A Neila orienta o grupo e verifica se os meios de trabalho estão compativeis com a proposta, que é envolver o jovem não só no meio artístico, como também social, porque a gente não quer que uma coisa só dê certo; a gente quer que tudo dê certo, porque uma coisa está integrada em outra".
Viviane Faria diz que o CTI não tem preconceito. "Se chega criança de 10 ou um jovem de 18 anos querendo participar, a gente atende do mesmo jeito, assim como a gente atende a crianças de escola particulares. É a comunidade toda".
O CTI realiza suas atividades na Escola Municipal Volfredo da Silva Lessa, em Austin, de segunda à quarta-feira. Ah!, e a Viviane também pediu pra avisar que o CTI está aceitando doações... de pessoas. É isso aí: lá, as portas estão abertas para aqueles que queiram doar um pouco de si. "Às vezes a pessoa não tem dinheiro para doar, mas ela pensa: 'pô, eu entendo disso. Vou lá ajudar' e isso vale muito", finaliza.
CTI social
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Marcadores: Bairro-Escola, Jéssica de Oliveira
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2 Comentários:
Muito bom Jássica!
Bairros como Austin precisam se muitas CTI´S para garantir a nova geração cabeças culturais e isso vai ser muito válido até mesmo para a saúde social de cada um.
Oi linda eu adorei a materia sobre o CTI que voce fez. obrigada.
bjus,
Viviane Faria
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